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slide17Em que pese tantas recomendações bíblicas sobre a necessidade de alimentarmos o nosso homem interior com tudo que tenha relação com o Senhor e com a Sua maravilhosa Palavra muitos de nós estamos cada vez mais raquíticos espiritualmente e isso tem algumas razões de ser e, talvez, a maior delas seja as gordices da nossa alma.

Entenda-se por gordices da alma aquelas atitudes e hábitos que praticamos para satisfazer as vontades nem um pouco recomendáveis do nosso coração. Numa época cada vez mais hedonista onde tudo conspira contra Deus e a favor de um mundo que jaz no maligno o homem está caminhando cega e obstinadamente num desejo desenfreado de satisfazer seus apetites, estabelecer suas opiniões, fazer valer seus valores e jamais negociar aquilo que ele definiu como “…bom para se comer, agradável aos olhos, e desejável para dar entendimento…”

As gordices da alma enfatuam a nossa carne, mas não alimentam o nosso espírito, satisfazem os nossos maiores??????????????????????????????????????????????????????????????????? apetites, mas não preenchem o vazio e o anelo que temos por Deus. E tal qual alimentos totalmente desprovidos de qualquer valor nutricional elas nos enchem, nos engordam, nos dão prazeres momentâneos, mas nos desnutrem e nos levam ao raquitismo que tira o nosso vigor e a nossa capacidade de discernir o certo do errado.

As gordices da alma nos dão a falsa aparência de que estamos saudáveis, mas interiormente estamos doentes e em nossas relações interpessoais e com Deus deixamos claro o nosso NANISMO ESPIRITUAL. 3-1200x627Quando estamos tomados dessas gordices da alma somos mais ou menos como aquela figueira encontrada pelo Senhor Jesus, que era aparentemente viçosa, mas não produzia figos. E o que se vê nesses obesos carnais são aquelas terríveis características descritas por Judas, o irmão de Jesus, sobre homens que estão distantes do Senhor: são homens cada vez mais “…arrogantes, cada vez mais mentirosos, tremendamente amantes de si mesmos, enganadores e narcisistas, cujo Deus é o próprio ventre.”EvaTeiltMitAdamDenApfelDerErkenntnisimages

Essa morbidez, fruto desse sedentarismo espiritual e desse andar satisfazendo os desejos da carne, não seria tão terrivelmente séria se a Palavra de Deus não afirmasse no livro de profeta Jeremias, no capítulo 17, versículo 9, que “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto.”

É desastroso porque quem está raquítico espiritualmente devido as gordices da alma infelizmente não está apenas deixando de ser conduzido pelo Espírito, o que já é terrivelmente trágico, mas, sobretudo, o raquítico espiritual está sendo dirigido por um condutor que está vendido ao pecado, que é escravo de um deus cujo principal objetivo é afastar os seus seguidores de conhecer e satisfazer o Deus verdadeiro.

E é assim mesmo, ao engordarmos a nossa alma satisfazendo os desejos do nosso coração vamos nos bestializando, nossas ações são cada vez mais irracionais e, como brutos sem razão, vamos nos afastando da Única pessoa que poderia nos colocar freio nesse caminho de destemor, que conduz a morte.DOR

Noticias_6309e2_imagen-el-egoismo-de-isabelPenso que é por andar por caminhos como esse que o apóstolo Paulo vai falar de um grupo de pessoas que Deus “…os entregou a si mesmos.” Rm.1. Sim, o apóstolo Paulo vai falar de pessoas que obstinadamente faziam questão de demonstrar que julgavam ser capazes de se conduzirem, e ao insistirem nisso Deus os entregou aos seus erros e prazeres.

Que tragédia terrível para qualquer ser humano quando suas ações fazem Deus desistir dele, por causa do obstinado desejo de pecar, e os entrega à si mesmos! Acho isso tão trágico e penso que essa deveria ser uma das orações que jamais poderíamos deixar de fazer: – Senhor, não me deixe a sós comigo mesmo, não me entregue a alguém tão desesperadamente mal, corrupto e incapaz de se conduzir!

correntesMas há uma boa nova, aliás, no relacionamento com Deus sempre há boas-novas, e essa é: Antes que surjam os sintomas nefastos e as consequências desastrosas dessa obesidade mórbida, que nos mata silenciosamente cada dia um pouco mais; antes que sejamos acometidos de infarto espiritual fulminante, em função destas extravagâncias do andar segundo a carne, há solução para isso e a solução é a DIETA DE DEUS, uma dieta baseada na Sua Palavra gloriosa; é a DIETA DE JESUS, que disse: “….a minha comida é fazer a vontade do meu Pai que está no Céu.”; é a DIETA DO APÓSTOLO PAULO, na sua Carta aos Efésios, no capítulo 5, versículos 17 ao 21, que disse: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”

E como toda boa dieta deve ser acompanhada de bons exercícios, o apóstolo Paulo ainda vai nos dizer: Não sabeis vósatividade-fisica que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas; ora, eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como indeciso; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.”.

Que o Senhor nos livre das gordices da alma, que enfatuam a nossa carne e não nos trazem nenhum vigor espiritual!

Pr. Élio Morais

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Família 4Lembro-me muito bem na minha época do curso “Ginasial”, que depois passou a ser “Primeiro Grau”, e que hoje se tornou o “Ensino Fundamental”, de uma disciplina que se chamava Moral e Cívica, os da minha idade devem se lembrar, e depois adquiriu um nome mais sofisticado: OSPB – Organização Social e Política do Brasil. Pois bem, nesta matéria aprendíamos que a FAMÍLIA era a base da sociedade. Ou seja, a FAMÍLIA era o principal fundamento de uma sociedade que deveria ser justa, ordeira, com responsabilidade social e que, ao final, propiciasse um bem comum e uma alegria aos que dela participava.

O tempo passou, e não sei se ainda é ensinado isso nas escolas, ou melhor, infelizmente todos nós sabemos que não é mais ensinado e que, na verdade, especialmente nas Escolas Públicas, o que temos visto é um conteúdo programático e um esforço descomunal para a desconstrução dessa BASE. Família 2Contudo, querido leitor, precisamos nos lembrar sempre de que para o nosso Deus isso jamais mudou – FAMÍLIA continua e continuará sendo a maior e a instituição mais capaz de provocar as TRANSFORMAÇÕES que precisamos ver no mundo. Não foi sem motivo que o nosso Ele instruiu Moisés de forma tão enfática sobre como ele deveria proceder com relação a Lei que ele acabara de receber de Suas generosas mãos:

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” Deut. 6. 6-9.

Família 3Assuntos como ética, ciência, trabalho, política, religião, educação, ecologia, sempre terão grande influência em qualquer sociedade, mas a FAMÍLIA jamais poderá deixar de ocupar o principal lugar de destaque e de continuar sendo a BASE da sociedade que queremos.

Devemos entender que é na FAMÍLIA onde temos o lugar mais propício para nos desenvolvermos e desenvolver outras pessoas nos seus conjuntos de valores, nos seus princípios teológicos, éticos e morais; na sua educação, nos seus relacionamentos, seja com autoridades, seja com colegas de trabalho, seja na escola, afinal ninguém é uma ilha e não há lugar melhor para o início de um aprendizado saudável sobre o relacionamento social do que na família – entendo ser essa a razão do mote: FAMÍLIA, A BASE DA SOCIEDADE.

Família 6Pode-se falar dos maiores defeitos que toda a família tem, mas ela sempre será o nosso porto seguro. Ao final de tudo, é na FAMÍLIA que encontramos a certeza do amparo em tempos difíceis, é sempre no retorno ao lar que encontramos uma esperança renovada para o futuro e a confiança geradora da extrema segurança de que estamos lidando com pessoas que tem nas veias o mesmo sangue que o nosso, e isso faz toda a diferença.

Na Bíblia, muito facilmente, nós percebemos como a FAMÍLIA é valorizada. É lindo, por exemplo, vermos os patriarcas do Velho Testamento fazendo questão que seus ossos sejam colocados ao lado dos ossos dos seus entes queridos, bem juntinhos, numa prova inequívoca do valor da FAMÍLIA.

Neste mundo pós-moderno e globalizado, onde os membros da FAMÍLIA enfrentFamília 5am desenfreadamente competições por tudo nessa vida, a FAMÍLIA corre o risco de ser esquecida, negligen
ciada e somente veremos os danos, muitas vezes irremediáveis, algum tempo depois.

Alguém disse certa vez: “NENHUM SUCESSO COMPENSA O FRACASSO NO LAR”. Que frase sábia foi
aquela! De fato, não vale a pena fracassar na edificação da NOSSA FAMÍLIA por nada nesse mundo, afinal, quando o sucesso ou a realização chegar e termos perdido nossas famílias, com quem iremos compartilhar? Lembremo-nos do hino que diz:

“Que feliz é o lar em que Deus pode entrar, e onde todos estão a crescer,
tendo um corpo que é são, que convém ao cristão, para a glória de Deus promover”!

Pr. Élio Morais

SOBRE O HOMEM HONESTO!

Publicado: maio 18, 2016 em Uncategorized

falsoA honestidade tem sido uma virtude cada vez mais escassa entre os homens. Numa linguagem popular poderíamos dizer que é uma verdadeira “mosca branca”, tal a dificuldade de encontra-la.

Na verdade não é fácil escrever sobre honestidade, são muitas nuances. Ela tem sido extremamente relativizada e o conceito sobre ela tem se deteriorado nas mentes confusas dos homens desse século XXI, que habitam este mundo pós-moderno e globalizado.  Contudo, se faz necessário sim abordar o assunto em virtude da importância e relevância do tema.

Erasmo de Rotterdan, conhecido teólogo humanista do século XIV, já na sua época escreveu sobre como o relativismo apresentava as suas diversas facetas, ao dizer algo sobre a tentativa de se maquiar a honestidade, e que deve ser objeto de nossa reflexão, veja:

“É muito mais honesto estar nu do que usar roupas transparentes.”

Essa afirmação é de uma profundidade incrível, porque no afã de se fazer algo ruim ou mal, o ser humano é caHONESTIDADE 8paz de desonestamente atenuar uma atitude numa situação a fim de, pelo mesmo objetivo, lograr o êxito desejado noutra, ou seja, nesse caso, mostro minha nudez, que é o meu objetivo,  usando roupas transparentes – uma maneira relativizada e maquiada de demonstrar o quanto somos desonestos.

Segundo o Dicionário de Significados, honestidade “é a qualidade de ser verdadeiro; de não mentir, não fraudar, não enganar, não omitir, não dissimular.” E o dicionário segue com a definição afirmando que: “o indivíduo que é honesto repudia a malandragem e a esperteza de querer levar vantagem em tudo. De maneira explícita é a obediência incondicional às regras morais existentes”.

Facilmente fazemos uma ligação do homem honesto ao homem que jamais subornaria, ou aceitaria o suborno de alguém, que jamais subtrairia qualquer bem material do outro, e com muita facilidade atribuímos honestidade ao homem que jamais deixaria de honrar seus compromissos, e isso não está errado, está apenas incompleto sobre o entendimento desse atributo que deveria ser marca registrada de todo o ser humano.HONESTIDADE 11

Confúcio, o famoso filósofo chinês, que viveu no período entre 551 a.C.-479 a.C., fez uma classificação no mínimo interessante entre três níveis de honestidade, veja:

NÍVEL SUPERFICIAL DA HONESTIDADE: Inclui as ações que uma pessoa realiza com o objetivo de cumprir os seus próprios desejos, embora nunca escondendo a sua sinceridade.”

Ou seja, nesse nível o homem estaria agindo honestamente, pois não omitia o seu interesse em atingir seus objetivos pessoais – ele os admitia explicitamente. Algo tipo os fins justificam o meio. Posso não estar cem por cento honesto, mas o meu objetivo é nobre.

NÍVEL INTERMEDIÁRIO DA HONESTIDADE: O homem não procura explicitamente satisfazer ao seu próprio interesse, mas antes o princípio moral da justiça com base na reciprocidade.”

Ou seja, nesse nível o homem seria um pouco mais nobre ou honesto, pois buscava a justiça, ainda que almejasse reciprocidade – a honestidade nesse caso residia no fato de não se querer o benefício apenas para si, tinha que haver benefício também para o outro.

NÍVEL PROFUNDO DA HONESTIDADE: O homem trata o seu semelhante da mesma forma em que gostaria de ser tratado.”

Ou seja, nesse nível o homem seria totalmente honesto, pois a honestidade estava em querer o mesmo benefício para o outro. O grande problema desse nível é que nem tudo que é legal e trás benefício na relação entre as pessoas poderá ser necessariamente moral.HONESTIDADE 10

Particularmente, acho que o grande erro do famoso filósofo foi o de tentar classificar a honestidade, pois não consigo vê-la nos dois primeiros níveis, e acho extremamente arriscado aplica-la no terceiro. Na verdade, eu estou absolutamente certo de que não há honestidade nos três níveis simplesmente porque ela não pode jamais ser classificada. Honestidade existe ou não existe em determinado ato e isso deve ser encarado de forma totalmente absoluta! Acho impossível imaginar uma situação em que o um indivíduo foi pouco, médio ou profundamente honesto.

Todavia, quero me deter um pouquinho sobre o NÍVEL PROFUNDO DE HONESTIDADE, de que nos fala Confúcio, pois buscar para o próximo o que queremos para nós concorda plenamente com a declaração daquele que, pelos seus escritos, foi um grande exemplo de homem íntegro, e o maior autor dos livros da Bíblia, o apóstolo Paulo, pois quando ele fala sobre o cumprimento da lei, que seria o instituto que declararia alguém como honesto, ele vai dizer:

“O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” Rom. 13.10

equipaE qual seria a melhor definição de honestidade, juntamente com as suas maravilhosas características, senão o tratado sobre o amor, que Paulo nos apresenta no capítulo 13 de sua primeira carta aos Coríntios?

“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Eis, portanto, o homem honesto: o homem que ama! E podemos afirmar com toda a certeza que a crise de honestidade que assola o mundo é uma crise de falta de amor, e não é sem motivo que o Senhor Jesus, o homem que mais demonstrou amor neste mundo, nos advertiu sobre a razão das enormes dificuldades que enfrentaríamos no final dos tempos:

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” Mt 24.12

Das muitas virtudes do homem honesto, invariavelmente, uma que o acompanhará e trará felicidade para ele e para os seus pares é que ele não se conduzirá inconvenientemente. Isso que dizer, HONESTIDADE 3sobretudo, que ele não constrangerá ninguém, que ele será sobremaneira ético, que suas atitudes e procedimentos jamais causarão qualquer tipo de desconforto nas suas relações interpessoais.

A rigor, o homem honesto é um homem que não procura os seus próprios interesses, e não é porque ele não os tenha não, mas, sim, porque ele não os coloca acima dos do seu próximo, pois tem consciência de que não seria correto numa circunstância em que um benefício é de direito comum, usurpá-la do outro, seja em que situação for e do “jeitinho” mais delicado que se utilize.

O nosso grande problema é que temos sido desonestos com as “interpretações” que fazemos a respeito de nossas atitudes com as pessoas, e ao agirmos assim acabamos por corroborar com a teoria de Confúcio sobre a HONESTIDADE. O fato é que precisamos parar de interpretar falsa e desonestamente nossas atitudes erradas e acordar para o fato de que quando deixamos de amar, todas as características que nos tornariam pessoas virtuosas e muito felizes, deixarão de nos acompanhar e viveremos no limbo das consequências que uma vida desonesta trás.

Deixemos do desejo de querer “inventar a roda”, da mania de “dar nomes aos bois” e nos apropriemos daquilo que o Senhor Jesus deixou para nós de forma tão clara!

Sejamos honestos, amemo-nos!

Pr. Élio Morais

A LOUCURA DAS AÇÕES PRECIPITADAS

Publicado: março 16, 2016 em Uncategorized

pensando 5A precipitação e o agir sem pensar talvez sejam uma das causas das maiores tragédias em qualquer época no mundo! Muitas famílias ficaram destroçadas por conta de alguém que agiu impensadamente! Muita gente sofre as consequências de alguém que age impulsivamente, pois quem age sem pensar, infelizmente, age como um bruto sem razão, como se um animal fosse, e estará fazendo algo totalmente desprovido de raciocínio o que, invariavelmente, provoca desdobramentos inimagináveis!

Friedrich Nietzsche, no seu Crepúsculo dos Ídolos, vai dizer algo tremendo sobre a precipitação e o agir sem pensar, veja:

“Raras vezes se incorre numa só precipitação. Na primeira vai-se sempre longe de mais alguma. Precisamente por isso se costuma incorrer logo numa segunda – e desta vez fica-se demasiado perto.”

No Velho Testamento encontramos dezenas de tragédias e dramas familiares dos mais diversos. Neste ensaio trago a história de Jacó e sua única filha, Diná; Siquém, um jovem príncipe cananeu, e o seu pai, Hamor; Simeão e Levi, dois filhos de Jacó. Essa história começa assim:

“Voltando de Padã-Arã, chegou Jacó são e salvo à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã; e armou a sua tenda junto da cidade. A parte do campo, onde armara a sua tenda, ele a comprou dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro. E levantou ali um altar e lhe chamou Deus, o Deus de Israel. Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra. Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a violentou.” Gên. 34. 1-2

Pensando sobre as tragédias resultantes da precipitação, trago-lhe uma sequência incrível de coisas erradas, verdadeiras trapalhadas mesmo, que as pessoas cometeram nesta trágica história e, todas elas, de uma forma ou de outra, fruto do agir sem pensar!

A PRIMEIRA DELAS, sem dúvida nenhuma, foi a PRECIPITAÇÃO DE JACÓ em construir uma casa num lugar onde ele sequer deveria armar uma tenda.

Se observarmos o contexto anterior dessa história, veremos que após o seu encontro com o Senhor, na gloriosa visão da escada (Gen. 28), Jacó prometeu que se voltasse em segurança fixaria residência naquele local da visão, Betel, e ali construiria a casa de Deus. Mas não foi isso que ele fez.

A gente não sabe ao certo o que aconteceu, nem o que foi que ele viu na cidade de Siquém. É possível que ele tenha se deslumbrado com alguma coisa ali daquele lugar, mas o fato é que segundo a Palavra, Jacó fixou residência entre os cananeus. Jacó se precipitara e isso vai lhe custar muitíssimo caro, pois Deus nunca abençoou alguém que tenha se estabelecido num lugar aonde não fora designado por Ele.

Ao atentarmos para a Bíblia observaremos que a visão que Deus dera a Jacó foi de que o lugar da bênção seria Betel, e que ele deveria retornar imediatamente depois de ter encontrado aquela que seria a sua esposa, veja:

“Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela”. Gên. 31. 13

O fato é que nunca um servo de Deus logrará êxito ao permanecer num lugar aonde o Senhor não designou – que o diga Jonas quando fugiu para Társis, ao invés de obedecer ao Senhor e ir para Nínive!

Jacó estava dando um rumo errado à sua vida justamente depois de ter sido tão abençoado por Deus no Vale de Jaboque, ali em Peniel, aonde ele vira o Senhor face a face! E o que é mais interessante e me causa espécie é o que Jacó vai fazer imediatamente ao se estabelecer ali, veja:

E levantou ali um altar e lhe chamou Deus, o Deus de Israel”.

Acho incrível isso! É impressionante como as pessoas tem a tendência de prestar culto a Deus numa maneira inequívoca de encobrirem o que estão fazendo de errado! Jacó tinha que saber que Deus jamais o abençoaria ali, mesmo tendo levantado um altar e prestado culto a Ele, pois está absolutamente claro que o culto seria inaceitável, pois aquele que adorava era o mesmo que desobedecia!

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A SEGUNDA COISA ERRADA
 que eu vejo nessa história foi a precipitação de Diná, filha única de Jacó, em sair num meio de um povo absolutamente idólatra para conhecer suas futuras “coleguinhas”, veja:

Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra.”

É loucura agir precipitadamente! É loucura agir sem pensar! Sempre será prudente e absolutamente necessário pensar antes de se fazer qualquer coisa! Sempre será de muitíssimo bom alvitre pensar e avaliar prós e contras antes de se ter familiaridade com pessoas não muito bem recomendadas e que muito provavelmente não acrescentarão nada de bom nos relacionamentos! Há de ser seletivo! Há de se olhar de longe primeiro! Diná deveria ter considerado o fato de que estava em terra estranha, no meio de um povo incircunciso, que não temia a Deus, cujos valores eram antagônicos aos dela!

Quando nos aproximamos de pessoas que não tem boa recomendação e que declaradamente não querem saber nada de Deus, não poderemos nos surpreender caso algumas delas adotem práticas do inimigo de Deus, pois as Escrituras nos antecipam que o mundo jaz no maligno, infelizmente!

E então algo terrível acontece: o playboyzinho Siquém se sente tremendamente atraído por Diná e faz a TERCEIRA COISA ERRADA dessa história: Siquém se precipita em dar vazão aos seus apetites carnais como se fosse um bruto totalmente irracional:

“Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a violentou.”

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Siquém era um príncipe de um povo nenhum pouco recomendável! Os cananeus eram extremamente idólatras e definitivamente não se importavam com o Deus de Israel! Eles habitavam as terras que o Senhor prometera a Israel, e a Bíblia os descreve como um povo sem o menor temor a Deus – definitivamente um povo iníquo e profano!

Jacó, como diz a Bíblia, chega ali, compra um pedaço de terra, e ali constrói sua casa! O pai do jovem Siquém, Hamor, era dono de todas aquelas propriedades e, muito provavelmente, Siquém deveria ser um playboy da sua época, um desses que acham que podem fazer qualquer coisa e que tudo vai sempre terminar bem, afinal, pelo jeito, desde que o mundo é mundo algumas pessoas tem tido a ideia de que ter dinheiro sempre significará viver impunemente!

Siquém, como se fosse um animal, violenta Diná tratando-a como um objeto absolutamente descartável. Quanta loucura nessa atitude! Como o ser humano consegue ser tão desprezível! Como uma pessoa sem depender de Deus poderá ser capaz de fazer as coisas mais sórdidas, mais cruéis, mais desprezíveis! Mas o fato é que o que Siquém fez serve para nos lembrar do que o apóstolo Paulo disse em sua Carta aos Romanos, no capítulo 1, versos 28 ao 32, vejam:

“E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.”

E pensar, caro leitor, que Siquém poderia ter conseguido pelas vias normais e legais casar-se tranquilamente com Diná! Mas ele errou feio e vai pagar caro por ter agido segundo os seus instintos mais baixos!

E depois dessa atitude horrorosa de Siquém o que nós vemos é uma sucessão de erros e trapalhadas que vão terminar muitíssimo mal, e aí nós aprendemos algumas coisas importantíssimas:

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É MUITO PERIGOSO NÃO SE ARREPENDER DO QUE SE FEZ DE ERRADO

Sua alma se apegou a Diná, filha de Jacó, e amou a jovem, e falou-lhe ao coração. Então, disse Siquém a Hamor, seu pai: Consegue-me esta jovem para esposa.”

Em momento algum se percebe arrependimento no coração de Siquém, pois no lugar de um coração arrependido, eu vejo sim, um coração obstinado em permanecer no erro, pois Siquém ainda vai pedir ao pai que consiga Diná para ele como se consegue um objeto que está exposto numa vitrine para ser comprado.

É MUITO PERIGOSO SE ESQUECER DE UMA OFENSA PRATICADA OU DESCONHECER O MAL QUE SE FEZ A ALGUÉM!

Parece que o jovem príncipe era tão imaturo que não tinha muito a ideia da dimensão do mal que fez à Diná e a sua família! Siquém se esquece da humilhação que causou a todos e, juntamente com o pai, vai fazer uma proposta para Jacó e os seus filhos como se nada tivesse acontecido!

“E saiu Hamor, pai de Siquém, para falar com Jacó. Vindo os filhos de Jacó do campo e ouvindo o que acontecera, indignaram-se e muito se iraram, pois Siquém praticara um desatino em Israel, violentando a filha de Jacó, o que se não devia fazer”.

É MUITO PERIGOSO SE ASSOCIAR COM PESSOAS QUE VOCÊ PREJUDICOU, SEM TER ACERTADO AS CONTAS COM ELAS

Mais uma vez aqui vemos a imaturidade de toda essa gente, pois eles se associam com a família de Jacó e isso será a concretização da ruína deles:

“Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os homens todos. Passaram também ao fio da espada a Hamor e a seu filho Siquém; tomaram a Diná da casa de Siquém e saíram. Sobrevieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade, porque sua irmã fora violentada. Levaram deles os rebanhos, os bois, os jumentos e o que havia na cidade e no campo; todos os seus bens, e todos os seus meninos, e as suas mulheres levaram cativos e pilharam tudo o que havia nas casas. Então, disse Jacó a Simeão e a Levi: Vós me afligistes e me fizestes odioso entre os moradores desta terra, entre os cananeus e os ferezeus; sendo nós pouca gente, reunir-se-ão contra mim, e serei destruído, eu e minha casa. Responderam: Abusaria ele de nossa irmã, como se fosse prostituta”?

pensando 2

É MUITO TRISTE O ESPÍRITO VINGATIVO E O FAZER JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS

Os filhos de Jacó tornaram-se assassinos e tiveram que conviver com os traumas decorrentes dessa ação tão odiosa e, digno de registro, é a atitude de reprovação do próprio Jacó frente à ação extremada e sem propósito dos seus filhos.

Concluindo esse artigo, dentre as muitas lições que tiramos dessa história, uma extremamente significativa, de grande importância mesmo, é que dois três ou quatro erros jamais farão um acerto. Aprendemos com essa tragédia, que o que começa errado poderá terminar mais errado ainda quando não damos a solução certa!

Quero finalizar com três versículos bíblicos muitíssimos preciosos, do Livro dos Provérbios, que nos dizem:

“O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura”. 14. 29

“Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado”. 19. 02

“Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele”. 29.20

Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Somos seres inteligentes e dotados de capacidades tremendas para agir com sabedoria. Que o Senhor nos livre da loucura das ações precipitadas! Amém.

Pr. Élio Morais

A EFICÁCIA DA AÇÃO!

Publicado: março 1, 2016 em Uncategorized

Ação e movimento 5Infelizmente, todo ser humano está sujeito a momentos onde parece que a sua melhor opção de vida é ficar absolutamente parado como quem vê a “banda passar”. Momentos em que definitivamente a melhor coisa a fazer é se aquietar e deixar que Aquele que sabe até quantos cabelos temos na cabeça aja, e nos mostre que Ele está no controle de tudo e que nEle devemos esperar. Estou certo então de que há momentos sim em que a quietude parece ser a decisão mais sábia, porque será ela a precursora de fatos que serão os futuros desencadeadores dos melhores resultados e, portanto, não podemos nos fechar para essa possibilidade.

Mas nesses dias tenho pensado mais sobre a eficácia da ação. Tenho pensado sobre a extrema necessidade de se fazer algo a despeito de um quadro onde tudo conspira para que a letargia e a estagnação prevaleçam. Tenho pensado sobre a absoluta e fundamental necessidade de se sair do lugar onde está, ainda que seja dando apenas um pequeno passo.Ação e movimento 6

Aliás, sobre isso, acho que ninguém foi mais feliz ao escrever uma frase, do que o cantor e compositor pernambucano, Chico Science, quando disse: Um passo à frente e você não estará mais no mesmo lugar”. Ah, como eu queria ter tido a oportunidade de perguntar-lhe o que ele quis dizer com essa sentença! Porque pra mim está absolutamente claro que ele não a proferiu para a interpretarmos da maneira óbvia com que ela foi escrita, porque daí nem haveria a necessidade da interpretação, pois a frase está dizendo algo tão explícito e lógico, que dispensaria qualquer raciocínio sobre a sua construção e significado. Acho que o inesquecível poeta pernambucano estava falando sobre a eficácia da ação – sobre quão importante e eficiente é dar, nem que seja um único passo, à frente, o que seria suficiente para não se estar mais no mesmo lugar.

Ação e movimento 2Mormente o encapsulamento e a clausura de certas fases da vida, em que definitivamente nada se move, nada acontece e nenhum fato novo se avizinha para sair do lugar comum e das cercanias da mesmice, há de se buscar uma maneira de dar um passo à frente e sair desse lugar que aprisiona, que mina as forças, enterra dons e talentos, e impede o vislumbre de um futuro glorioso e cheio de coisas pra realizar. Bastará um pequeno e suficiente passo e sair-se-á da onde está para que algo novo surja a fim de se contemplar uma nova visão!

Albert Einstein disse uma frase adequadíssima para o que estamos refletindo: “Nada acontece até que algo se mova”! É fato, é vero, é físico: nada acontece até que algo se movimente! Nada acontece se não for feito alguma coisa, ainda que tão somente apenas um passo à frente seja dado!Ação e movimento 3

Não fazer nada será se acomodar a um estado em que “tudo ficará como dantes na terra de Abrantes”. Significará a conformidade com a inoperância e a estagnação. Significará a insensibilidade, talvez, à antiga chama que queimava e inquietava o coração em direção a alvos e projetos gloriosos! Não fazer nada será nivelar por baixo e contentar-se com muito menos daquilo que o Senhor intentou e projetou.

Nada deverá ser empecilho para o passo à frente, que tira alguém do lugar da inoperância! Nenhum medo, principalmente do desconhecido, deverá ser mais forte do que o vislumbre de novos desafios! Nenhuma zona de conforto poderá ter suas demarcações tão incrustradas na vida a ponto de impedir que se aprecie a dinâmica da realização de proezas que valorizem a vida e tragam glórias para Deus!

Ação e movimento 4Há de se dar um passo e sair de Harã. Há de se deixar a terra e a parentela. Há de se construir arcas sem nem mesmo saber o que é chuva! Há de se ir para o altar do holocausto mesmo sem saber qual será o sacrifício! Há de se sair para construir muros e restaurar templos! Há de se deixar Jerusalém, Samaria, Judeia e ir aos confins da terra!

Então é isso: Um passo à frente e você não estará mais no mesmo lugar”. Essa é a eficácia da ação: um único passo e você já não estará no lugar de inoperância. Um único passo e já foi suficiente pra vislumbrar coisas de novos ângulos. Um único passo e se descortinam grandes possiblidades!Ação e movimento 1

“E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia.” Rom. 13. 11-12

Desperta-nos, Senhor!

Pr. Élio Morais

GLÓRIA DE DEUS 1“1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. 2  Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3  E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. 4  As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! 6  Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7  com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. 8  Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” Isaías 6. 1-8

Isaías era um homem bom, temente a Deus, culto, e, muito provavelmente, de uma linhagem sacerdotal. Pelo seu linguajar erudito infere-se que era um príncipe entre todos os profetas de sua época. Ele fora chamado pelo Senhor numa época em que o “povo de propriedade exclusiva de Deus” não vivia uma vida exclusivamente para Ele, porque faltava temor ao Senhor no meio do povo de Deus!  GLÓRIA DE DEUS 4

No período profético de Isaías Israel estava literalmente no banco dos réus – a maior parte das suas profecias trata da condenação que viria sobre uma nação que era objeto do amor de Deus, mas que iria experimentar da Sua ira em função da idolatria dominante. O povo que deveria adorar um único Deus se curvava diante de deuses de barro, de madeira, feitos por mãos humanas e que definitivamente não poderiam socorrê-lo.

Rigorosamente não seria uma tarefa fácil para Isaías profetizar numa época tão difícil. Havia pelo menos três reinos que ofereciam tremendas ameaças constantemente ao povo de Deus e, não bastasse as grandiosas batalhas externas, ele ainda teria que lidar com conterrâneos obstinados, idólatras, murmuradores e declaradamente rebeldes. E é neste contexto completamente desfavorável que o Deus todo poderoso chama Isaías para o ministério, e desse chamado nós aprendemos uma coisa muitíssimo interessante: Foi necessário Isaías contemplar primeiramente a glória do Senhor para ter condição de realizar o grande projeto que Deus tinha pra ele, e os meus olhos brilham e minha mente imaginativa fervilha ao tentar contemplar um facho daquilo que Isaías contemplou.GLÓRIA DE DEUS 2

Motivado pela experiência da visão que Isaías teve, pesquisei e concluí que, invariavelmente, quando homens de Deus realizaram grandes feitos em nome do Senhor eles primeiramente contemplaram a Sua glória e majestade – que o digam Enoque, Noé, Moisés, Josué, Abraão, Jacó, José, Daniel, Pedro, Paulo, Silas e talvez muitos de vocês que me leem.

Concluí que jamais um homem de Deus poderá realizar um grande feito em Seu nome se não contemplar primeiramente a Sua glória, porque o que virá depois da realização da obra deverá trazer glória para o nome do Senhor e algo que traga glória para o nome do Senhor precisará ser realizado na força, na comunhão, na dependência e na mais absoluta confiança no Senhor!

Isaías precisava daquela visão! Isaías era um homem temente, mas que ainda não havia contemplado a glória de Deus a fim de ser usado por Deus como, certamente, o próprio Deus gostaria. Poderíamos dizer que à semelhança de Jó Isaías conhecia a Deus muito mais de ouvir falar do que da forma empírica e fundamentalmente necessária como aconteceu na visão.

Isaías precisava daquela visão! As suas fragilidades e pecados, precisavam ser contrastados com a grandeza da glória e o poder de Deus! Somente assim ele poderia escrever o seu lamento no versículo 6, do capítulo 64:

“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”

Isaías precisava daquela visão! A majestosa glória de Deus precisava sobressair em detrimento aos terríveis traços de sua natureza caída e, somente assim, ele poderia escrever o seu louvor no versículo 4, do capítulo 64:

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.”

Isaías precisava ver a majestade do Deus que haveria de chamá-lo, comissioná-lo e enviá-lo! Era absolutamente imprescindível que Isaías fosse fortalecido na sua fé mediante as coisas que viu! Era condição sine qua non que Isaías tivesse nos arquivos de sua memória as grandezas das revelações de Deus para os momentos de dor, de vale, de deserto, de secura, de solidão e de perseguição que todo servo do Senhor passa ao estar no exercício fiel do ministério. Isaías precisava contemplar a majestade do Senhor para poder reagir da forma impressionantemente linda quando ao ser chamado por Deus, vai dizer: GLÓRIA DE DEUS 6

– EIS-ME AQUI, ENVIA-ME A MIM!

Isaías não disse: – Estou pronto, Senhor, pode contar comigo! Ou – Estou aqui, Senhor, e estou saindo pra te servir! Não! Esse profeta maravilhoso acabara de ver a glória e a majestade do Senhor e reagiu da forma para o qual tudo fora preparado pelo Senhor! Era como se ele dissesse:

– Senhor, depois das grandezas a mim reveladas, estou aqui e só irei se o Senhor me enviar! Somente assim irei, Senhor, confiado em tudo que contemplei! Estou aqui absolutamente pronto para que o Senhor, na força do Seu poder glorioso, me envie! Estou certo, Senhor, de que à semelhança do que dissera para Josué, ninguém poderá me resistir em todos os dias que eu estiver no exercício do ministério de proclamar a Sua vontade ao povo!

GLÓRIA DE DEUS 3O resultado das coisas terem acontecido nesta ordem todos nós sabemos: Glória pra Deus! Isaías viu a glória de Deus no início e proclamou a glória de Deus em todo o seu ministério.

Provavelmente muitos dos que me leem podem estar com a seguinte indagação em mente: E hoje, como Deus manifestaria a Sua glória pra mim antes de me enviar? Eu te respondo, caro leitor: Todas vezes que você passar por uma grande provação, por uma grande luta, por algo que a princípio esteja abalando suas estruturas e experimentar a fidelidade e o livramento do Senhor,  muito provavelmente, esse será o prenúncio de uma obra maravilhosa que o Senhor fará em você e através de você.

Lembremo-nos sempre: A IMPRESCINDÍVEL GLÓRIA DO SENHOR, PRIMEIRO!

Pr. Élio Morais

GRATIDÃO 4Que seres incríveis somos nós, e como fico impressionado na quantidade de erros que cometemos justamente em áreas que definitivamente deveríamos acertar para o nosso bem e o bem daqueles com os quais convivemos.

Especialmente no quesito viver a vida com sabedoria, o homem, de uma maneira geral, tem se tornado um verdadeiro expert em fazer o contrário daquilo que Deus sempre desejou.

Tenho pensado nesses dias sobre a loucura do que fazemos com aquilo que Deus tem nos dado: Eu peço algo para Ele com toda força do meu ser, recebo, não curto, não agradeço, peço outra coisa maior, e quando me dou conta percebo que no afã de querer algo melhor e mais valioso fui refém e escravo dos meus olhos, que o pregador do Eclesiastes, no capítulo 4, versículo 8,  disse que não se fartam.

Quando não valorizo aquilo que recebi da parte do Senhor por menor que seja, inadvertidamente percorrerei um novo caminho de busca de algo maior e isso fatalmente me impedirá de apreciar deleitosamente o que pedi para Deus.

Para asseverar sobre isso fiz uma breve análise de alguns pedidos importantes que vi algumas pessoas fazerem para o Senhor em momentos cruciais de suas vidas e facilmente percebi que elas haviam chegado muito além do nível de vida, ou de status que pretendiam, mas, no entanto, por não saberem limitar os desejos do coração, ficaram impedidas de contemplarem a beleza daquilo que o Senhor já fizera, e se encontravam ávidas na busca incessante por algo que ainda não tinham.GRATIDÃO 3

Mais do que triste, isso é profundamente trágico! Sim, porque é uma verdadeira tragédia saber que em todo o tempo a felicidade esteve tão perto e foi por nós despercebida, porque os nossos olhos, desejo, inteligência e vigor estiveram o tempo todo em algo maior que julgávamos que nos faria felizes.

É uma tragédia sim, porque a vida é implacável e os anos não nos esperam, e quando nos damos conta descobrimos que perdemos os melhores momentos de nossas vidas buscando os melhores momentos de nossas vidas e, fatalmente, aperceberemos que o segredo da felicidade estava justamente em valorizar as coisas pequenas, porque com muito sofrimento descobrimos que as coisas grandes são inatingíveis, não por elas mesmas, mas porque os nossos olhos as farão cada vez maiores.

Mas como encontrar então a felicidade? Como encontrar então o sucesso?

GRATIDÃO 1Definitivamente eles não estão atrelados a um conceito matemático em que pudéssemos equacioná-lo. Não! Definitivamente eles não pertencem ao reino das racionalizações. A felicidade e o sucesso são abstratos, subjetivos até, são espirituais, transcendem o reino dos dígitos e aterrissam no meio dos homens. Sim, tem a ver com pessoas, com sentimentos e com emoção. Tem a ver com chegadas e partidas, com choros e gargalhadas, com mimos e presentes, com pés descalços, com corrida na praia, com colo, com cafuné, com cabaninhas dentro do quarto, com joguinhos, com o fazer qualquer coisa com a desculpa de apenas estar junto. Tem a ver com as praças e os seus convidativos bancos para um bate papo descontraído, com comidinha repartida em minúsculos pedaços só pelo prazer de ver por perto quem a gente jamais gostaria que estivesse longe. E então a gente descobre porque qualquer pessoa pode ser feliz nessa vida independentemente do tamanho do saldo da sua conta bancária, do tamanho do seu currículo e dos títulos que possui.

Na visão do ensaísta e filósofo americano, Ralph Waldo Emerson, sucesso é:

“Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso.”

Na visão do rei Davi, no Salmo 133, felicidade é se “aquietar no colo do pai ao invés de andar a procura de grandes coisas e coisas maravilhosas demais para si”.

Diante de tudo isso, alguns então perguntariam: O que fazer diante de tantas pressões num mundo que a todo o momento nos vende a ideia de que devemos estar buscando sempre mais? A resposta pra isso não poderia vir de outro lugar senão a Bíblia, então vamos lá:GRATIDÃO 5

Primeiramente, estejamos contentes em toda e qualquer situação, é o que disse o grande apóstolo Paulo! E, dentre outras coisas, isso significa não condicionar a nossa alegria e felicidade em nada a não ser no fato de que somos do Senhor!

Em segundo lugar, sejamos gratos! Se a gratidão fizer parte de fato das nossas vidas as pequeninas coisas nos preencherão de uma forma impressionante, terão muito mais sentido e nos farão mais parcimoniosos.

E, em terceiro lugar, sejamos moderados. A palavra de Deus vai nos dizer que a moderação em tudo é boa! Ela nos trará saúde, nos livrará de muitas esparrelas e será um verdadeiro elixir para nossas mentes e corações.

Finalizando esse pequeno ensaio sobre ser feliz com o que já temos, gosto de pensar sobre a bela imagem que o Senhor Jesus projeta pra nós sobre dois seres totalmente felizes, e o são porque simplesmente são cuidados pelo Senhor, observem:

“Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.” Mateus 6

Que o Senhor nos dê a grandeza e a sabedoria de reconhecê-Lo nas pequeninas coisas maravilhosas que Ele tem nos concedido. Amém.

Pr. Élio Morais

LIVRA!

Publicado: outubro 8, 2015 em Uncategorized

Cambaleando 2“Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?” Prov. 24. 11-12

Este talvez seja um dos textos mais incomodativos da Bíblia. Essa é uma daquelas exortações que de tão claras chegam a dar um mal estar na gente, porquanto não nos deixa dúvidas sobre o que está acontecendo ao nosso redor, sobre as consequências dos acontecimentos e sobre o que devemos fazer.

Devemos dar muitas graças a Deus pelas revelações da Sua Palavra, pois enquanto muitas pessoas nessa época que estamos vivendo correm atrás de fábulas, coisas espetaculosas e sobrenaturais, e vivem pelos montes querendo sinais miraculosos do Céu, temos na Palavra de Deus ricas instruções e admoestações a fim de cumprirmos com a nossa parte como igreja relevante, que realiza a obra do Senhor.

Algumas coisas imediatas que aprendemos com esse texto:

Há um povo cambaleando e sendo levado para a morte – Essas pessoas podem estar mais perto de nós do que podemos imaginar! Podem estar dividindo a cama conosco, um cônjuge, por exemplo; podem estar dividindo o teto da nossa casa, alguém da família; podem estar na casa ao lado, ou na nossa rua, em nosso bairro, em nossa cidade, em nosso estado, noutro país, ou até mesmo nos confins da terra. Mas o fato mais estarrecedor é que estão cambaleando, e por fim, serão mortos. Isso é trágico demais!Cambaleando 3

HÁ UM POVO QUE PODE SALVAR ESSE POVO – A Palavra de Deus nos diz: “Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos…” Essa Palavra é para nós que já fomos alcançados pelo Evangelho, porque somente poderá livrar pessoas de serem mortas e irem para o inferno aqueles que tem a poderosa mensagem salvadora do Senhor Jesus! O crente em Jesus cristo jamais poderá sonega-la a ninguém, porquanto os servos do passado não a sonegaram para nós – somos fruto do interesse, do esforço e da pregação dos servos que compartilharam o Evangelho “…que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”.

HÁ ALGUÉM QUE NOS PEDIRÁ CONTAS – O texto diz: “Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá Aquele que pesa os corações? Não o saberá Aquele que atenta para a tua alma? E não pagará Ele ao homem segundo as suas obras?” Sim, prezados, o Senhor nos pedirá contas daquilo que fizemos com a pregação que o um dia nos livrou do inferno – o Senhor pesará os nossos corações! O Senhor quererá saber de nós o que fizemos com o Evangelho que nos salvou e de que forma usamos os dons que Ele nos deu!

Cambaleando 1Quero finalizar essa reflexão com um texto dramático da Palavra de Deus, não menos incomodativo do que o que utilizei acima, e que deve nos fazer parar tudo que estamos fazendo e meditar nele, vejam:

“Por isso, temos o propósito de agradar ao Senhor, quer estejamos no corpo, quer o deixemos. Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más. Uma vez que conhecemos o temor ao Senhor, procuramos persuadir os homens.” 2 Coríntios 5. 9-11

Que não nos envergonhemos naquele dia glorioso em que prestaremos contas ao Senhor! Amém!

Pr. Élio Morais

Tudo posso 1Esse brado de vitória foi dado por alguém que sabia o que estava falando. Esse grito de exultação foi exprimido por alguém que vivia uma intimidade com Deus como poucos viveram nesse mundo. Esse manifesto de confiança foi feito por alguém que fora visitado pelo Senhor Jesus na forma de uma luz “…mais resplandecente do que o sol do meio dia.”

Esse servo de Deus maravilhoso, o apóstolo Paulo, jamais quis dizer com essas palavras que o Deus que o fortalecia torná-lo-ia próspero ao ponto de dali para frente jamais ter qualquer tipo de problema, como muitos estão pregando por aí. Não, o contexto em que o apóstolo Paulo faz essa afirmação não era um contexto de prosperidade, muito pelo contrário, o contexto era de dificuldade, de escassez, de pobreza.  Na verdade, esse grande servo de Deus estava agradecendo aos crentes de Filipos uma oferta que eles haviam mandado numa hora excelente, num momento de aridez e de necessidade extrema.

O apóstolo Paulo, longe de querer ostentar uma falsa prosperidade, ele quer que entendamos que nos piores momentos de nossas existências poderemos vencer e glorificar o nosso maravilhoso Deus, porque é Ele quem nos fortalece nas lutas e tribulações da vida, conquanto tenha nos permitido o passar pelo vale sombrio, nos capacita a sairmos vitoriosos dele, porquanto nos fortalece a alma!Tudo posso 2

Esse mesmo apóstolo querido também escreveu que “TODAS AS COISAS COOPERAM PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM A DEUS”, e agora a gente entende tudo! Agora as coisas se encaixam perfeitamente! Ou seja: especialmente nos momentos das dificuldades da vida, dos percalços, da aridez, especialmente quando de alguma forma passamos pelo “vale da sombra da morte” entendemos que essas coisas COOPERARÃO para o nosso bem, por que PODEREMOS SUPORTAR TUDO POR CAUSA DAQUELE NOS FORTALECE e, ao final, O glorificaremos, é isso! Tudo faz sentido agora!

Obrigado, Senhor, por nos dar esse entendimento, por nos capacitar a te dar GRAÇAS nos momentos adversos da vida! Obrigado, Senhor, porque NÃO nos dá olhos APENAS para percebermos a Tua presença e a Tua fidelidade quando tudo nos vai bem!

Amamos-te, Senhor, porque Tu és o nosso bem maior! Amamos-te, Senhor, porque Tu és o nosso maior tesouro!

Pr. Élio Morais

A DIFÍCIL ARTE DA CONVIVÊNCIA

Publicado: outubro 2, 2015 em Uncategorized

equipaRELACIONAR BEM É UMA ARTE. Sei que começo essa minha reflexão com um chavão.

Essa frase é lugar comum em qualquer roda de discussão: Seja na mesa de um bar, num grupo de trabalho, num debate, num estudo de caso, essa frase sempre aparece e, invariavelmente, num tom quase de impossibilidade da realização!

De fato, não é tarefa fácil a convivência entre pessoas, pois cada um de nós traz consigo históricos muitíssimos diversificados.

Alguns passaram por traumas e situações inimagináveis; outros nem tanto assim. Alguns tiveram o benefício do afeto, da atenção e do cuidado; outros tiveram a desventura do abuso, do descaso e da falta de amor. Alguns tiveram uma infância com momentos inesquecíveis; outros tiveram infâncias que jamais querem se lembrar.portinari

Então, com esse “filme” impregnado em nossa mente, de modo consciente ou não partimos para uma das mais árduas lutas da vida: Conviver bem com outras pessoas! E aí começam nossas batalhas no afã de adaptarmos nossas histórias aos relacionamentos e às convivências que teremos ao longo do tempo.

Interessante que nós não queremos, nem suportamos a ideia de não nos relacionarmos, e jamais poderíamos prescindir dos relacionamentos, pois fomos feitos para isso, ganhamos inteligência de Deus para isso, e jamais sobreviveríamos sem eles.

Nessa batalha para o bom relacionamento INTERPESSOAL estou certo que lograremos grande êxito se considerarmos um aspecto muitíssimo importante: o relacionamento INTRAPESSOAL, ou seja, a relação conosco mesmos – uma relação onde nos aprofundamos no conhecimento de nós mesmos.

Está é uma relação de fora para dentro como que imergindo, de uma forma bastante honesta, no próprio ser. Ao fazê-la, seremos levados, seguramente, ao descobrimento de nuances da nossa história que, devidamente trabalhadas, compreendidas e perdoadas, jamais servirão de empecilho para aquilo que queremos em nossos relacionamentos: aceitação e feliz convivência.

7-Comunicaçao-Nessa “viagem” para dentro de nós mesmos poderemos colher excelentes resultados, e um deles poderá ser a descoberta de que estamos filtrando nossas relações a partir daquilo que sofremos, somos ou vivemos. Também poderemos descobrir que estamos projetando no outro aquilo que gostaríamos de ser.

O grande benefício dessa imersão honesta na relação conosco mesmos é que os nossos descobrimentos nos farão mais longânimes com aqueles que convivemos e relacionamos, pois fatalmente haveremos de admitir que as pessoas que vemos todos os dias também estão em luta com suas histórias, que muitas vezes não contribuem positivamente para as suas relações INTERPESSOAIS.

Segundo o competentíssimo psicólogo americano, Daniel Goleman, num artigo publicado pela Revista Isto é, “Quanto maior a capacidade de identificar os nossos sentimentos e dos outros, de nos motivar e gerir bem nossas emoções e relacionamentos, maior o coeficiente de inteligência emocional.”, tão necessária para os nossos dias.construcao_780x550

O fato é que somos SERES EM CONSTRUÇÃO. Somos edifícios inacabados!  Somos pessoas que estão passando por um processo que, se tivermos boa vontade, especialmente com o outro, veremos um excelente produto final.

Estou certo que somente nessa perspectiva teremos relacionamentos mais saudáveis: na perspectiva da certeza de que sempre haverá a possibilidade para o crescimento, a aceitação e a melhora.

Que possamos ter em nós mesmos, primeiramente, essa expectativa, e que ela produza em nós paciência, boa vontade e otimismo em relação àqueles que convivem conosco.

Pr. Élio Morais

amargura 2“Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração. 20 Voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com ele e lhe disse: Que bela figura fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos das servas de seus servos, como, sem pudor, se descobre um vadio qualquer! II Sam. 6. 12-21

Davi deseja restaurar o culto em Israel, coisa que há muito ninguém fazia porque a Arca da Aliança, que simbolizava a presença e o poder de Deus, havia sido levada de Jerusalém. Numa incursão exitosa eles recuperam a Arca e retornam tomados por uma enorme felicidade e grande regozijo para Sião, porquanto, finalmente, será possível adorar a Deus – Ele se fará presente

Esse foi um dia muitíssimo especial pra Davi. Somente quem lê e se aprofunda nos salmos que ele escreveu terá um pouco da dimensão da alegria que ele estava sentindo em restaurar o culto em Jerusalém. Mas o que deveria terminar numa grande festa em família acabou terminando numa tragédia, porque o texto diz que Mical, sua esposa, além de não adorar ao Senhor como o seu marido estava fazendo, ainda o reprova severamente por fazê-lo.

Davi estava tremendamente alegre com a restauração do Culto ao Senhor, mas sua esposa Mical não. A Bíblia diz que ela contemplava de longe e o reprovava. A Bíblia diz que ela o via da janela do palácio e o desprezava no seu coração. Ela não somente deixava de adorar ao Senhor, mas, também, desprezava quem o fazia.

Trago esse assunto neste artigo, porque não é muito improvável que isso esteja acontecendo conosco ou com pessoas muito próximas de nós. Infelizmente não tem sido difícil encontrar pessoas que não somente não tem prazer na adoração a Deus, mas ainda reprovam aqueles que assim procedem e precisamos aprender um pouco sobre essa atitude de Mical.amargura 5

Eu dei o título a esse artigo QUANDO A AMARGURA DA ALMA TOMA CONTA DO NOSSO CORAÇÃO E IMPEDE A NOSSA ADORAÇÃO, porque entendo que Mical agiu desse jeito porque estava profundamente amargurada. Eu entendo que ela reprova e despreza Davi porque está infeliz até a tampa. Ela não se empolga nem um pouco com alegria do seu marido, porque não há espaço para regozijo em seu coração, porquanto a amargura tomou conta de tudo e eu gostaria de trazer alguns possíveis motivos pelos quais Mical não adorou ao Senhor naquele momento tão importante:

O PRIMEIRO POSSÍVEL MOTIVO FOI PORQUE TALVEZ ELA ESTIVESSE COM RAIVA DO SENHOR

Isso de jeito nenhum é algo improvável, porque não tem sido incomum vermos pessoas atribuindo responsabilidades a Deus pelos dissabores da vida. Muita coisa ruim aconteceu com Mical e ela pode ter feito uma leitura totalmente equivocada de tudo e pode sim estar culpando Deus por muita coisa.

Mical viu o seu pai perseguir ao seu marido ferozmente ao ponto dela mesmo ter que protegê-lo. Ela viu seu marido ter que fugir igual a um bandido e se enfurnar em cavernas e até mesmo morar com os piores inimigos. Mical se viu obrigada a abrir mão da convivência com o marido que tanto amava e casar-se com outro por obrigação do pai. Ela viu sua família ser dizimada de uma única vez – seus três irmãos sendo mortos e o pai suicidando. Mical viu o seu segundo marido chorando quando Davi, agora rei, manda busca-la de volta.

É inegável a quantidade e o histórico de lembranças ruins que Mical trazia em sua bagagem de volta para o palácio, e é fato: a vida não tem sido justa com uma multidão de pessoas, mas, definitivamente, nada disso foi culpa de Deus, porque Ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre.

amargura 7Especialmente nessa época hedonista, em que o homem se acha cada vez mais merecedor das boas dádivas do Senhor, e foca os seus olhos cada vez mais nas suas próprias necessidades, culpar Deus por coisas ruins que lhes acontecem pode ser um excelente lenitivo e eximi-los de grandes responsabilidades.

Faltou a Mical algo que jamais poderá faltar em nós quando estivermos passando por grandes lutas: não desassociar Deus dos percalços e das agruras da vida. Faltou a Mical, ao invés de culpar Deus de tudo ruim que lhe acontecia, depender dEle para sobreviver bem e continuar tendo alegria na adoração. Faltaram a Mical, rigorosamente, os olhos da fé para contemplar a face do Senhor, seu bom pastor, nos momentos angustiosos do vale da sombra da morte, como Davi, seu marido, lindamente o fizera ao escrever o maravilhoso Salmo 23!

Faltou a Mical a atitude que jamais faltou a Davi, que nunca teve uma vida fácil e isenta de grandes problemas, mas pôde dizer assim no Salmo 131:

“1 SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. 2  Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. 3  Espera, ó Israel, no SENHOR, desde agora e para sempre.”

Em segundo lugar, MICAL PODE TER DESPREZADO AO SEU MARIDO DAVI E NÃO TER ADORADO AO SENHOR PORQUE A AMARGURA DO SEU CORAÇÃO ERA MAIOR DO QUE A SUA CAPACIDADE DE PERDOAR AQUELES QUE ERRARAM COM ELA NO PASSADO.

Faz todo sentido pensarmos isso dela, porque quando estamos com os nossos corações endurecidos de amargura e não perdoamos aqueles que nos machucaram, então, jamais haverá espaço para o louvor e adoração em nós, porquanto nossa boca sempre falara aquilo do qual está cheio o nosso coração.

Há muitas pessoas que não adoram porque na adoração precisaremos verbalizar a nossa satisfação com Deus e a alegria que sentimos por tê-lo como o nosso maior tesouro, o nosso bem mais precioso! Não foi isso que o nosso poeta contemporâneo Asaph Borba cantou em uma de suas belas composições?amargura 3

O meu louvor é fruto do meu amor por Ti, Jesus, de lábios que confessam o Teu nome; É fruto de Tua graça e da paz que encontro em Ti e do Teu espírito que habita em mim, que habita em mim.

Ainda que as trevas venham me cercar, ainda que os montes desabem sobre mim, meus lábios não se fecharão, pra sempre hei de Te louvar!

Ainda que cadeias venham me prender, ainda que os homens se levantem contra mim, meus lábios não se fecharão, pra sempre hei de Te louvar!

Se for ressentimento, amargura e rancor que tenho no meu coração eu não somente não vou adorar ao Senhor, mas reprovarei os que assim fizerem, pois como adorarei ao Deus que é puro perdão, um Deus que todo o seu relacionamento conosco se baseia na maravilhosa atitude do perdão, se o mesmo não se encontra em meu coração?

Pobre Mical, eu consigo imaginá-la na soleira daquela janela sendo consumida pela amargura e pela falta de perdão, olhando longe, divagando, desprezando Davi e dizendo-lhe!

– Você não tem coisas mais importantes pra fazer do que ficar com essa presepada toda aí no meio dos plebeus, não? Você não deveria estar traçando estratégias para governar a nação que você acabou de ser ungido rei, não? Você não acha que está começando errado o seu reinado, não?

Tudo isso porque mais uma vez falta-lhe a atitude do também sofrido Davi, seu marido, que preferiu dizer assim para Deus:

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.” Salmo 51.

Por fim, O TERCEIRO POSSÍVEL MOTIVO que sugiro é:

MICAL PODE TER DESPREZADO AO SEU MARIDO DAVI E NÃO TER ADORADO AO SENHOR PORQUE A AMARGURA DO SEU CORAÇÃO ERA MAIOR DO QUE A SUA CAPACIDADE DE PERDOAR A SI MESMA

Quantas pessoas estão amarguradas de alma e sem condição de adorar ao senhor porque não se perdoam! Quantas pessoas estão presas aos erros que cometeram no passado, não esquecem, não se perdoam e não conseguem avançar com uma vida de qualidade simplesmente porque os vagões pesados das lembranças ruins as impedem de seguir em frente.

A Bíblia não nos diz quais foram os possíveis erros que Mical tenha cometido e que precisava esquecer para poder se perdoar, mas é possível que ela estivesse olhando sempre para trás e somente pensando nas coisas que poderia ter feito diferente, mas não fez.

Ficar lamentando o que não se fez jamais mudará o nosso coração para o que teremos de fazer no futuro. No máximo, Mical deveria simplesmente tirar lições saudáveis que cooperariam com suas ações no porvir, pois jamais ao chorar o leite derramado alguém conseguiu avançar de forma positiva e saudável rumo ao futuro!

amargura 1Mas se a Bíblia não nos fala a respeito de possíveis atitudes que Mical não se perdoava, por outro lado as Escrituras nos falam sobre algumas coisas que Davi fez que Mical poderia ter feito, e que nós, pela graça de Deus podemos aprender e fazer a partir de hoje:

No Salmo 32, ele disse assim:

“5  Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado. 6  Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. 7 Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.”

E no Salmo 51, ele disse assim:

“1 Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2  Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. 3  Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. 4  Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.”

Eu estou absolutamente certo de que muitos de nós podemos entrar numa igreja onde está acontecendo um culto maravilhoso e definitivamente sairmos de lá sem ter visto nenhuma beleza no culto e sem ter tido nenhum prazer na adoração a Deus, que era o objeto do culto!

Infelizmente, todos nós estamos sujeitos a isso e precisamos cuidar da nossa mente e do nosso coração para que tal não suceda, para que sejamos de fato verdadeiros adoradores que possam adorar a Deus na beleza da Sua santidade, como diz a Palavra!

Provavelmente o grande vilão da adoração legítima ao Senhor seja a amargura da alma resultante das lutas pelas quais todos passam. Se desassociarmos o Senhor das lutas que estivermos enfrentando, se formos daqueles que definitivamente não veem, ou não dependem do Senhor nas grandes lutas da vida, então eu posso assegurar-lhe: Nós não teremos mente e coração para adorá-Lo!

amargura 6Se não cuidarmos dos nossos corações corremos um risco enorme de fixarmos os nossos olhos nas nossas lutas e nas lutas dos outros e não encontraremos ânimo para adorar ao Deus que é o todo poderoso, mas que não livrou os seus filhos do sofrimento! Nós não teremos fé suficiente para adorar ao Senhor simplesmente pelo que Ele é, pela salvação que Ele já nos deu, e pelo seu amor maravilhoso!

Pobre Mical, sua vida não foi fácil e, ainda assim, ela prosseguiu pelo caminho pais difícil e tenebroso: o da amargura e do ressentimento, que definitivamente impedem a nossa verdadeira adoração.

Aprendamos!

Pr. Élio Morais

 

fe que se mostra pelas obras (1)“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?………Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.” Tg. 2. 14, 18

Talvez um dos textos bíblicos que mais trazem inquietação ao meu coração seja esse do segundo capítulo da carta de Tiago. Aliás, até aonde eu sei, esse texto tem causado inquietação em muitos outros corações, e em função disso chegou-se a considerar essa carta como não inspirada por Deus, porque alguns achavam que Tiago está defendendo a salvação pelas obras.

Antes que você pense que a minha inquietação com relação a esse texto vem dessa questão digo-lhe que absolutamente não é isso o que me incomoda nele, até porque percebo nitidamente que Tiago, ao contrário de estar fazendo uma apologia à salvação pelas obras, está sim fazendo uma apologia à coerência que deveria existir entre a FÉ e as OBRAS que deveriam irromper ou emergir dela, apenas isso!good_works2

Quando Tiago diz: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?”, era como se ele estivesse perguntando assim: – Poderia uma fé que não produz nenhuma obra salvar alguém? Ou, por outra, ele perguntaria: – Uma fé que definitivamente nãos nos move a realizar aquilo que Deus gostaria que realizássemos seria de fato uma fé salvadora? Ou seja, prezados, Tiago jamais defende a salvação por méritos. A rigor, Tiago defende sim que a genuína fé que salva, invariavelmente produzirá obras. O que acontece aqui, prezados, é que Tiago sai em defesa da coerência entre a nossa fé, a nossa ortodoxia, ou seja, aquilo que acreditamos, com as nossas obras, a nossa ortopraxia, ou seja, aquilo que praticamos. Eu consigo ver Tiago numa retórica quase irônica perguntando como poderia uma pessoa se gabar de ter uma grande fé, de ser salva realmente por essa fé, mas se definitivamente as obras não a acompanha? E no afã de esclarecer o seu pensamento e a sua instrução para nós, Tiago, então, vai sacramentar o que pensa ao lançar um poderoso desafio:

“Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.”

Absolutamente simples, meu caro leitor! Aqui ele nos mostra que rigorosamente jamais confiou nas obras! Aqui Tiago nos mostra de forma absoluta e contundente que confia plenamente na fé genuína, que sempre será testificada por obras maravilhosas que serão verdadeiras coroas que ornamentam a fé, e é exatamente por isso que ele conclui dizendo que a fé sem obras é morta.

Sim, a fé sem obras é morta mesmo, porque ela não existe sem ser acompanhada por elas, pois são elas que a autenticam, senão, vejamos: Que fé seria a de Abrão se ao invés de sair da sua casa e da sua parentela rumo à terra de Canaã ficasse em Harã e ali erguesse um altar para o Senhor? E ainda, que fé seria a de Abrão se ao invés de levar Isaque para o sacrifício o convidasse apenas para um culto de louvor ao Senhor? Óbvio que seria uma fé morta, nula, desacompanhada da obediência àquele que, teoricamente, seria o Objeto da fé.

feMas o autor de Hebreus, e agora não mais Tiago, vai esclarecer mediante as tremendas obras realizadas por Abraão, o tamanho da grandeza da sua fé, observe:

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito…..porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou.” Hb. 11. 8; 17-19.

Esse Abraão, conhecido por Deus como o homem que obedeceu pela fé, teve suas obras o acompanhando de tal forma que o apóstolo Paulo o referiu como o PAI DA FÉ.

Mas vou lhe dizer por que o texto de Tiago me inquieta tanto: porque logo em seguida a essa apologia da fé genuína, Tiago vai falar algo sobremaneira incomodativo, leia:

“Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem.”

Para mim é como se Tiago estivesse dizendo: Não estou falando de acreditar em Deus apenas, nem de saber que Ele existe tão somente, até porque, acreditar nEle e saber que ele existe é uma questão de inteligência, pois não precisaremos de muita coisa para descobrirmos isso, basta um espelho que nos reflita.jesus-pedro

Para mim o texto é inquietante, porque Tiago quer nos lembrar de que a fé genuína e salvadora é uma fé que ultrapassa os limites do acreditar tão somente no que se vê e caminha em direção ao transcendente reino espiritual, a fim de realizar coisas fantásticas e maravilhosas movidos pela “….certeza de coisas que se esperam, e pela convicção de fatos que se não veem.”, como diz o autor de Hebreus na sua linda definição de fé.

Para mim o texto de Tiago é deveras incomodativo, porque nos diz categoricamente que podemos muitas vezes agir tal qual os demônios, que também crêem e até tremem diante do Senhor, mas que são absolutamente incapazes de realizar qualquer coisa que traga honra e glória para o nome do nosso Deus.

downloadMe inquieta demais saber que posso estar vivendo uma vida absolutamente desprovida da mesma “…fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.”, que posso estar totalmente enganado com relação àquilo que estou fazendo, e que se aprouve ao Senhor que eu tivesse conhecimento dessas instruções de Tiago, é porque sou susceptível a isso e, portanto, devo sim levá-las em consideração.

Que tipo de fé será a nossa se não levarmos uma vida santificada para o nosso Deus? Qual o nome que daremos para a nossa fé se ela não for traduzida em obediência ao Senhor? Como demostraremos nossa fé ao mundo se nós não nos IMPORTARMOS com ele?

Você se IMPORTA mesmo? Sua fé demonstra isso? Suas obras a autenticam?

Que Deus nos abençoe! Amém.

Pr. Élio Morais

CRISE 4Inegavelmente estamos vivendo uma crise sem precedentes em nosso país. Digo sem precedentes porque não estou pensando apenas na crise econômica que assola os nossos bolsos, que empurra nosso padrão de vida para níveis cada vez mais baixos, que nos atemoriza com relação ao nosso futuro e o futuro dos nossos filhos, e que nos amedronta com a instabilidade que decorre dela. Estou pensando também na crise política, institucional e moral que a nossa nação enfrenta. Estou pensando em nossas instituições, que deveriam ser baluarte da verdade, verdadeiros fomentos da prática da correção, da coerência e da justiça, que seria geradora de confiança e estabilidade e para o povo, mas que caíram no descrédito a tal ponto de as que foram criadas para proteger o cidadão acabarem por ser objeto de investigação. Estou pensando na corrupção que chegou a níveis tão alarmantes e fazendo parte da vida dos cidadãos de tal forma que é muito fácil ver pessoas corrompendo ou sendo corrompidas de maneiras quase automáticas, tal é a sua presença devastadora.CRISE 1

Mas o que isso tem a ver com o cristão? De que forma isso nos atinge e como nós, crentes, devemos proceder nesses tempos de incerteza e desconfiança?

Primeiramente é preciso reconhecer que o fato de servirmos ao Senhor não nos isenta de sofrermos as intempéries da crise que nos assola e devemos, portanto, proceder com sabedoria, parcimônia e moderação nesses tempos nebulosos e difíceis. Num país que se encontra tão instável economicamente devemos rigorosamente fazer a oração recomendada por Tiago, em sua carta, no capítulo 1, versos 5 e 6b:

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando.”

CRISE 5Mas, prezado leitor, mormente a crise e justamente por causa dela, podemos também fazer desses dias sombrios verdadeiros degraus de oportunidade para testemunharmos da fé que professamos nAquele que prometeu suprir as nossas necessidades independentemente das circunstâncias! Devemos proceder de tal maneira junto àqueles que convivem conosco, sejam parentes, familiares, colegas de trabalho, e etc., a fim de que nos observem e percebam que estamos no mesmo barco, mas confiantes no Comandante das nossas vidas. As pessoas que estão experimentando dos resultados nefastos desta crise, de alguma forma, deverão saber que a condição para o cristão ver suas necessidades sendo supridas pelo Senhor jamais foi viver num país sem corrupção ou sem inflação, mas, sim, segundo as palavras do Senhor Jesus, em Mateus 6. 33 e 34:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

As pessoas que fazem parte do nosso convívio durante essa crise deverão perceber em nós que longe de sermos pessoas alienadas e que aparentemente não se dão conta do que está acontecendo ao seu redor, nós somos pessoas conscientes, bem informadas, que fazemos a leitura correta do momento difícil, mas que o nosso exercício maior nesses dias tem sido: “…lançar sobre Ele as nossas ansiedades…” e preocupações, porque Ele tem cuidado de nós, e que essa crise não é a primeira e nem será a última em que veremos o Seu cuidado maravilhoso sendo manifestado. Ora, não valemos muito mais que os pardais?CRISE

De fato não está fácil pra ninguém, mas conviver com essa crise confiando nas promessas do Senhor é tremendamente confortador poderá ser um grande desafio para aqueles que nos observam!

Que o Senhor nos abençoe e guarde! Amém.

Pr. Élio Morais

 

DISSIMULAÇÃO 1Um dos piores pecados e, talvez, um dos mais combatidos na Bíblia é o pecado da dissimulação. Segundo o dicionário, dissimular é dentre outras coisas “ocultar as verdadeiras intenções e os verdadeiros sentimentos, é agir com hipocrisia, é fingir”.

Todo pecado é abominação para Deus, mas se há um que jamais deve fazer parte da vida de um crente este é o pecado da dissimulação. Quando um cristão dissimula, quando ele age com “outras” intenções ocultando as verdadeiras, quando ele finge e fala hipocritamente, ou quando ele sonega qualquer fato importante que tenha a ver com a verdade, esse homem estará agindo ao melhor estilo de Satanás, o inimigo de Deus e das nossas almas e, por isso o nosso Deus abomina tanto esse pecado.

Talvez um dos principais exemplos do PECADO DA DISSIMULAÇÃO que temos na Bíblia seja o de Ananias e Safira, em Atos dos Apóstolos, no capítulo 5. Todos nós conhecemos muitíssimo bem a história: Esse casal, que pelo jeito tornou-se apenas amigo do Evangelho, querendo gozar das benesses de uma popularidade exacerbada, vende uma propriedade e oferta um valor, provavelmente, muitíssimo inferior ao valor que o bem fora vendido. Ao ofertarem apenas uma parte como se fosse o todo (o que os recém-convertidos faziam naqueles dias era na medida em que iam crendo, vendiam tudo e tinham tudo em comum), eles são severamente reprovados pela liderança da igreja e por fim são repreendidos por Deus, e morrem aos pés dos apóstolos.DISSIMULAÇÃO 5

Infelizmente muitas pessoas pensam no que Ananias e Safira fizeram e concluem que eles apenas foram infiéis na contribuição com a igreja local. Isso é um erro tremendo, pois a severidade com que Deus agiu mostra-nos que o que estava por trás de suas atitudes ia muito além da infidelidade com o dizimo ou as ofertas – eles dissimulavam no meio de uma igreja que estava começando e indo muitíssimo bem, e esse pecado deveria ser tratado com a severidade que o caso requeria (sugiro que os queridos leitores leiam especialmente os cinco primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos, vale a pena).

Normalmente, o homem dissimulado é um homem que esqueceu a verdade há muito tempo! Invariavelmente, um ser humano dissimulado é um impostor que normalmente nem sabe mais quem ele é, ou necessita tanto de ocultar suas falhas de caráter, que acaba fazendo de conta que é aquilo que gostaria de ser. Salvo raríssimas exceções um homem dissimulador é também um homem que manipula pessoas, finge sentimentos, deturpa fatos e situações, e tudo isso para atingir um fim que está claro apenas na sua mente e no seu coração. O dissimulador é alguém extremamente egoísta e que a qualquer custo quer atingir os seus objetivos, daí é que entendo que o problema do casal Ananias e Safira ir muitíssimo além da infidelidade com os dízimos e ofertas como regularmente escutamos por aí. De fato, o que esse casal demonstrou é que eles poderiam ser extremamente nocivos para a igreja que estava se iniciando ali em Jerusalém, e Deus agiu!

Mormente a abominação que continua sendo pra Deus o pecado da dissimulação, não temos visto por aí pessoas “expirando” porque dissimularam. Contudo esse pecado continua sendo horrível para Ele e precisamos lutar contra as intenções ruins do nosso coração e não dar vazão a elas!DISSIMULAÇÃO 6

No capítulo 26, do Livro dos Provérbios, temos uma lista de sete versículos que deveríamos ler todo dia. Esses versículos deveriam estar “como frontal diante dos nossos olhos”, como disse Deus certa vez para Moisés, tal a importância deles para a nossa vida na igreja, vejam:

“Como o louco que lança fogo, flechas e morte, assim é o homem que engana a seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira.” (18 e 19)

“Como vaso de barro coberto de escórias de prata, assim são os lábios amorosos e o homem de coração maligno.” (23)

“Aquele que odeia dissimula com os lábios, mas no íntimo encobre o engano; quando te falar suavemente, não te fies nele, porque sete abominações há no seu coração. Ainda que encubra o seu ódio com engano, a sua malícia se descobrirá publicamente.” (24, 25 e 26)

“Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra rolará sobre quem a revolve.” (27).DISSIMULAÇÃO 4

Quem está estudando HAMARTILOGIA, ESTUDO SOBRE O PECADO, comigo nas quartas feiras em nossos Cultos de Oração, tem aprendido o quanto somos decaídos e susceptíveis às DISSIMULAÇÕES, mas também temos aprendido as transformações que o Espírito Santo opera nos corações daqueles que verdadeiramente permitem a Sua obra de santificação!

Que o nosso coração esteja realmente cheio de BOAS INTENÇÕES, e que o Senhor nos livre das DISSIMULAÇÕES. Amém!

Pr. Élio Morais

DISCERNINDO OS TEMPOS

Publicado: junho 11, 2015 em Uncategorized

DISCERNINDO OS TEMPOS 5Nunca houve uma época em que o povo de Deus divulgou tanto o pecado dos outros como nessa época em que estamos vivendo. E prova inequívoca disso foram as enxurradas de publicações das imagens horríveis da última parada gay em São Paulo.

No afã de manifestar a sua indignação o povo de Deus divulgou exaustivamente imagens que ele mesmo reprovava. No desejo insano de manifestar repulsa e ódio por determinada prática o povo de Deus publicou justamente as imagens que era o objeto da sua raiva, e atitudes tão paradoxais devem nos levar a uma reflexão mais acurada sobre a sabedoria que precisamos ter a fim de manifestarmos a nossa fé nesse mundo que jaz no maligno e está sendo entesourado pelo fogo.

No meu entendimento, diversas ações incompreensivelmente envidadas por muitos cristãos nesses dias que antecedem a volta do Senhor Jesus parecem querer nos mostrar algo muitíssimo sério e preocupante: nós evangélicos ainda não nos apercebemos que os últimos dias chegaram e tampouco nos preparamos para eles, senão, como explicar tantas manifestações de indignação e surpresa, e tantos crentes saindo do prumo numa época em que a Palavra de Deus, mais do que nunca, nos chama à lucidez e nos lembra de que essa luta é do Senhor e não nossa?DISCERNINDO OS TEMPOS 3

O fato, prezados, é que não podemos incorrer no erro de Pedro novamente! Não podemos sair por aí desembainhando nossas espadas e direcionando-as contra os Malcos da vida sob pena de levarmos outra severa repreensão do Senhor Jesus, como Ele fizera com Pedro, vejam:

“Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?” (Mateus 26. 53-54).

Não podemos sair por aí loucamente manifestando a nossa indignação como se isso fosse solução dos problemas desse mundo. Não podemos agir intempestivamente como fizera o apaixonado Pedro, pelo contrário, nós precisamos fazer a leitura correta da época em que estamos vivendo, e é por isso que Jesus pergunta para Pedro:

“Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?”

Deus nos chama à lucidez num mundo que jaz no maligno, prezados! Aliás, para fazermos justiça ao próprio apóstolo Pedro, ele vai demonstrar essa lucidez mais tarde ao abordar justamente esse tema, quando diz:

“Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões.” (2 Pedro 3. 1 e 3);

DISCERNINDO OS TEMPOS

Precisamos olhar para as coisas horríveis que estão acontecendo em nossa geração e nos lembrar de que:

“…. a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Efésios 6:12).

Ao lutarmos com armas humanas a nossa luta será inglória e a derrota será certa! Enquanto estivermos lutando com as nossas armas carnais e não espirituais, o inimigo de Deus e das nossas almas continuará logrando êxito.

Ao invés de tratarmos tudo na mesma medida precisamos olhar para esse mundo com os olhos da compaixão do Senhor Jesus! Precisamos olhar para esse mundo, não concordar com o que está sendo praticado e, contudo, não esquecer de que o que estão fazendo é fruto da ignorância sobre o Senhor Jesus, e aí se torna imperioso que a Palavra de Deus seja mais do que nunca proclamada!

DISCERNINDO OS TEMPOS 1É por isso que aqui eu vejo o inimigo de nossas almas cirandando conosco e colhendo proveito de nossas atitudes erradas, pois ao manifestarmos a nossa indignação acabamos por lutar com as mesmas armas daqueles que nos ofendem!

Ao manifestarmos a nossa indignação, invariavelmente, não o faremos com o amor que deveria ser a nossa principal marca, e eu estou absolutamente convicto de que o número de pessoas que se achegarão a Cristo fruto da nossa indignação será infinitamente menor do que os que se interessarão por Ele como fruto da nossa compaixão! Que o diga o próprio Malco, você já parou pra pensar sobre a opinião dele a respeito do Senhor Jesus e de Pedro depois do episódio com a sua orelha?

Finalizando essa breve reflexão, prezados, acho que está nos faltando chorar mais, lamentar mais aos pés do Senhor, e clamar mais por nossa geração a fim de que o Espírito do Senhor possa agir com maior poder e usar a igreja para cumprir o seu principal objetivo aqui nesse mundo que é ser “…coluna e baluarte da verdade.” (1 Timóteo 3.15)

Está faltando na igreja do Senhor Jesus o desejo de ir para o Céu e não de que o Céu se estabeleça aqui nesse mundo, pois isso nunca acontecerá sem que antes venha o fim!

Maranata, ora vem Senhor Jesus!

Pr. Élio Morais

TAREFA DOS PAIS

Publicado: maio 27, 2015 em Uncategorized
This little one picked up her dad's Bible on the way out of church.

This little one picked up her dad’s Bible on the way out of church.

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” Deut. 6. 6-9

Nesta exortação de Deus a Moisés percebemos com muita clareza que a tarefa de educar os filhos no temor do Senhor sempre foi primeiramente dos pais; infelizmente muitos não têm cumprido com essa obrigação, e é preciso urgentemente identificar quais são as causas de algo tão nocivo para as nossas famílias.

Talvez, o principal motivo do insucesso da realização dessa tarefa seja o fato desta palavra não estar primeiramente no coração dos pais, como Deus disse claramente para Moisés: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração…”. Se os pais não derem o devido valor à Palavra jamais conseguirão transmiti-las aos seus filhos.ENSINANDO 1

Mormente as dificuldades cada vez maiores e a necessidade de se trabalhar muito mais para suprir as necessidades físicas e materiais da nossa família, sempre será urgente e necessário investir na vida dos nossos filhos a fim de que eles percebam, primeiramente, que valorizamos a Palavra de Deus e a temos como o maior manual de vida, de ética, de educação, de fé e prática dos valores cristãos.

Pais que valorizam a Palavra de Deus terão muito mais facilidade de INCULCAR no coração dos filhos os RELEVANTES ensinos dados por Deus. Quando os pais valorizam a Palavra, os valores de Deus serão repassados aos filhos através do cotidiano. Os filhos cujos pais valorizam a Palavra verão os princípios de Deus quase como se estivessem sido escritos nos “…UMBRAIS DE SUAS CASAS…”, como explicara o Senhor a Moisés.

Mas, prezados, o inverso também é verdadeiro: Filhos que não veem os pais dando o devido valor a Palavra de Deus muito provavelmente também agirão da mesma forma e será daí, queridos, que muitos seguirão por caminhos alheios aos desejos de Deus. Será desse ponto em diante, prezados, que muitos filhos crescerão sem o temor de Deus nos seus corações. ENSINANDO

Infelizmente algo triste e cada vez mais comum tem sido visto em muitos lares: A TERCEIRIZAÇÃO DO ENSINO DOS FILHOS, ou seja, a necessidade de que outros cumpram a tarefa de INCULTIR nos corações dos filhos o TEMOR AO SENHOR, que sempre foi responsabilidade primeira dos pais. Pode ser que o tio ou a tia da escola secular obtenha algum sucesso, pode ser que os professores da EBD consigam fazer algo, pode ser que o pastor da igreja tenha algum êxito, mas, infelizmente, em muitos casos, acontece ser tarde demais!

Não percamos tempo, queridos pais:

“Ensina teu filho no caminho em que deve andar, e, ainda  quando for velho, não se desviará dele.”

 Que Deus nos abençoe!

Pr. Élio Morais

familia_e_igreja_(1)É consenso desde os tempos bíblicos que um NÚCLEO FAMILIAR primariamente é formado por pai, mãe e filhos. Ainda que muitos grupos de interesse queiram mudar isso e infelizmente para os homens isso está mudando e muito, inclusive sendo legitimado por leis, contudo, para Deus, nada mudou e sempre continuará sendo da forma como Ele estabeleceu. Deus nos mostra isso muito claramente nas Escrituras, especialmente na Carta de Paulo aos Efésios, no capítulo 5 e 6, quando o apóstolo faz algumas recomendações que infelizmente muitas famílias não têm considerado, residindo aí, talvez, o motivo da infelicidade de várias delas. São as seguintes:

AOS MARIDOS: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” 5. 25

ÀS ESPOSAS: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja.” 5. 22-23

AOS PAIS: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” 6. 4

AOS FILHOS: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.” 6. 1-3

Uma família será extremamente feliz se compreender e praticar essas exortações, e o que o apóstolo Paulo queria que entendêssemos era simplesmente que:

parents and their children reading the bible

parents and their children reading the bible

Maridos, vocês terão todo o prazer e satisfação do mundo ao amarem suas esposas como Cristo amou a igreja, pois quanto mais cuidarem, se sacrificarem e zelarem delas mais o amor aumentará e mais vocês receberão dessa relação – amar faz muitíssimo bem e a Lei da Semeadura é generosa!

Esposas, submissão nunca foi demérito para ninguém! Ao contrário, a submissão que é fruto de uma liderança zelosa, que sacrifica e que ama, será sempre uma fonte de prazer e de satisfação. Valerá sempre a pena experimentar o gozo e a alegria de uma vida submissa a alguém que nos cerca de muito amor e cuidado.

Pais, vocês estarão provocando toda sorte de sentimentos ruins em seus filhos quando negligenciarem a atenção e a disciplina, e deixarem de estabelecer limites pra eles. O inverso também é verdadeiro: os seus filhos se sentirão muitíssimo amados na medida em que perceberem o zelo e o acompanhamento de vocês.

Filhos, ao obedecerem seus pais algo extraordinário acontecerá: vocês serão livres e protegidos de muitas mazelas e armadilhas desta vida e viverão muito, pois não há ninguém neste mundo que os ame mais e que fará todo o possível para ver a felicidade de vocês do que os seus amorosos pais.

Família 1

De fato, o Senhor Jesus quando disse “Errais, não conhecendo as Escrituras” sabia realmente o que estava dizendo. É incrível como padecemos por ignorar os preceitos do Senhor para nossa vida como indivíduos e também como família. Que Ele nos perdoe e nos ajude. Amém.

 Pr. Élio Morais

pais e filhos3A família é sem dúvida nenhuma a instituição social mais antiga do mundo. Quando Deus começou o maravilhoso ato de criação de todas as coisas, no sexto dia fez o homem e a mulher, macho e fêmea (cabe aqui a ênfase) e ao uni-los formou a família.

Infelizmente a instituição social mais antiga do mundo é também a que tem sido mais ferozmente atacada nesse início do novo século. O inimigo de Deus e de nossas almas tem envidado um esforço descomunal a fim de destruí-la. Ele que é o príncipe desse mundo que jaz no maligno, tem usado de suas hostes e de seu sistema perverso, e tem conspirado brutalmente contra a instituição que há milhares de anos é reconhecidamente a base de qualquer sociedade.pais e filhos4

Lamentavelmente somos obrigados a concluir que Satanás não teria tanto êxito em seus planos se os homens de bem desse mundo estivessem cuidando de fato de suas famílias. Contudo, definitivamente, muitas famílias têm sido destruídas porque não está havendo o zelo e a preocupação que são devidos a ela.

Em nome do conforto e do bem estar dos filhos, muitos pais estão abrindo mão do ensino de valores morais e espirituais, e deixando-os em confortáveis estofados vendo televisão, jogando ou navegando na internet, e sendo instruídos por mentes demoníacas, que se opõem o tempo todo contra tudo que tenha relação com Deus. Em nome de um futuro melhor para os filhos, futuro esse que os próprios filhos é que deveriam correr atrás motivados pelo desejo de estudar e trabalhar para ganhar desde cedo o pão de cada dia, muitos pais se multiplicam em suas tarefas, se ausentam completamente dos filhos, e ainda os deixam ociosos em casa ou na rua. Em nome de uma pseudo saúde emocional ou psicológica dos filhos muitos pais estão deixando de discipliná-los e de estabelecer limites mínimos para que eles cresçam acostumados de que o mundo jamais girará em torno deles somente, e assim evitar que eles venham conhecer de maneira trágica os limites que a lei e as autoridades impõem.

pais e filhos5Os pais desse início do novo século estão se esquecendo de que os filhos que receberam do Senhor são chamados pelo Senhor de “herança”. São verdadeiros presentes que o Senhor nos entrega, sem defeito, sem mácula, pecadores sim, por natureza, mas com seus “hd’s” totalmente formatados e prontos para receberem excelentes informações que definirão suas vidas aqui nesse mundo e no vindouro.

Os pais desse início de novo século estão deixando de lado a antiquíssima exortação que Deus fizera a Moisés, com respeito à Sua gloriosa lei: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”. Deut. 6-7, pais e filhose estão optando pela terceirização da educação dos seus filhos. Muitos pais de hoje delegam às babás responsabilidades que jamais deveriam sair de suas mãos. Outros esperam que os professores ensinem aquilo que jamais deveria ser tarefa deles, e há ainda aqueles que esperam que o tio ou a tia da Escola Bíblica Dominical, ou até mesmo o pastor da igreja molde o caráter de seus filhos como se isso fosse possível de um dia para o outro.

Muitos pais desse início do novo século não sorriem mais (não há nada que dá mais segurança do que ver os pais sorrindo), não passeiam mais de mãos dadas com os seus filhos, não estão indo mais às praças numa gostosa tarde depais e filhos2 domingo, não estão soltando pipas num campinho de terra no bairro, e nem sabem mais o que é um pic-nic às margens de um lago, ou num parque como a Jaqueira. Muitos pais desse início de novo século não estão orando por seus filhos e muito menos com eles. Muitos sequer conseguem ficar dentro de um templo cultuando ao Senhor.

É urgente, mas ainda dá tempo, prezados! A suma é: ou investimos em nossas famílias, ou haverá um inimigo que o fará!

Que Deus tenha misericórdia de nossa época. Amém.

Pr. Élio Morais

ESCRAVOS 7Que não sabemos nos conduzir e tampouco cuidar de nós mesmos é algo que temos consciência há muito tempo.

De fato, não somos muito bons em definir o que realmente é o melhor pra nós, não sabemos fazer boas escolhas, e não somos muito bons também em definir prioridades e valores. Definitivamente temos a péssima tendência de escolher coisas, pessoas e situações que aparentemente nos fazem bem, mas que depois, efetivamente, nos farão muito mal, serão muito nocivas e poderão terminar em verdadeiras tragédias.

Não é sem motivo que quando tomamos consciência do nosso estado pecaminoso e da condenação que se impunhaESCRAVOS 3 sobre nós, nos arrependemos dos nossos pecados, os confessamos, pedimos perdão a Deus, e naquele momento nós abrimos o nosso coração e recebemos a Jesus Cristo não somente como nosso Salvador (Aquele que nos livra da condenação do inferno), mas, também, como nosso Senhor, (Aquele que passará a dirigir nossa vida).

O grande problema é que muitos daqueles que nasceram de novo no lindo momento de suas conversões, acabam se esquecendo de que outrora não sabiam se conduzir e se enveredam pelo trágico caminho da auto condução. Um número cada vez maior de crentes tem se esquecido das coisas das quais se converteram e volta a perambular pelos caminhos antigos. Essa retroação não faz nenhum bem e tampouco agrada ao coração do nosso Deus, porquanto é um retorno a uma época em que definitivamente ninguém tem qualquer orgulho de ter vivido nela. É uma época cujas lembranças, como diz o apóstolo Paulo, apenas traz vergonha ao coração!

ESCRAVOS 6Quando penso sobre crentes que sentem saudades do tempo em que levavam suas vidas longe de Deus e ficam namorando o passado, e dando largas ao velho homem, acho impossível não me lembrar dos israelitas que sentiram saudade do tempo da escravidão no Egito. Por mais incrível que possa nos parecer houve muitos daqueles homens que quiseram voltar pra lá mesmo depois de tanto sofrimento e mesmo depois de presenciarem os milagres extraordinários feitos pelo nosso Deus quando da retirada deles do jugo do Faraó. Sim, parece-se que depois de um tempo sendo escravos alguns definitivamente não sabem mais viver em liberdade, vejam:

“Disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar!” Êxo. 16.3

Ter saudade das panelas e das cebolas do Egito, que é símbolo do mundo em que vivíamos, não é boa coisa, pois isso era muito pouco em relação ao regime de escravidão em que vivíamos!

Tínhamos panelas enormes e cheias de saborosos cozidos no Egito, mas não tínhamos a liberdade que Jesus Cristo nos outorgou! Tínhamos comida deliciosa no Egito, mas o preço que pagávamos por ela era altíssimo! Poderíamos até achar que éramos pessoas livres, mas, na verdade, não percebíamos que justamente aquelas coisas erradas que fazíamos e que nos davam a falsa aparência de liberdade, é que nos mantinham escravos!ESCRAVOS 9

Mas o que leva alguns crentes a quererem retornar à escravidão? O que leva pessoas que se tornaram novas criaturas a terem saudade das coisas velhas?

Talvez quem melhor nos explique isso seja o irmão do filho pródigo: aquele moço que ficou amargurado em ver o pai perdoando o seu irmão, porque nunca, jamais, curtiu a doce presença do seu pai. Aquele irmão que levava uma vida muito aquém daquela que o pai podia lhe proporcionar e, vale dizer, que a culpa definitivamente não era do pai. Aquele irmão primogênito que deveria ter se alegrado com o retorno do seu pródigo irmão caçula e que deveria a partir daí planejar uma vida de comunhão maravilhosa ao lado da família que estava sendo restaurada, mas, o fato, prezados, é que ele não curtia tudo que o pai lhe proporcionava! Talvez, e é bem provável, ele nem sabia tudo o que o pai já lhe tinha dado!

E isso é o que nos falta muitas vezes, meu caro leitor!

ESCRAVOS 4Falta-nos, de fato, curtir a salvação que o nosso maravilhoso Deus nos deu através da morte do Seu único Filho! Falta-nos saber em quem nós nos tornamos através de Jesus! Falta-nos reconhecer de fato que fomos alcançados e fazemos parte das “insondáveis riquezas de Cristo”! Falta-nos andar como homens mais que vencedores e que vencemos por causa daquele que morreu por nós! Falta-nos um andar vitorioso no presente para não acharmos que as derrotas do passado foram mais suaves do que as que temos hoje, e sentirmos saudade delas! Falta-nos apreciar e nos nutrir com o maná que cai do céu, valorizar as codornizes que representam o milagre do nosso sustento espiritual e material, e não somente beber da água que sai da rocha, mas ter a clara certeza de que por causa dessa Água jamais teremos sede outra vez!ESCRAVOS 8

Não, não quero o Egito outra vez! Não, não vou olhar para trás! Atrás está a escravidão, atrás está Sodoma e Gomorra, atrás estão as coisas velhas! Olharei para frente! Olharei para o Autor e Consumador da nossa minha fé! Olharei para Aquele que disse: “E Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará!

Fixarei os meus olhos nAquele que falou: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

Soli deo gloria!

Pr. Élio Morais

slide17Em que pese tantas recomendações bíblicas sobre a necessidade de alimentarmos o nosso homem interior com tudo que tenha relação com o Senhor e com a Sua maravilhosa Palavra muitos de nós estamos cada vez mais raquíticos espiritualmente e isso tem algumas razões de ser e, talvez, a maior delas seja as gordices da nossa alma.

Entenda-se por gordices da alma aquelas atitudes e hábitos que praticamos para satisfazer as vontades nem um pouco recomendáveis do nosso coração. Numa época cada vez mais hedonista onde tudo conspira contra Deus e a favor de um mundo que jaz no maligno o homem está caminhando cega e obstinadamente num desejo desenfreado de satisfazer seus apetites, estabelecer suas opiniões, fazer valer seus valores e jamais negociar aquilo que ele definiu como “…bom para se comer, agradável aos olhos, e desejável para dar entendimento…”

As gordices da alma enfatuam a nossa carne, mas não alimentam o nosso espírito, satisfazem os nossos maiores??????????????????????????????????????????????????????????????????? apetites, mas não preenchem o vazio e o anelo que temos por Deus. E tal qual alimentos totalmente desprovidos de qualquer valor nutricional elas nos enchem, nos engordam, nos dão prazeres momentâneos, mas nos desnutrem e nos levam ao raquitismo que tira o nosso vigor e a nossa capacidade de discernir o certo do errado.

As gordices da alma nos dão a falsa aparência de que estamos saudáveis, mas interiormente estamos doentes e em nossas relações interpessoais e com Deus deixamos claro o nosso NANISMO ESPIRITUAL. 3-1200x627Quando estamos tomados dessas gordices da alma somos mais ou menos como aquela figueira encontrada pelo Senhor Jesus, que era aparentemente viçosa, mas não produzia figos. E o que se vê nesses obesos carnais são aquelas terríveis características descritas por Judas, o irmão de Jesus, sobre homens que estão distantes do Senhor: são homens cada vez mais “…arrogantes, cada vez mais mentirosos, tremendamente amantes de si mesmos, enganadores e narcisistas, cujo Deus é o próprio ventre.”EvaTeiltMitAdamDenApfelDerErkenntnisimages

Essa morbidez, fruto desse sedentarismo espiritual e desse andar satisfazendo os desejos da carne, não seria tão terrivelmente séria se a Palavra de Deus não afirmasse no livro de profeta Jeremias, no capítulo 17, versículo 9, que “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto.”

É desastroso porque quem está raquítico espiritualmente devido as gordices da alma infelizmente não está apenas deixando de ser conduzido pelo Espírito, o que já é terrivelmente trágico, mas, sobretudo, o raquítico espiritual está sendo dirigido por um condutor que está vendido ao pecado, que é escravo de um deus cujo principal objetivo é afastar os seus seguidores de conhecer e satisfazer o Deus verdadeiro.

E é assim mesmo, ao engordarmos a nossa alma satisfazendo os desejos do nosso coração vamos nos bestializando, nossas ações são cada vez mais irracionais e, como brutos sem razão, vamos nos afastando da Única pessoa que poderia nos colocar freio nesse caminho de destemor, que conduz a morte.DOR

Noticias_6309e2_imagen-el-egoismo-de-isabelPenso que é por andar por caminhos como esse que o apóstolo Paulo vai falar de um grupo de pessoas que Deus “…os entregou a si mesmos.” Rm.1. Sim, o apóstolo Paulo vai falar de pessoas que obstinadamente faziam questão de demonstrar que julgavam ser capazes de se conduzirem, e ao insistirem nisso Deus os entregou aos seus erros e prazeres.

Que tragédia terrível para qualquer ser humano quando suas ações fazem Deus desistir dele, por causa do obstinado desejo de pecar, e os entrega à si mesmos! Acho isso tão trágico e penso que essa deveria ser uma das orações que jamais poderíamos deixar de fazer: – Senhor, não me deixe a sós comigo mesmo, não me entregue a alguém tão desesperadamente mal, corrupto e incapaz de se conduzir!

correntesMas há uma boa nova, aliás, no relacionamento com Deus sempre há boas-novas, e essa é: Antes que surjam os sintomas nefastos e as consequências desastrosas dessa obesidade mórbida, que nos mata silenciosamente cada dia um pouco mais; antes que sejamos acometidos de infarto espiritual fulminante, em função destas extravagâncias do andar segundo a carne, há solução para isso e a solução é a DIETA DE DEUS, uma dieta baseada na Sua Palavra gloriosa; é a DIETA DE JESUS, que disse: “….a minha comida é fazer a vontade do meu Pai que está no Céu.”; é a DIETA DO APÓSTOLO PAULO, na sua Carta aos Efésios, no capítulo 5, versículos 17 ao 21, que disse: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”

E como toda boa dieta deve ser acompanhada de bons exercícios, o apóstolo Paulo ainda vai nos dizer: Não sabeis vósSaudade de Deus 1 que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas; ora, eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como indeciso; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.”.

Que o Senhor nos livre das gordices da alma, que enfatuam a nossa carne e não nos trazem nenhum vigor espiritual!

Pr. Élio Morais

“ANDANDO COM DEUS EM 2015”!

Publicado: janeiro 7, 2015 em Uncategorized

Cloud-over-a-road-forming-a-question-markO ano de 2015 não terá necessariamente que ser totalmente uma incógnita para nós! Se seguirmos alguns padrões ou procedimentos, poderemos não ter o conhecimento exato do que nos vai acontecer, mas poderemos ter sim a certeza de QUEM estará conosco e de que forma ELE operará em nós e por nós.

Sim, estou falando sobre termos um ano totalmente na presença do Senhor e sendo por Ele dirigidos! Estou falando de consagrarmos os nossos dias desse ano que está começando, de tal forma, que nada nos surpreenda, porquanto a boa mão do Senhor estará sobre nós. question_mark

Não tenho dúvida de que foi esse o sentimento que Abraão teve quando deixou que o seu sobrinho escolhesse o caminho pra seguir rumo à terra prometida, uma vez que permanecerem juntos seria totalmente impossível, notem:

“Disse Abrão a : Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos parentes chegados. Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda.” Gên. 13. 8-9

Abraão não temia seguir nem para um lado nem para o outro. Abraão não se importava se a terra era fértil ou não, se tinha água ou não, se tinha pastagens para o seu gado ou não. Para Abraão era, sim, fundamentalmente importante, a presença do Senhor com Ele, a direção que o Senhor lhe daria e o cuidado e o suprimento do Senhor durante a peregrinação!

Saudade de Deus 2Precisamos aprender com esse exemplo maravilhoso desse pai da fé! Precisamos encarar o ano de 2015 sem nos basear em qualquer prognóstico, mas, sim, baseados na confiança de que “o Deus que não pode falhar e nem é homem pra mentir” estará nos conduzindo em todo o tempo. Mas há uma contrapartida pra que isso aconteça de forma eficiente e para que não nos frustremos, e é algo que Deus falou para Abraão em outro momento: ANDA NA MINHA PRESENÇA!

Você quer ter um ano frutífero, de absoluto sucesso, e com a certeza do cuidado do Senhor? ANDA NA PRESENÇA DELE!

Que Ele nos ajude e nos abençoe! Amém!

Pr. Élio Morais

NOS DIAS MAIS TRISTES DE NOSSAS VIDAS

Publicado: dezembro 28, 2014 em Uncategorized

saudade 2Nos dias mais tristes de nossas vidas nós aprendemos que aqueles a quem amamos significam infinitamente mais do que o amor que lhes dedicamos. Que a nossa fragilidade é diretamente proporcional ao tamanho da nossa adversidade, e que a dor que a gente sente não precisava ser tão intensa quanto à saudade do nosso ente.

Nos dias mais tristes de nossas vidas nós entendemos que o nosso terrível sofrimento é muito menos importante do que aquele momento. Aquele…. vivido na angústia das horas que não passam……dos dias que se arrastam, da insistente dor que não cessa e que nenhuma vaidade interessa. Do dia que se tornou noite escura, do raiar que não chega e tudo é agrura; tudo é noite vesga, noite triste, desalento, sossego que não existe, inexorável momento.saudade 1

Nos dias mais tristes de nossas vidas somos tomados por um desejo ardente de fazer algo pelo nosso ente, de trazer alguma coisa que o alivia, quem sabe do tempo da doce calmaria, talvez uma lembrança dos tempos da bonança do frescor dos maravilhosos dias sem dor. Nesses dias tristes e inesquecíveis, de severo ensinamento, você quer tomar o lugar dele, mas não é o seu momento, que hora angustiante você quer afofar-lhe o leito, o momento é agonizante, você quer trazer-lhe ao peito e ele sequer te vê nem que fosse por um instante.

Nos dias mais tristes de nossas vidas nós descobrimos que o nosso Deus Salvador é também consolador, que o nosso Deus gracioso é também TODO poderoso. Nesses dias nossa fé é aumentada, nossa visão ampliada, o céu é pura realidade, já vislumbramos a bela Cidade.

Ah se não fosse o Senhor nesse momento de dor, o que seria de mim?

olhos tristes 4Ah se não fosse o Senhor, o que eu faria nesses dias assim?

Ah…..mas nos dias mais tristes de nossas vidas nós nos recordamos que sempre valemos para Deus muito mais que os pardais, que todas as vezes que voamos o fizemos como os tais, e nesse último voo, magistral, voamos célere para a mansão celestial.

Nos dias mais tristes de nossas vidas, dias tristes e sem luz, nós aprendemos da melhor forma que dias piores passou Jesus. E ao chegarmos ao maravilhoso Céu sem dor e nenhum fel, ao contemplarmos sua face sem nada que nos embarace, então ouviremos: Está tudo terminado, entra servo bom e fiel, entra…..me abrace!

Pr. Élio Morais

É VERDADE? VOCÊ SE IMPORTA?

Publicado: dezembro 9, 2014 em Uncategorized

olhos tristes 2Meus olhos estão tristes pela deprimente dor. Sinto medo continuamente – um verdadeiro pavor. Tenho um enorme vazio no peito e uma grande amargura na alma. Uma vida difícil, sem jeito, e nada que ofereça calma!

O ópio é meu lenitivo pra lidar com a frustração, e fica tudo mais árduo – não tem fim a desilusão! Sou um desconhecido de mim mesmo, meu nome é perdido. Nada me é favorável – fui mesmo esquecido!

Em minhas noites insones, geladas e de tremenda solidão só encontro quem me abandone em minha cruel situação. Minhas manhãs? Não as quero, é puro sofrimento, remorso e ressentimento!

Vivi uns dias, frenético, procurando a tal felicidade. Depois conclui, cético: não a encontrarei, é raridade! Pessoas me molestam, outras me fazem mal, será que todos apenas detestam, e o amor não é real?

Estou escravo de um mau senhor, sou meu maior inimigo, levo uma vida de horror, vivo em constante perigo!olhos tristes 4 Mas, que vida é essa então? Não, isso não é vida não! Na verdade isso é morte, isso é separação!

Não, não dá mais para mim, não posso continuar assim, passei do limite, alguém, por favor, grite! Grita bem alto, grita bem fundo, por favor, dê um salto, salva esse moribundo! Estou perecendo, é pura escuridão, meus ossos estão doendo, clamo por compaixão!

olhos tristes 3

Será que não há alguém, quem sabe depois da porta? Será que não há alguém, um que se importa? Será que alguém ouvirá, se importará e sairá? Será que alguém se importará, levantará e agirá?

Ouço passos… Alguém está se aproximando… É você, que acordou para esse morto? É você, que deixou o seu conforto? É você, bom samaritano, que vieste livrar-me do engano? É você, amoroso pregador, que vieste anunciar o Salvador? É você, atrás da porta? É você? É verdade? Você se importa?

Pr. Élio Morais

Elias1Estamos vivendo dias terríveis, muito difíceis, onde o mal triunfa sobre o bem na família, na política, nos negócios, nas relações sociais e interpessoais, e também na igreja local. A operação do erro e da iniquidade acontece de uma maneira devastadoramente real e somos tomados de uma expectação horrível de que o mundo está descontroladamente perdido e sem jeito.

Ao contemplarmos nossa época e vivenciarmos essa crise sem precedentes, de honestidade, de caráter e de integridade, teremos que concordar sim com o grande escritor Ruy Barbosa, quando diz:

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra…”.

É tanto erro, tanta sujeira, tanta enganação (tantas vezes e de tantas maneiras), que desiludidos e perplexos empreendemos uma caminhada inglória, com a toalha na mão prontos para jogá-la ao chão, e começamos a agir como se nada de bom existisse, como se gente de bem não pudesse mais ser encontrada, nem coisas boas e virtuosas e, tampouco, vislumbramos a possibilidade de que algo bom possa acontecer. Então somos tomados, eu diria, pela síndrome de Elias: um conjunto de sinais ou sintomas que começam a tomar conta de nós, sentimentos ruins mesmo, que nos paralisam e nos levam a fazer uma leitura errada do mundo. A frustração e o pessimismo tomam conta da nossa mente e do nosso coração. e achamos que o mal não somente triunfou, mas aniquilou com todos e, à semelhança de Elias, queremos também entrar numa caverna e morrer.Elias

O maior perigo dessa síndrome são as generalizações que invariavelmente acontecem e são extremamente nocivas e nos atrapalham demais, pois pior do que o mundo difícil em que estamos vivendo é achar que todos nele são iguais e agem da mesma forma.

Está de fato tudo muito difícil, isso é inegável! Definitivamente os dias são maus, mas não podemos cometer o gravíssimo erro que Elias cometeu ao achar que não havia mais ninguém justo no mundo! Foi uma generalização grave e terrivelmente nociva! Elias achou que todo mundo era igual ao rei Acabe e sua mulher Jezabel! Elias achou que os fiéis da terra haviam todos sido extirpados!

Quando agimos dessa maneira insana nós corremos o risco de cometer muitas injustiças! Nós corremos o risco de ficarmos cegos para aquilo de bom e maravilhoso que Deus tem conservado no mundo! Nós corremos o risco de desconsiderar que o Deus soberano tem tudo em Suas mãos e que definitivamente não tem nada fora do controle absoluto que Ele tem sobre todas as coisas!

Podemos constatar o avanço descontrolado do mal e da corrupção no mundo sem, contudo, achar que não há mais homens virtuosos nele! Podemos admitir que a desonestidade tenha chegado a níveis horrorosos e avança de forma incrivelmente assustadora, mas não precisaremos deixar de termos olhos que enxerguem muita gente séria e honesta, e muitos, provavelmente, bem próximos de nós!

Elias5Pode ser inegável, por exemplo, que a promiscuidade e a banalização do uso do corpo estejam se alastrando e assumindo contornos alarmantes, e sendo estimulados de maneira cruel e perversa por setores de nossa sociedade que deveriam defender a moral e os bons costumes, mas jamais será verdade que não há mais nenhuma pessoa séria no mundo, que seja leal, fiel e verdadeira, e que valorize a família.

É inegável que estamos vivendo dias horrorosos? Sim é! Mas é inegável também que há muita gente boa e séria no mundo! Há gente sim que não se corrompe, que não sonega, que paga suas contas em dia! Há marido fiel sim! Há homens de negócio que são exemplares! Existem sim jovens que não se contaminam com as imundícies do mundo, filhos que obedecem e que honram seus pais! Há pastores sim que não se apascentam e cujo Deus não é os seus ventres! Há homens e mulheres sim que odeiam a mentira, que cumprem a lei, que não se pervertem, que promovem a paz, que são voluntariosos e sensíveis às necessidades do próximo.

Enfim, voltando a Elias, Deus o surpreende e lhe assevera:

“Há sete mil que não se dobraram para Baal!”

Deus, com a longanimidade que Lhe é peculiar, trás Elias de volta à lucidez dizendo-lhe:

– Elias, há ainda muita gente boa no mundo, trate de encontrá-los e somar-se a eles, e faça a diferença! Não fique olhando paralisado para o que está ruim, olhe para frente e faça com que o seu mundo fique melhor pra se viver!Elias3

E, como o nosso Deus tem um profundo senso de humor, a primeiríssima pessoa que Elias vai encontrar nessa nova perspectiva de vida é aquele que se tornará o seu valoroso sucessor: Eliseu – homem maravilhoso, correto, piedoso e extremamente parecido com o próprio Elias, quanta ironia.

Faltam agora seis mil novecentos e noventa e oito para serem encontrados – abaixo as generalizações!

Que tenhamos olhos e boa vontade para encontrarmos e valorizarmos as pessoas de bem nesse mundo mau!

Pr. Élio Morais

O MILAGRE DE SER CRISTÃO!

Publicado: outubro 17, 2014 em Uncategorized

CRISTÃO 5Definitivamente o cristão é um ser incompreensivelmente espetacular! Ele não é de outro planeta, também não é desse mundo, e crê fielmente que a sua pátria está no Céu, lugar onde ele pretende passar toda a eternidade – sim ele é cidadão do Céu!

Ao se denominar cristão ele estará afirmando que é seguidor do Cristo de Deus, do Messias, do Libertador Prometido, do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo através de um sacrifício que ele não viu ser realizado no maldito madeiro, mas acredita firmemente que o sangue vertido ali o purifica de todo o pecado e tem o poder de não somente o justificar, mas de torná-lo nova criatura, redimida e, posicionalmente, assentada nos lugares celestiais!CRISTÃO 1

Ele crê num Deus que nunca viu, e morrerá afirmando e vivendo nesta perspectiva! Ele relacionará com esse Deus que é todo poderoso, mas que o visita não somente na viração do dia, mas em diversos momentos dele. Esse cristão dormirá em profunda paz, porque sabe que a despeito dos Seus fantásticos atributos Deus trabalha no turno da noite suprindo e operando de forma maravilhosa e impressionante! Ele convive com os incríveis atributos de Deus, ouve a Sua terna voz e sente transcendentalmente a sua doce presença!

O cristão acredita piamente que foi selado e habitado pelo Espírito Santo de Deus apesar de nunca tê-lo visto nessa convivência. Nesta relação subjetiva e transcendente o cristão sente o Seu mover maravilhoso em tudo que tem relação com a sua vida. Ele recebe o consolo maravilhoso do Espírito em momentos que apenas e tão somente o DEUS DE TODA CONSOLAÇÃO poderá trazer o desejável alento e o imprescindível refrigério para o coração sofrido e a alma inquieta!

CRISTÃO 4O cristão considera as Escrituras como a imutável e absolutamente fidedigna Palavra de Deus mesmo não tendo presenciado o momento em que ela foi escrita, e dela faz a sua regra de fé e prática, e tem a plena convicção de que ela lhe aponta o caminho bom e direito. E porque ele medita nas Escrituras se sente sim como uma árvore plantada junto a correntes de águas, que no devido tempo dá frutos muitíssimo preciosos!

A partir do momento que ele se torna cristão passa a conviver com situações que transcendem quaisquer explicações lógicas e humanas especialmente para os olhos e ouvidos mais céticos, que nós chamamos de MILAGRES – aquelas situações que fogem totalmente do nosso controle, em que definitivamente não podemos fazer nada a respeito, em que os nossos recursos e a nossa inteligência não conseguem acrescentar absolutamente nada para mudar, mas, de uma forma magnífica e transcendente o Senhor opera, age, transforma, e o que era definitivamente impensável, inimaginável, torna-se tangível, se transforma em fato e nos deixa boquiabertos e sem fala!

Tenho vivido momentos assim, e você?

Pr. Élio Morais

Multiplique“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” Atos 5. 42

Em que pese o esquecimento por parte da maioria de nossas igrejas da Grande Comissão dada pelo Senhor Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações…” Em que pese o nosso esquecimento de que Ele não somente nos ordenou, mas, também, nos prometeu a Sua gloriosa companhia: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”. O nosso bondoso Deus continua a nos exortar e a manifestar o desejo do Seu coração de que devemos sim proclamar a Sua salvação desde aquele que talvez divida o mesmo teto conosco, até aquele que vive nos lugares mais inóspitos do nosso planeta.Multiplique 1

Que o povo de Deus deve se multiplicar fazendo discípulos e plantando igrejas é um desejo muito claro do Senhor nas Escrituras – Ele jamais omitiu esse grande objetivo que traçou para a Sua igreja. Se qualquer pastor saísse perguntando para cada ovelha do seu rebanho se gostaria de realizar a Grande Comissão dada pelo Senhor Jesus, provavelmente nenhuma ovelha iria dizer que não gostaria. Então a pergunta que incomoda o nosso coração é: Porque somos tão letárgicos? Porque somos tão omissos? Porque a maioria das igrejas está se arrastando e deixando de colocar em prática a Grande Comissão dada pelo Senhor Jesus?

Se observarmos a divisa da Campanha da Junta de Missões Nacionais 2014, não precisaremos andar longe para descobrir que o que marcou preponderantemente a Igreja primitiva, a igreja que mais avançou rumo aos campos brancos para ceifa, foi a sua UNIDADE: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”. Multiplique 3Para haver multiplicidade é preciso que haja UNIDADE. Jamais qualquer grupo avançará rumo a qualquer coisa nesta vida se não estiver coeso num proposto único que o defina, que o motive, que o faça até mesmo morrer por aquele objetivo! É na UNIDADE de pensamento, de sentimento e de propósito que qualquer grupo terá força e ânimo para a realização de algo maravilhoso, tremendo, algo que valha a pena e, no caso da igreja, algo que glorifique o nome do Senhor!Multiplique 4

Quando falamos de UNIDADE não estamos falando de que vamos concordar com todos os estilos, com todas as propostas, que não vamos divergir em muitas situações. Quando falamos de UNIDADE no meio do povo de Deus nós estamos falando do COLAR OMBROS em torno daquilo que não há duvida entre nós de que é desejo de Deus que seja feito! Talvez esteja faltando no meio do povo de Deus o entendimento necessário sobre isso: Quando se une em torno de algo estabelecido por Deus se une em torno de algo idealizado perfeitamente por Aquele que jamais errou e cumpre-nos então apenas abrir mão de qualquer coisa que se apresente como empecilho para o cumprimento do desejo de Deus – até porque será terrível o ônus de sermos tropeço para que a obra de Deus avance!

Vamos nos multiplicar fazendo discípulos e plantando igrejas? O alvo é esse, esse é objetivo de Deus e bastará a nossa UNIDADE! Vamos? A ordem e a promessa já foram dadas: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações… E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.

Pr. Élio Morais

VOTANDO COM TEMOR!

Publicado: setembro 30, 2014 em Uncategorized

voto 1A Palavra de Deus nos diz com muita clareza que todos os nossos atos devem ser feitos com amor e movidos por fé. O apóstolo Paulo chega a dizer com todas as letras que aquilo que fazemos sem ser precedido de fé é pecado! E ele ainda vai nos dizer outra coisa muito linda: que tudo que fizermos deve ser feito como para o Senhor e não para homens!

Diante de tudo isso, numa pergunta quase que retórica, gostaria que me respondessem: será que podemos inferir que na política, numa eleição, esses princípios também devem nortear-nos? Obvio que sim, prezados! O cristão deve, rigorosamente, aplicar os princípios da Palavra de Deus em tudo que está relacionado com a sua vida. Jamais haverá uma situação em que os caminhos apontados pelo Senhor na Sua maravilhosa Palavra não devam ser considerados e aplicados!voto 2

Em que pese às polêmicas que sempre geram quando se aborda a política na igreja, devo fazê-lo, porque como sabemos não devemos ficar em cima do muro, pois este já tem dono. Mas se você tem a expectativa de que vou dizer nomes de pessoas em quem você deve votar, lamento, irei desapontá-lo, pois não pretendo falar em quem você deve votar, mas de que forma você deverá fazê-lo, e assim, estou certo, você cumprirá os propósitos de Deus nesse pleito de 2014.

voto 3Como seu pastor eu não teria o direito, tampouco seria ético dizer que você deveria votar nesse ou naquele candidato, mas tenho o dever de orientá-lo, uma vez que tenho sido usado por Deus para ajudá-lo em diversas situações na sua vida, e essa é apenas mais uma situação em que posso ser instrumento de Deus pra você.

Minha proposta é: não vote por influência, nem por paixão, nem por fisiologismo (por causa de algum benefício). Não vote apenas porque determinado candidato foi bom pra você ou para alguma pessoa que você ama, ou porque beneficiou a área em que você atua profissionalmente. Não vote sem se importar e nem vote irresponsavelmente. VOTE COM TEMOR! Vote como quem está exercendo um verdadeiro sacerdócio! Vote com a consciência de que você está usando de um instrumento poderoso para garantir o futuro da sua igreja, dos seus filhos e da nação que você tanto ama.voto 4

Sempre gostei, ao término de nossos cultos, recomendar-lhes que vivam uma semana para o inteiro agrado Senhor, e  sempre perguntando para si mesmos: – Em meus passos o que Jesus faria? Mormente, nesses dias que antecedem o exercício da nossa cidadania através do voto, não seria excelente fazermos algumas perguntas para nós mesmos, tipo:

1) Deus está aprovando o que está acontecendo em nossa política atualmente?

2) Deus está aprovando as mentiras deslavadas dessa campanha?

3) Deus deseja que o nosso Brasil seja governado por alguém que confia nEle e anda no temor dEle, que é o princípio da sabedoria?

Por fim, volte a perguntar pra você mesmo:

– Em meu lugar, em quem o Senhor Jesus votaria nessas eleições?voto 5

Orarei querido irmão e irmão para que o seu voto seja coerente com o seu andar com Deus, que esteja em sintonia com aquilo que você tem aprendido dEle e, sobretudo, para que você possa conviver em paz com a sua consciência após exercitar o seu maior ato de cidadania!

Que o nosso Deus tenha misericórdia de nós, pois seremos nós que definiremos aquilo que o nosso Brasil será!

Pr. Élio Morais

????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????Tentei evitar o lugar comum, mas não consegui – vivemos num mundo que nos impõe diversos obstáculos ao longo da vida. Nascemos chorando e convivemos com o choro até o dia em que choram a nossa partida. Nesse hiato de sobrevivência, as dificuldades surgem muitas vezes vorazes e implacáveis, mas jamais nos destruirão se das cinzas surgir o homem resiliente – aquele homem com uma capacidade cada vez maior de resistir, de não jogar a toalha, a despeito das intempéries da vida. Essa resistência e esse não se dobrar às dificuldades nos capacitará ao enfrentamento, lograremos êxito, sairemos vitoriosos e os nossos dias serão mais alegres e produzirão experiência e maturidade em nós. Mas é fato: Matar um leão por dia é a sina de cada ser humano sobre a terra!

Se as lutas são inevitáveis devemos ter a visão resiliente e a motivação criativa do grande estadista Winston Churchill, que disse: “Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade.”. E ele ainda vai acrescentar algo muito interessante: “O sucesso consiste em ir de derrota em derrota sem perder o entusiasmo”.

O que poderá parecer humilhante derrota para um homem comum, para o homem resiliente poderá ser aquilo que o fará forte o suficiente para resistir com intrépida bravura e se reinventar para algo novo, bonito, virtuoso e com perspectivas desafiadoras.

A capacidade do homem resiliente de se reinventar criativamente poderá levá-lo a voos impressionantemente mais altos e a contemplar visões mais panorâmicas e belas sobre uma mesma situação ou infortúnio, ou seja, essa capacidade do homem resiliente o conduzirá a uma nova perspectiva de vida que poderá levá-lo muito provavelmente ao objetivo desejado.resiliencia 4

Homens resilientes não devem ser considerados super-homens, ou pessoas com dons especiais ou algo do gênero. Jamais devemos vincular resiliência à superpoderes. Homens resilientes poderão ser sim homens frágeis, sensíveis, dóceis, bem intencionados e íntegros, mas que suportam as adversidades da vida por causa de um profundo compromisso com o lugar aonde querem chegar. O desejo de atingir o alvo é transformado em energia capacitadora para vencer obstáculos.

Gosto demais da ilustração do cavalo que caiu num grande buraco e os proprietários que não tinham meios de tirá-lo. No afã de resolverem a situação com o menor sofrimento possível aqueles camponeses desprovidos de armas para sacrificarem o aflito animal, resolvem jogar terra em cima dele na esperança de sufocá-lo, mas em cada tanto de terra que era jogada em cima do dorso do animal ele se contorcia livrando-se e pisando nela, e quando os camponeses se aperceberam, o vigoroso e esforçado animal estava cada vez mais perto da superfície. Resiliência é o nome disso!

resiliencia 5Mais do que resistir e sobreviver aos obstáculos é preciso se reinventar! É preciso motivação, força e ânimo para se “chutar o balde” e avançar até onde se deseja chegar! É preciso se recompor e seguir! Como bom soldado, que jamais recua, mas dá meia volta e segue em frente, precisa-se fazer a retomada! Gosto de observar quando estou viajando dentro de um avião e o comandante comunica aos passageiros e tripulantes que o processo para a aterrisagem começou. Claramente, o que se vê em seguida é um torque a mais, um pouco mais de potência, e escutamos um som diferente da turbina como que nos comunicando que para concluir a aterrisagem é preciso imprimir mais um pouquinho de força e velocidade.

Embora resiliência e capacidade inventiva sejam extremamente necessárias elas jamais sobrepõem ao poder de Deus para nos fazer prosseguir e atingir alvos! Depreende-se então que resiliência, capacidade inventiva e dependência de Deus poderá ser a tríade que garantirá o sucesso para grandes empreendimentos.

Quando penso em homens de Deus que resistiram e ultrapassaram grandes obstáculos na vida penso em homens como o jovem profeta Daniel cujo testemunho mostra claramente uma vida resiliente, com extrema capacidade de se reinventar e um coração obediente a Deus! Quando todos poderiam pensar que se tornar um escravo numa terra distante seria o fim, que comer legumes com água seria o início da derrota, que ser jogado numa jaula cheia de leões ferozes seria a aniquilação, ei-lo intocável, robusto, amadurecido e, caminhando ao seu lado, um Anjo do Senhor!resiliencia 1

Penso também no apóstolo Paulo, um homem cujo testemunho mostra de forma clara que lutou resilientemente contra os religiosos, o mundo, e os inimigos de Deus que conspiravam a todo o momento contra o avanço do Evangelho. Quando achávamos que Paulo se sucumbiria às ações malévolas dos seus inimigos ei-lo empreendendo mais uma viagem missionária, que resultaria em dividendos maravilhosos para o reino de Deus. Seu lema era:

 “…esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo.”.

Penso também nos homens maravilhosos que fazem parte da galeria dos heróis da fé, do capítulo onze de Hebreus. Homens dos quais o mundo não era digno! Homens resilientes e que se reinventaram! Homens que a despeito da dor, do sofrimento, e dos obstáculos, avançaram e cumpriram o que Deus esperava deles. Homens cuja característica de resiliência é citada pelo próprio autor da carta: “…da fraqueza tiraram força.”.

resiliencia 6Mas não há ninguém em quem eu pense mais do que o Senhor Jesus Cristo, porquanto jamais houve alguém tão resiliente, que se reinventou tanto e que atingiu tão rigorosamente o alvo como Ele. Mas estou falando do Filho do homem, daquele foi gerado da virgem, que sentiu fome e sede, que chorou, daquele que suou gotas de sangue no Getsêmani, mas que a despeito da dor e do sofrimento foi resoluto e resilientemente para Jerusalém a fim de morrer por pecadores como nós para que tivéssemos toda condição de nos reinventarmos! É por causa da resiliência dEle que conseguiremos resistir, superar todas as adversidades, nos reinventar,  e dizer ao final da nossa caminhada, como o apóstolo Paulo disse:

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.”

Deus seja louvado!

Pr. Élio Morais

FALAR 1Não sabemos falar, essa é que é a verdade!

Precisamos aprender a fazê-lo, pois nos comunicamos mal, muitas vezes não expressando aquilo que gostaríamos, e noutras tantas comunicando aquilo que não gostaríamos de comunicar! O que acontece é que temos uma grande dificuldade ao nos expressarmos, porque em muitas situações somos reféns daquilo que estamos sentindo no momento em que falamos! Eu estou certo de que muitas vezes as nossas falas não refletem aquilo que de fato pensamos, tampouco, exprimem aquilo que mais valorizamos.

É absolutamente necessário diferenciarmos um adágio popular, que diz: “A boca fala o que o coração sente.”, de uma afirmação do Senhor Jesus, que diz: “A boca fala do que está cheio o coração.” Sei que poderá haver controvérsias, mas estou certo que essas frases são muitíssimo diferentes!

Nosso coração poderá estar cheio do temor de Deus, de virtude e boas intenções e, no entanto, num momento específico e inesperado, poderemos ter algum sentimento ruim a respeito de algo – algum sentimento não muito nobre. Somos seres humanos e totalmente susceptíveis a situações que poderão nos propiciar sentimentos não pouco recomendáveis.FALAR 7

Ao longo de nossa existência nossas falas sempre se caracterizarão por aquilo que vamos permitindo ocupar o nosso coração, isso é um fato inquestionável, e o Senhor Jesus sabia de fato o que estava dizendo. Vamos enchendo a nossa mente e o nosso coração de muitas coisas e sem dúvida nenhuma nossas falas exprimirão aos nossos interlocutores aquilo que está intrinsecamente fazendo parte de nossas vidas e permeiam o nosso viver.

Se queremos nos comunicar bem e expressar aquilo que está enchendo nosso coração, aquilo que de fato retrata os nossos valores e princípios, deveremos levar em conta algo que poderá servir de um verdadeiro divisor de águas na importante tarefa de reagirmos de forma adequada, coerente e equilibrada, o fato de que, infelizmente, há um desejo muito intenso e inerente no coração de todo ser humano de sempre responder, na mesma medida, uma ofensa que recebeu ou, em muitas situações, numa medida muito maior. Quando nossos interlocutores nos ofendem, nos encolerizam e nos entristecem, nossa tendência humana é de darmos um “troco”, que costuma ser de uma força extremamente desproporcional.

Um homem gentil e elegante jamais deve falar o que lhe “vem na telha” e, tampouco, deve exprimir um sentimento que não expressa rigorosamente os valores em que acredita e os princípios que norteiam sua vida, em que pese a situação ruim e inesperada que estiver passando.

FALAR 6Sigmund Freud, disse algo tremendo:

“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente”.

Há tanta verdade e sabedoria nessa recomendação! Não tem jeito, então sinta apenas!

O revidar o ultraje, seja em que nível for, está muito longe de ser uma ação bonita e louvável, ela pertence ao nosso homem natural, e é totalmente possível de ser evitada, se tivermos o maior e melhor aliado que alguém pode ter nesta empreitada: o Espírito Santo de Deus e as Suas maravilhosas consolações!

O homem gentil e elegante, maduro espiritualmente, jamais se tornará refém daquilo que lhe acontece ou do que lhe é dito. Seus sentimentos, reações e emoções não podem jamais ser em função do que os outros lhe fazem. O homem maduro espiritualmente deverá agir de forma equilibrada a despeito das circunstâncias, afinal ele é dono dos seus sentimentos e reações.

Há na palavra de Deus dois versículos que podem nos ajudar muito – são verdadeiras pérolas: O primeiro diz:FALAR 3

“Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele.” Prov. 29.20.

Somos exortados aqui a não precipitarmos em nossas palavras, a contarmos até dez ou até mil, porque não fazê-lo nos levaria a ultrapassar, com sobras, a insensatez do insensato!

O incrível William Shakespeare, disse:

“É melhor ser rei do teu silêncio do que escravo das tuas palavras”.

Invariavelmente, um homem precipitado nas suas palavras incorrerá em muitas dores e problemas, será um verdadeiro escravo daquilo que proferiu.

Mas o segundo versículo que quero destacar, diz:

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” Col. 4.6.                                    

FALAR 4Aqui somos exortados a nos expressarmos de forma sempre agradável – temperada com sal, e no processo de temperá-la teríamos tempo suficiente para refletir e responder com sabedoria a cada um. Não é sem motivo que o autor dos Provérbios vai dizer “A língua serena é árvore de vida” e o apóstolo Pedro vai nos dizer:

“Quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente.” 1 Pe. 3.10.

Que tenhamos sabedoria no falar!

Pr. Élio Morais

SOBRE A TAL DA FELICIDADE

Publicado: agosto 15, 2014 em Uncategorized

FELICIDADE 6Queremos ser felizes!

E quem não quer? Quem não tem no coração o desejo de viver aqueles dias que não deveriam acabar nunca? Quem não quer sentir aquela euforia, aquele friozinho na barriga que insiste em nos dizer que a vida vale a pena, que sempre há a esperança de dias melhores, que nada é difícil demais, e que o bem vai prevalecer e o mal jamais será permanente? Quem não anda a procura da satisfação plena, da alegria de viver, do verdadeiro sentido da vida?

O fato é que a gente faz de tudo pela tal da felicidade, porque fomos feitos para sermos felizes! Não fomos feitos para o sofrimento, não! O sofrimento é acidente de percurso, é rota de desvio de um caminho lindo de felicidade que deveríamos estar trilhando. Nesse descaminho, em meio a devaneios, angústias e dores, avançamos céleres, cansados e machucados, na busca frenética pela felicidade! E nesse caminho tortuoso e difícil, nessa senda de desilusões e decepções vamos nos apercebendo, a duras penas, que felicidade ou não existe, ou não sabemos direito sobre ela.FELICIDADE 3

Quando vamos a uma livraria somos surpreendidos com a quantidade de títulos que falam sobre a felicidade. Eu tive o cuidado de verificar e confesso: fiquei assustado! São centenas deles! Todos com a proposta de explicar a felicidade ou de apontar o caminho para ela. E o que me chama a atenção é a relevância do assunto, pela incessante busca, mas a difícil compreensão dele.

Por mais que as pessoas do mundo inteiro queiram passar a imagem de que é feliz, por mais que a mídia se esforce com propagandas cada vez mais bem elaboradas e com um marketing cada vez mais agressivo a fim de proporcionar “felicidade” ao homem, o fato é que o ser humano continua infeliz, sem alegria de viver, com uma vida sem sentido, e cada vez com um senso menor de realização. Na verdade, o mundo tem lucrado e muito com a infelicidade do ser humano, e explora o vazio do seu coração, que alguém disse ser do “tamanho de Deus”!

FELICIDADE 2Sempre se venderá um estofado mais bonito e confortável, um carro com um motor mais potente, uma joia mais reluzente e bem lapidada para alguém que acha que isso o fará feliz. E poderíamos enumerar muito mais coisas: Quem sabe a felicidade viria com um novo emprego? Ou, então, depois daquele curso, daquela capacitação, ou depois daquele evento tão esperado, ou daquele encontro tão desejado? Sim, talvez ela chegasse junto com aqueles parentes ou amigos muito queridos, que passariam conosco aquelas super, hiper, mega férias que há anos programamos? Quem sabe?

Mas aí, como que puxando o nosso tapete, como que acordando-nos de um sonho bom para uma realidade extremamente cruel surge o compositor secular cantando assim: “Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito ainda mora.”, mostrando-nos que tudo não passou de prazeres efêmeros, absolutamente transitórios, apenas flashes ou insights dos sentimentos que gostaríamos que perpetuassem conosco, mas que concluímos jamais nos trarão a bendita felicidade que tanto ansiamos.

O BOMBEIRO E O JOVEM SUICIDAFELICIDADE 4

Recentemente li em um livro, em forma de ilustração, a história de um bombeiro inconformado com a notícia de que um jovem de vinte e oito anos, bem sucedido, inteligente, tinha um bom emprego, mas que estava no terraço de um grande edifício querendo dar cabo de sua vida. O esforçado bombeiro consegue chegar até o jovem e começa a argumentar tentando convencer-lhe de que a vida era boa de ser vivida e que ele tinha sim muitos motivos para viver.

Então o jovem, desesperado, propôs ao bombeiro:

– Eu ouvirei as suas razões para que eu não pule desse prédio, e depois você ouvirá as minhas, ok?

O bombeiro aquiesceu e rapidamente começou a enumerar vários motivos que ele julgava serem suficientes para o jovem prosseguir com a sua vida.

Depois disso, o jovem desesperado começa a contar para o bombeiro todos os seus percalços, todos os motivos de sua tristeza excessiva, e toda a sua infelicidade.

Conta-se que houve um grande silêncio e ambos, de mãos dadas, pularam do terraço.

O fato é que o mundo está, comprovadamente, cada vez mais infeliz e a razão disso é porque as pessoas estão procurando felicidade aonde definitivamente jamais encontrarão, pois a felicidade não é alguma coisa, a felicidade é Alguém, a felicidade é o encontro entre duas pessoas que jamais deveriam ter se separado – O homem e o seu Criador!

FELICIDADE 5FELICIDADE E FILOSOFIA 

Se não faltam livros que nos falem sobre a felicidade, também não faltam reflexões sobre ela. O acervo é enorme, mas eu quero citar algumas vertentes do pensamento filosófico, fruto de rápida pesquisa:

Epicuro, filósofo grego que viveu nos séculos IV e III a.C., defendia que a melhor maneira de alcançar a felicidade é através da satisfação dos desejos de uma forma equilibrada, que não perturbe a tranquilidade do indivíduo.

Aristóteles, filósofo grego que viveu no século IV a.C., entendia que a felicidade é uma atividade de acordo com o que há de melhor no homem. Que o homem que organizar os seus desejos de acordo com um princípio racional terá uma ação virtuosa, e a vida de acordo com a virtude será considerada uma vida feliz.

Karl Marx, (1818-1883), defendeu o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes, como elemento fundamental para se atingir a felicidade humana.

O Estoicismo defendia a tranquilidade como o meio de se alcançar a felicidade. Segundo essa escola filosófica grega, a tranquilidade poderia ser atingida através do autocontrole e da aceitação do destino.

O psiquiatra Sigmund Freud, (1856-1939), o criador da psicanálise, defendia que todo ser humano é movido pela busca da felicidade, através do que ele denominou princípio do prazer. Porém essa busca seria fadada ao fracasso, devido à impossibilidade de o mundo real satisfazer a todos os nossos desejos. A isto, deu o nome de “princípio da realidade”. Segundo Freud, o máximo a que poderíamos aspirar seria uma felicidade parcial.

O SENHOR JESUS E A FELICIDADEFELICIDADE 7

Ninguém falou melhor e com mais autoridade sobre a felicidade do que o Senhor Jesus, quando encontrou com a mulher samaritana no Poço de Jacó. Que encontro fantástico foi aquele! Um verdadeiro TRATADO SOBRE A FELICIDADE foi estabelecido no encontro do Senhor Jesus com a aquela infeliz mulher. É muito digno de registro a compaixão que o Senhor Jesus teve, e a forma como Ele revela para aquela mulher tão acostumada à dor e ao sofrimento, que a felicidade estava bem defronte dela.

Primeiro o Senhor Jesus a surpreende pedindo-lhe água, e depois o Senhor Jesus é que é surpreendido por ela, vejam:

Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher?”

Era como se essa mulher falasse com ele mais ou menos assim:

– Hei…que história é essa? Tu não estás vendo quem eu sou não? Você não vai começar a me ofender? Você não vai começar tirar onda comigo não? Você não vai querer me humilhar mais uma vez no dia de hoje como tantos já fizeram?

Essa mulher era muito infeliz primeiramente porque era uma mulher samaritana, povo de origem duvidosa, marginalizado, descendentes de casamentos mistos, pessoas que carregavam sobre si o estigma da rejeição – ela se sentia a escória do mundo! Ela sabia como ninguém as implicações de ser uma mulher naquela sociedade preconceituosa e ainda por cima, uma mulher samaritana – definitivamente ela não podia acreditar que um judeu a estava tratando com tanta dignidade!

O Senhor Jesus vai lhe dizer:

“Vai, chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.”

Eu fico imaginando o sofrimento dela com todos esses casos; as expectativas ao começar mais um novo relacionamento, e claro está que ela não era uma prostituta, o que acontecia é que ela cometia o grave erro de achar que com um novo relacionamento, com um novo marido, as coisas iriam melhorar! Ela sempre imaginava assim: “…agora eu finalmente eu vou ser feliz…” Ela sempre achava que finalmente havia encontrado o marido ideal, aquele que iria lhe dar felicidade, a tão esperada felicidade que ela sempre quis ter. Pobre mulher infeliz, ela já estava com o sexto homem, num sexto relacionamento, e nada de felicidade!

Mas aí algo tremendo acontece! O Senhor Jesus contempla todo o seu sofrimento, toda a sua infelicidade e diz:

Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva….e quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.”FELICIDADE 8

Jesus assim que encontrou aquela mulher viu sua busca nas coisas erradas! Quando falou com ela não somente já havia contemplado toda a sua infelicidade, mas, também, todo o equívoco que ela vinha cometendo em achar que com um novo relacionamento ela finalmente seria feliz.

Era como se Jesus dissesse assim para ela:

Filha, eu estou vendo o quando você é infeliz. Eu vejo a sua luta inglória buscando a felicidade num novo relacionamento conjugal, e que você já está na sexta tentativa. Você não percebe que está extremamente equivocada, buscando felicidade em coisas erradas! Você sempre acha que com um novo marido, um novo relacionamento conjugal, a felicidade vai aparecer pra você, mas não será isso que te dará felicidade! Se você soubesse quem é que está falando contigo aí sim você me pediria felicidade e Eu te daria! Você começaria um relacionamento de amor comigo e nunca mais se decepcionaria!

O que Jesus queria que aquela mulher compreendesse é que a fonte da verdadeira felicidade era Ele e que, portanto, ela deveria buscar nEle a felicidade que tanto almejava encontrar. Que não é um novo marido que dá felicidade a alguém, nem um novo emprego, nem um novo estofado, nem uma reforma da casa, nem a troca do carro, nem uma linda viagem por mais bela que ela possa ser, nem um bom aumento de salário.

E é isso que entendo que o nosso Deus quer que compreendamos hoje: Que a felicidade plena e verdadeira está em conhecê-lo: (“Sim, bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR!”) Sal. 144.15; Que a felicidade plena e verdadeira está em confiar nEle: (O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no SENHOR, esse é feliz.”) Pv. 16. 20; Que a felicidade plena e verdadeira está em obedecê-lo: (“Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei.”) Sal. 40. 8.

Concluindo essa reflexão gostaria de citar a oração de um profeta sofredor, que profetizou num dos períodos mais sofridos da história do povo de Deus, mas, nem por isso, deixou de manifestar a felicidade que sentia:

…Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente…” Hab. 3. 17-19

Parece que esse profeta maravilhoso entendia a dimensão exata da verdadeira felicidade, pois é como se ele nos dissesse assim hoje:

– Ainda que as coisas não estejam correndo tão bem para mim como eu planejei, ainda que eu não possua todas as coisas que eu gostaria de ter. Ainda que a saúde me falte, ou os amigos, ou uma melhor condição financeira, e que pessoas queridas me decepcionem, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”FELICIDADE 9

Pode ser que você esteja pensando assim: como é que pode alguém se alegrar e ser feliz com tantas adversidades, tantas dificuldades, com tantos obstáculos na vida?

Eu também não entendo direito tudo isso, mas o que eu sei é que no momento que temos nosso fantástico encontro com a pessoa do Senhor Jesus como a mulher samaritana teve, algo maravilhoso acontece: O vazio ”do tamanho de Deus”, que temos no nosso coração, é preenchido pelo Seu maravilhoso Espírito Santo e nós nos tornamos novas criaturas, filhos amados do Senhor Jesus, pessoas bem aventuradas, benditas e felizes! Pessoas que, definitivamente não estarão condicionadas às circunstâncias da vida para se sentirem felizes!

Sou feliz…….com Jesus…….Sou feliz com Jesus, meu Senhor!

Pr. Élio Morais

DORQuero falar um pouquinho sobre um assunto que muitos não desejam abordar e, por isso estou certo de que esse será um texto que poucos lerão.

Meu assunto hoje é a dor. Quero falar-lhes mais precisamente sobre a DICOTOMIA DA DOR E A NOSSA CAPACIDADE DE LIDAR COM ELA.

Mormente a impopularidade do assunto ele é pertinente, porque não estamos livres de sermos alcançados pela dor em algum momento da vida ou em vários.

Clarice Lispector, ironizando esse “lugar comum” da dor, disse assim:

“Um amigo me chamou pra cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso. E fui.”

Ao nos depararmos defronte a alguém que amamos muito, que está lidando com uma angustiante enfermidade num incômodo e desconfortável leito de sofrimento nós somos lembrados, da maneira mais sórdida e cruel, da dicotomia da dor e a sua ambivalente ação. Definitivamente, o que dói na carne de alguém querido dói também, profundamente, em nossa alma. Essa ambiguidade da dor nos faz transitar pelo calabouço escuro, úmido e gelado da concreta dor da carne, e pelo escorregadio limbo da subjetiva dor da alma.

Nesse trânsito sôfrego pelas trilhas da ambivalente dor nós perambulamos atônitos, sem muito entendimento, necessitados de compreender o incompreensível, sem poder dar nome ao indizível, e nos surge vorazmente o imponderável, Por quê?DOR 1

O grande poeta Mario Quintana, ao lidar com suas dores, disse algo tão simples, mas com tanta profundidade, que se procurarmos por um breve momento nos colocar no seu lugar e imaginar o que ele estava passando e a angústia que sentia, vislumbraremos muita coisa. Ele disse assim:

“Se eu pudesse, pegava a dor, colocava-a dentro de um envelope e devolvia ao remetente.”

Desejar a compreensão da ambígua dor é como desejar a explicação concreta da saudade, ou querer formular uma justa definição pra ela, ou mesmo explicar os fundamentos da sua existência. Aliás, dor e saudade são dois sentimentos que convivem muito de perto e frequentemente, mas uma explicação convincente sobre elas está longe dos nossos lábios.

Mas voltando à ambiguidade da dor, e ao desejo de entender o sofrimento por ela causado, entendo que ele se acentua mais na medida em que a dor que recrudesce a carne e dilacera nossa alma, gera em nós uma perplexidade que somente teremos forças pra lidar se tivermos uma ajuda externa e poderosa, a ajuda de Deus. Sim, certamente conviveremos melhor com a dicotomia da dor se considerarmos as palavras dAquele que mais entende dela, o nosso Criador!

DOR 4Deus convive com a crudelíssima dicotomia da dor desde os tempos eternos, e sempre foi impossível pra Ele não ver e não sentir o padecimento do seu unigênito filho. Desde a eternidade Ele convive, literalmente, com a dor e sua ambiguidade, porque Ele e o filho são Um e sofrem os dois lados dela.

Se a dor é ambivalente, então o nosso Deus a experimenta em todas as suas vertentes e nuances. Levando em conta a Sua triunidade Ele sofre a dor da carne dilacerada do corpo do Seu filho, que foi cravado com uma lança, e pendurado numa cruz, e sofre também em sua alma, no mais profundo dela, a indecifrável dor da morte agonizante do Filho.

Quando consideramos que Deus sofre, e que não há ninguém que entende mais de dor do que Ele, então aprendemos coisas importantes e fundamentais demais para uma sobrevivência equilibrada, que nos permitirá prosseguir com condições de dar seguimento à vida que temos pela frente.

Quando lemos no livro do profeta Isaías, no capítulo 53, que o Senhor Jesus era “…homem de dores e que sabe o que é padecer”, DOR 5essa verdade inunda o nosso ser e horizontes maravilhosos, coloridos e cheios de consolo e paz descortinam-se para aqueles que estão convivendo com a dor e o sofrimento que ela trás!

Quando o mesmo profeta Isaías, no mesmo capítulo 53, diz que o Senhor Jesus “…tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si”.  Então a alegria indizível e cheia de glória, e a bendita felicidade tornam-se nossas companheiras inseparáveis! A dor não é menos intensa, mas a esperança nos dá força, e a fé nos mostra que venceremos apesar da dimensão tão ampla da nossa angústia.

Quando o autor da Carta aos Hebreus diz: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, nós somos tomados por um ânimo gigantesco, e a confiança nAquele que não é homem para mentir, torna-se o motivo da nossa alegria e a razão do nosso intenso desejo de viver. Deste ponto em diante a inextinguível chama do Seu maravilhoso Espírito, tão necessária para por fogo em nosso coração e nos permitir viver confiadamente os restantes dos nossos dias em meio aos sofrimentos vindouros, surge vigorosa, toma todo o nosso ser, enche o nosso coração de gozo e nos lembra: não pereceremos!

DOR 6Por fim, quando João, nas suas revelações do Apocalipse, nos diz: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”, então, mormente ao sofrimento, eu não temo mais nada nessa vida, pois pra onde vou não haverá mais dor, muito menos, a ambivalente dor!

A dor física lancinante, recrudescente, que subtrai o vigor daquele que eu amo e ao mesmo tempo dilacera a minha alma, terá ficado para trás, terá sido jogada no inferno e no lago de fogo, lugares que são absolutamente apropriados pra ela.

Que alívio!

Pr. Élio Morais

EU ME IMPORTO 8A cidade de Gadara nunca mais seria a mesma! Ali, Jesus acabara de realizar um grande milagre ao acalmar uma violenta tempestade, e quando desembarca juntamente com seus discípulos, de imediato, vem ao seu encontro um homem que era escravizado por muitas coisas (Luc. 8. 26-39).

Como era triste e necessitado aquele pobre endemoninhado! Ele vivia em trevas horríveis, vagava pelos sepulcros, as correntes não o detinham e, tampouco, alguém conseguia prendê-lo. Seus conterrâneos corriam dele, seu aspecto era assustador, e era lamentável a sua situação – parecia que o seu sofrimento não teria fim!

Mas se por um lado as pessoas corriam de medo daquele homem, por outro lado, Jesus o atraía com terno amor. Aliás, isso é bem próprio daqueles que se importam. Na verdade, isso é bem próprio do Senhor Jesus, pois Ele dá atenção a uma prostituta, ao invés de expor os pecados dela e de lhe atirar pedras. Ele toca com ternura e sem nenhuma necessidade num leproso, ao invés de sentir asco ou repulsa. Ele estabelece um diálogo e se compadece de uma mulher samaritana, quando todos a humilham. EU ME IMPORTO 5Ele come na casa de um cobrador de impostos, de caráter pouco recomendável, ao invés de passar longe dele, ou insultá-lo, ou repreendê-lo. Ele percebe que uma pobre mulher enferma toca as suas vestes em meio a uma grande multidão, ao invés ignorá-la encerrando-a no anonimato. Ele manda um singelo recado, com toda deferência, a um discípulo que acabara de negar que O conhecia, ao invés de sentir rancor dele e não mais querer vê-lo. Ele se revela espetacularmente a um Saulo, perseguidor da Sua igreja, ao invés de vingar seus assassinatos. Ele atrai irresistivelmente um endemoninhado em plena crise, ao invés de sentir medo e fugir de perto dele.

Quando nós nos importamos com as pessoas, invariavelmente, nós seremos agentes de transformação de suas vidas, pois o se importar pressupõe o se envolver, e envolvimento gera ações e esforços que resultarão em benefícios para aqueles que serão objetos do nosso favor!

EU ME IMPORTOJamais alguém se importou tanto com as pessoas como fizera o Senhor Jesus; e cada vez que isso acontecia tudo se fazia novo!

prostituta volúvel se torna uma recatada serva e seguidora do Senhor Jesus! O leproso fétido e machucado vira um discípulo de pele e coração purificados. A mulher humilhada, cheia de amargura, se torna uma importante proclamadora do Evangelho – uma testemunha viva do amor de Cristo. O cobrador de impostos, explorador e corruptor, nasce de novo, e agora, homem correto e íntegro, se dispõe a consertar tudo de errado que fizera, e a restituir todos que defraudou. A mulher enferma, incapacitada pela doença, agora é uma saudável e temente cooperadora do Senhor Jesus. O discípulo medroso e mentiroso é transformado num apóstolo ousado, vigoroso e intrépido. O irascível perseguidor do povo de Deus vira plantador de igreja, e se transforma no maior apóstolo entre os gentios.

EU ME IMPORTO 4Mas precisamos voltar a Gadara, porque o pobre e necessitado endemoninhado, antes escravo de muitas coisas, agora tem um brilho novo no olhar! Agora ele olha ternamente, fica compassivo e dócil, e não mete medo em mais ninguém. Muito pelo contrário, agora as pessoas o procuram e querem saber o quê ou Quem o transformara tanto!

Pensando em tudo isso, faço duas considerações finais: A primeira, é que ao contemplar todo sofrimento pelas quais as pessoas passam, sou levado a crer que Deus sofre. Afinal, não há coração bondoso e compassivo que suporte ver alguém, feito à Sua imagem e semelhança, em situações tão tristes e carentes da Sua intervenção. E, justamente porque Deus sofre com o sofrimento alheio, é que Ele deseja que nos importemos com aqueles que, à nossa semelhança, estão sujeitos a todo tipo de mazela, dificuldade, maldade, injustiça e desamor!

EU ME IMPORTO 2A segunda consideração, é que sempre que nos envolvermos e favorecermos de alguma forma alguém, ou uma causa justa, muito provavelmente aquele favor respingará em nós mesmos, afinal, o próprio Senhor Jesus estabeleceu o princípio da maior bem aventurança do dar.

Mas o quê nos falta fazer, então, para que as coisas melhorem um pouco? Para que o mundo de alguém fique menos doloroso? O quê nos falta, então, para que uma ponta do cobertor que aquece os nossos pés numa longa e fria noite esquente também os pés daqueles que não conseguem dormir de frio? O quê nos falta, então, para que um pouco da comida que sobeja em nossa mesa, e que muitas vezes vai para a lixeira, chegue àqueles cujo ronco no estômago os lembra incomodamente  que estão vivendo à margem, e que parece terem sido totalmente esquecidos, e que a vida é assim mesmo? E ainda, o que nos falta, então, para que a as benesses da salvação em Cristo Jesus, o privilégio de conhecê-lo e de ser salvo por Ele, ultrapassem as paredes do templo, e a anunciação do Evangelho chegue com todo o vigor aos ouvidos sofridos daqueles que perecem?EU ME IMPORTO 3

Falta-nos importarmos! Falta-nos dar importância! Pode parecer redundância, pode parecer repetitivo, pode não ser uma construção gramatical ou literária que cause impressão, mas o fato é que carecemos de ler e de ouvir, pois dificilmente correlacionamos nos importarmos com dar importância!

Infelizmente, o ser humano não é afeito a se importar com algo que não esteja relacionado consigo. Podemos dizer também que ninguém precisa do menor esforço para querer sempre mais e o melhor para si. Mas isso é tremendamente trágico, porque, definitivamente, nós não somos uma ilha, e fomos feitos para vivermos socialmente e com grande responsabilidade, pois vivemos num mesmo barco chamado planeta terra que a cada dia fica menor, mais povoado, e por força da globalização, tudo aquilo que fizermos ou deixarmos de fazer pelo próximo repercutirá cada vez mais velozmente.

EU ME IMPORTO 10Não, nós não somos uma ilha! Sim, nós precisamos cuidar bem de nós e do nosso próximo! Não fazê-lo será um desnecessário e trágico tiro no pé que poderá ter um custo social tremendamente alto, e um custo espiritual eterno!

Vamos nos importar de verdade?

Pr. Élio Morais

 

MENTES 1O ser humano é prodigioso em pensar!

Pensamos rápido, pensamos muitas coisas, pensamos o que é útil e necessário, mas, infelizmente, pensamos infinitamente mais naquilo que não deveríamos pensar. Nossa mente poderá ser uma grande aliada, mas poderá ser também nossa maior inimiga – tudo vai depender da forma como a governamos!

Infelizmente, uma maioria esmagadora de pessoas tem a tendência de pensar sempre no pior e naquilo que jamais gostaria que acontecesse! Por mais contraditório que possa parecer, dentro do nosso homem interior há um emaranhado de dúvidas e medos, que nos paralisam, nos tiram a paz, nos angustiam, e nos influenciam em decisões e posturas que, infelizmente, não nos trarão nenhum benefício!

Nós somos o resultado dos nossos pensamentos ou a soma deles, afinal, com eles vivemos ou convivemos, e são eles que determinam todo o nosso procedimento.

Se atentarmos bem veremos, por exemplo, que quando enfrentamos a expectativa de uma notícia, por mais otimistas que sejamos, se não nos cuidarmos, nossa mente navegará por oceanos muito profundos, por vales tenebrosos, pelas veredas escuras e frias de um desconhecido que insistirá em nos incomodar ao ponto de trazer um desequilíbrio que, pasmem, ainda pertence apenas ao nosso imaginário – fruto de uma mente que vaga rápida e descontroladamente.MENTES 3

O escritor norte americano, Denis Waitley, resume muitíssimo bem a capacidade construtiva ou destrutiva de nossa mente, quando diz:

“Nossas limitações e sucessos serão baseados, mais frequentemente, em nossas próprias expectativas para nós mesmos. No que a mente foca, o corpo atua”.

Indiscutivelmente somos, sim, o resultado daquilo que pensamos! Os nossos pensamentos determinarão as nossas atitudes. Nós seremos movidos em direção àquilo que nossa mente está pensando e nos apresentando!

Com muita propriedade e com certo sarcasmo e ironia, o competentíssimo escritor Harvey Mackay, vai dizer assim em um de seus livros:

“Não regue suas ervas daninhas”!

mentesensock.jpgTal qual ervas daninhas nocivas, inúteis e que atrapalham tudo aquilo que é produtivo, os nossos maus pensamentos devem ser extirpados, e jamais regados! Não devemos dar largas a eles nem, tampouco, conservá-los em nossas mentes, porquanto nos serão danosos e nos influenciarão negativamente!

Está provado cientificamente inclusive, que os nossos pensamentos são capazes de produzir em nós sentimentos poderosíssimos que poderão nos levar a tomar decisões e a sofrermos consequências desastrosas! No mundo africano, por exemplo, em culturas animistas, os feitiços são muito eficazes, porquanto o povo acredita piamente no poder exercido, e acaba sendo vitimado não pelo ato em si, mas, pelo que a mente produziu em decorrência de se acreditar em tudo aquilo.

Cícero, grande filósofo e escritor, disse:

“A vida feliz consiste na tranquilidade da mente”.

E Ovídio, famoso poeta romano, também disse algo extraordinário sobre os nossos pensamentos:

“A poesia nasce simples de uma mente serena”.

Espiritualizando um pouco, nós veremos que as Escrituras Sagradas falam muito sobre mentes e pensamentos, e concluímos que muitas pessoas tem sido escravizadas por esse mal, porque desconhecem o que já está revelado por Deus para nós, e de tudo o que se fala, provavelmente, a maior exortação que temos é a do apóstolo Paulo, em Filipenses, capítulo 4, verso 8, quando ele diz:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.

MENTES 2Seja isso o que ocupe o vosso pensamento!

Há de se fazer um julgamento daquilo que pensamos confrontando-o com as características daquilo que deve ser pensado! É justo? É puro? É verdadeiro? É respeitável? Há louvor? Há virtude? Então prossiga, seja isto que ocupe o seu pensamento!

Somos exortados a levar todo o nosso pensamento cativo à obediência de Cristo e, ao fazermos isso, o mesmo apóstolo Paulo nos assegura:

“…a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o
vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”.

Ainda na dimensão espiritual, uma das maiores e melhores certezas que temos no misterioso mundo da nossa mente é que o inimigo da nossa alma não conhece os nossos pensamentos, isso é um fato! Contudo, se os maus pensamentos que nos surgem nos transformam, mudam o nosso comportamento, e geram decisões e atitudes, então, a partir daí fazemo-nos conhecidos e tornamo-nos presas cada vez mais fáceis para aquele que veio “….para roubar, matar e destruir nossas almas”.

MENTES 4Finalizando esse breve artigo, quero citar ainda o famoso escritor Norman Vincent Peale, que disse o seguinte, em um de seus livros:

“Sua mente é um instrumento destinado a servi-lhe e não a destruí-lo. Mude seus pensamentos e você mudará seu mundo”.

Que os nossos pensamentos sejam verdadeiros aliados e, jamais, nossos maiores inimigos!

Pensemos corretamente!

Pr. Élio Morais

SAUDADE DE DEUS

Publicado: maio 30, 2014 em Uncategorized

saudade de Deus 2Não me lembro de quando foi a primeira vez que li ou ouvi essa sentença, mas lembro-me muito bem dela ter me causado uma leve estranheza ou um pequeno incômodo porque, a princípio, fiquei pensando que o sentimento saudade não se aplicaria à relação que temos com Deus, mas, depois, analisando melhor, vi que poderia ter tudo a ver sim.

Quando pensamos em saudade nós pensamos logo em lonjura, ausência, distância, falta de alguém que está muitíssimo longe e gostaríamos que estivesse muitíssimo perto. Quando pensamos em saudade provavelmente o primeiro pensamento que nos vem à mente combina com a bonita e melancólica definição dos índios Yanomamis, que define saudade como:

“A dor do vazio que você me deixou!”saudade de Deus 6

Mas saudade não se sente somente com a distância e, tampouco, é um sentimento que surge somente quando uma pessoa amada sai de perto de nós, não! A saudade surge porque não conseguimos mais viver sem a convivência com a pessoa que amamos. A saudade surge, já, com a possibilidade de não estar perto! Então, não é que sentiremos saudade apenas quando alguém vai embora, nós sentimos saudade também quando ela está perto – é sentimento que não se acaba, é desejo de manter a convivência, de se ver, de se ouvir, de se tocar e não somente isso, mas de intensificar essa convivência, de torná-la mais aguda e cada vez mais interessante.

Saudade é sentimento interessante, para muitos é indecifrável, e não é sem motivo que, de acordo com um artigo de um conhecidíssimo jornal norte americano, a palavra portuguesa saudade está entre as dez palavras que não são de língua inglesa, de mais difícil tradução. E o poeta português Fernando Pessoa fez questão de ironizar isso ao escrever:

“Saudades, só portugueses conseguem senti-las bem, porque têm essa palavra para dizer que as têm.”

saudade de Deus 3Em se tratando de Deus, poderíamos dizer que sente saudade dEle quem se relaciona com Ele sabendo quem de fato Ele é! Sente saudade de Deus quem se relaciona com Deus sabendo que Ele é um ser pessoal, que ama, se emociona, se alegra e também nutre o mesmo sentimento! Sempre estará saudoso de Deus aquele que experimenta a Sua doce companhia, a Sua presença consoladora, o Seu ouvido inclinado para ouvir, a Sua paciência longânime nos esperando na viração do dia, e aquele que acha insuportavelmente doloroso não tê-lo por perto!

O escritor Rubem Alves disse algo bem interessante:

“Saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”.

 Não tem como não espiritualizar isso e pensar, por exemplo, no salmista quando vai dizer assim no Salmo 42, versos 1 e 2:

“Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus”?saudade de Deus 4

Ter saudade de Deus, longe de ser uma característica de alguém que está vivendo longe dEle, pode e deve ser a característica de uma alma que jamais se contentará em viver sem Ele! Saudade de Deus é o desejo da alma de manter a inigualável convivência do paraíso. É o desejo de que o Espírito Santo confirme sempre com o nosso espírito dizendo-nos que somos filhos de Deus! É o desejo da alma de experimentar o frescor de um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus! É o desejo de ter logo um corpo glorificado para conhecer ao Senhor como de fato se é conhecido por Ele.

saudade de Deus 1Será que não tem faltado um pouco dessa saudade em nosso meio? Será que muitas vezes o povo de Deus não está convivendo relativamente bem com o mundo e os seus atrativos e deixando de sentir saudade do Senhor e de tudo o que Ele é? Será que não está faltando em nós a saudade do primeiro amor que sentimos por Deus, que nos levava a passar horas intermináveis aos seus pés?

“Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil.” Salmo 84.

Com saudades de Ti, Senhor!

Pr. Élio Morais

VISÃO DA URGÊNCIA

Publicado: maio 29, 2014 em Uncategorized

VISÃO DA URGÊNCIA

VISÃO DE COMPAIXÃO

Publicado: maio 29, 2014 em Uncategorized

VISÃO DE COMPAIXÃO

1604808_706077546103293_550312995_nAo começar escrever essas linhas para a última pastoral referente ao mês da família, de súbito, comecei a pensar na minha família, e a pensar naquilo que ela mais significa pra mim – o MEU MELHOR LUGAR DE REFÚGIO.

Quando pensamos em algum lugar para nos refugiarmos logo nos vêm algumas perguntas: Refugiar de quê? De quem? O quê nos ameaça? O que nos oferece risco? E tenho algumas respostas, sem dúvida. Estamos vivendo em um mundo muito estranho onde têm surgido situações que nos amedrontam e nos causam muita insegurança. Por exemplo, na penúltima quinta feira, aqui em nossa cidade do Recife, devido à greve dos policiais militares, nós vivemos um dia de medo e de terror. Vivemos um dia em que definitivamente seria um grande risco permanecer nas ruas! Lembro-me, então, que comecei a arrebanhar os meus filhos, a trazê-los pra casa e nos aquietamos no lugar mais prazeroso, mais seguro, mais carregado de amor – no lugar onde a paz e o amor do Senhor reinam sobremaneira.

Quando temos na família o nosso MELHOR LUGAR DE REFÚGIO, então nós teremos a Igreja do Senhor Jesus estabelecida em nossa casa também, eigreja quando isso acontece, invariavelmente, o nosso lar se torna lugar de reverência e adoração ao nosso Deus – o nosso lar vira templo do Senhor, o nosso lar demonstrará que é lugar de íntima comunhão entre os que nele habitam e ali reinará o amor cordial e fraternal!

No “lar onde Deus pode entrar”, o amor do Senhor deve correr livre, leve e solto entre aqueles que compartilham do ambiente familiar. A “alegria indizível e cheia de glória” e a “paz que excede todo o entendimento” devem ser marcas indeléveis na vida daqueles que estão debaixo do mesmo teto de refúgio.

As pessoas que tem a família como seu MELHOR LUGAR DE REFÚGIO sentirão uma segurança inabalável, porquanto essa família é fundamentada na Rocha Eterna, na Pedra Angular. Ela é edificada no Senhor, que é quem cuida dela, o selo dele está ali, o sangue dele foi aspergido nos umbrais das suas portas e o anjo devorador passa, mas não entra.

familia_e_igreja_(1)Conquanto haja inúmeras famílias que infelizmente não são bons lugares de refúgio, porque nelas a paz do Senhor não habita, nelas a inimizade e a discórdia são constantes e a comunhão entre os seus moradores é inexistente, a culpa não é de Deus. Pelo contrário, Deus ama a família, quer edificá-la, torná-la extensão da sua Igreja e fazer dela o MELHOR LUGAR DE REFÚGIO dos seus filhos.

Se você, querido leitor, ainda não pode dizer que a sua família é o seu MELHOR LUGAR DE REFÚGIO, que ela ainda não é a extensão da Igreja do Senhor, saiba que Deus está sempre pronto a ser o edificador dela. Verifique o que está errado, verifique o que está faltando, observe com sinceridade e convide o Senhor Jesus a efetivamente fazer parte dela.

Deus abençoe nossas famílias! Amém.

Pr. Élio Morais

NASCER DE NOVO É O QUE IMPORTA!

Publicado: maio 20, 2014 em Uncategorized

Nicodemos 2Nicodemos sempre me impressionou.

Alguns o chamam de “o discípulo secreto de Jesus. Ele era um homem correto, bem intencionado e parece que queria sempre que as coisas acontecessem da melhor maneira. Ele era muito observador e, invariavelmente, fazia a leitura correta de tudo e de todos – mas era homem, e tinha dificuldade para entender coisas espirituais, embora se interessasse muito por elas.

Por ser fariseu, membro do Sinédrio, e um dos principais dos judeus, provavelmente sua posição social e religiosa impunha-lhe certas restrições que somente o permitiriam aproximar-se de Jesus, de noite, quando ninguém, ou pouquíssimas pessoas poderiam vê-lo. E foi numa dessas aparições, que Nicodemos fez uma asseveração sobre o Senhor Jesus, achando mesmo que havia “inventado a roda”, e que iria impressionar o nosso Salvador, vejam:

– Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.

Podia ser que no coração cheio de boas intenções de Nicodemos houvesse um desejo de dar um bom “feedback” para o Senhor Jesus a respeito dos milagres que ele havia presenciado e, talvez, de certa forma estivesse até investigando. Poderia ser também que o seu desejo fosse de agradar simplesmente o Mestre ao dizer coisas tão óbvias, pelo menos para o Senhor Jesus.

Nicodemos me impressiona e talvez impressione outras pessoas, mas, definitivamente, não impressionou o Senhor Jesus com a aquela asseveração, pois em sua próxima fala o Mestre vai dizer algo totalmente incompatível com o que Nicodemos acabara de dizer, demonstrando-lhe que não ficou nenhum pouco encantado com a “importante” declaração dele, vejam:

– A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Acho incrível isso! Parece até que Jesus não havia entendido direito o que Nicodemos falara tal fora o distanciamento da resposta. O que terá a ver a afirmação de Nicodemos com essa afirmação de Jesus?

Nicodemos 1É que Jesus contemplara no coração cheio de boas intenções de Nicodemos, e nas suas amáveis palavras, que ali ainda prevalecia a compreensão do homem natural, do homem decaído, do homem que jamais poderia ver os feitos do poderoso Deus na dimensão do próprio Deus, ou seja, na dimensão espiritual. Senão vejamos: Primeiro. Se eram milagres, então, somente Deus podia fazê-lo – não há nenhuma novidade nisso. Segundo. Ao dizer para o Senhor Jesus essas coisas, isso não mudaria em nada a sua relação com Ele. Ou seja, o Senhor Jesus ao dar essa resposta para Nicodemos, trocando em miúdos, e até mesmo parafraseando-O, fê-lo na intenção de fazê-lo entender que o que ele estava dizendo ao reconhecer que ninguém faria aqueles milagres se não fosse da parte de Deus, nada mais era do que a interpretação correta daquilo que os seus olhos estavam vendo, apenas isso, e Jesus queria ver muito mais em Nicodemos.

Era como se Jesus lhe dissesse:

– Nicodemos, reconhecer e interpretar corretamente o que os seus olhos estão vendo não o fará ter uma relação comigo, nem com o Pai. O que mudará sua vida para sempre é nascer de novo, é ser nova criatura, é deixar de ser homem natural para ser homem espiritual.

Continuando, era como se Jesus lhe dissesse ainda:

– O que você acabou de me falar mostra, sim, que você tem algumas qualidades, mas isso não é o mais importante, Nicodemos. O fundamentalmente importante é que você precisa nascer de novo para, dentre outras coisas, parar de me procurar de noite, escondido, e buscar a minha face à luz do dia. Você precisa experimentar o novo nascimento para que eu possa ouvir da sua boca que eu sou o Salvador prometido, coisa que você ainda não se apercebeu.

E então, Nicodemos, agora, vai impressionar até o próprio Senhor Jesus, quando faz uma pergunta que chega a ser infantil:

– Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?

E o Senhor Jesus fica tão impressionado com a juvenil pergunta de Nicodemos, que chega a ser um pouco irônico com ele, vejam:

– Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas?

Quanta coisa aprendemos nesse surpreendente diálogo!

Jesus-e-NicodemosPensando em nossos dias precisamos reconhecer que nossas igrejas podem ter alguns Nicodemos. Podemos ter em nossas igrejas algumas pessoas que estão seguindo“secretamente” o Senhor Jesus, que estão até mesmo trabalhando para Ele e na igreja dEle, mas que faltam-lhes o absolutamente essencial: o novo nascimento. Podemos estar convivendo com pessoas cheias de “boas intenções”, mas que não compreendem, à semelhança de Nicodemos, que “IMPORTA NASCER DE NOVO.”

Quando ainda não há o novo nascimento, ser fariseu, mestre em Israel, membro do Sinédrio, nada disso nos dará olhos para compreendermos aquilo que Deus, de fato, quer que aconteça primeiramente em nós, porquanto, o nosso Deus não está TÃO interessado nas interpretações que fazemos dos seus feitos maravilhosos, QUANTO em que esses feitos nos direcionem para aquilo que deverá ser o nosso maior encontro: o encontro com Ele mesmo para que nasçamos de novo e tenhamos vida eterna. Isso é o que importa: IMPORTA NASCER DE NOVO!

Apenas a guisa de conhecimento é oportuno dizer, para surpresa de muitos, que o belíssimo versículo de João 3.16:“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito para que todo aquele nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” ,em que pese ser o versículo mais famoso da Bíblia, fora dito pelo Senhor Jesus ao surpreendente Nicodemos.

Soli Deo Gloria!

Pr. Élio Morais

SAQUES 7Nestas últimas semanas, em função da greve dos policiais militares no Estado do Espírito Santo, contemplamos cenas horríveis de baderna, saques e assaltos nas ruas. Nos vários telejornais pudemos ver adolescentes, jovens, senhoras idosas e, até mesmo mulheres grávidas invadindo as lojas da cidade e roubando aquilo que encontravam pela frente.

O que impressionou a muitos foi a percepção de que não se tratava de bandidos fazendo um assalto, mas, sim, de pessoas que, motivadas pela facilidade da oportunidade, provavelmente esqueceram de alguns valores que tinham e, ou, descobriram que não os tinham.

Daí surge-nos então a pergunta: A ocasião, de fato, faz o ladrão? O ser humano tem sim que corresponder a qualquer tipo de oportunidade? É verdadeira a afirmação de que mais cedo ou mais tarde todo ser humano mostrará a sua natureza decaída? O mau comportamento acontecerá inadvertidamente se a oportunidade for desmedidamente favorável?

SAQUES 2
Fosse isso verdade o que poderíamos dizer das pessoas que em meio aquela baderna toda manifestaram a sua decepção e a sua frustração com os atos de vandalismo e de selvageria? O que poderíamos dizer dessas pessoas que também estavam sendo alcançadas com a oportunidade, mas que se declararam totalmente contra aquilo que estava acontecendo? Elas não deveriam estar praticando os mesmos atos? O que as fazem diferentes? Porque uns entram no jogo e outros não?

Alguém disse com certa dose de sarcasmo que “A ocasião faz o furto. E que o ladrão já nasce feito.” Isso certamente fora dito para justificar o fato de que uns independentemente da oportunidade não cometem um delito, enquanto que outros sim.

Como pastor, saqueseu quero dar uma visão teológica desta situação que, confesso, mexeu comigo nesses dias e vou começar com uma afirmação do apóstolo Paulo, em sua carta aos romanos, no capítulo 2, versos 14 e 15:

“Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se.”

saques-1Entendo claramente que apesar das evidências inequívocas de que o homem é um ser decaído, que carece da glória de Deus, que pende para o mal sempre, que herdou do inimigo de Deus a sua natureza pecaminosa ao aceitar a sugestão de comer do fruto que Deus proibiu, esse mesmo homem acaba sendo indesculpável porque ele não é um bruto sem razão, ele não é um ser bestializado sem raciocínio, muito pelo contrário, ele fora feito a imagem e semelhança de Deus e, mesmo com a sua natureza decaída Deus o criou e lhe deu mecanismos para permitir que ele vivesse em comunidade e com condições de vida respeitosa entre os seus pares.

SAQUES 4 Facilmente observável é que nas culturas mais remotas e desprovidas de convívio e a influência de outros povos, e certamente eu estou falando de leis que regem outros grupos de pessoas, observa-se que mesmo entre esses que jamais tiveram contato com regras e preceitos a noção do que é certo e errado está sempre presente.

No texto que cito do apóstolo Paulo fica absolutamente claro que é inerente a este ser decaído, ou seja, existe dentro dele uma lei colocada por Deus que lhe dá condição de não ser refém da oportunidade. Há uma lei dentro de cada ser humano que, podemos dizer, é um juiz que não pode ser comprado, chama-se CONSCIÊNCIA e que fora colocada por Deus para que os homens vivam com um mínimo de vida respeitável em sociedade.

Jamais aquelas pessoas poderiam dizer que estavam fazendo aqueles saques porque a oportunidade foi muito maior que a capacidade deles de resistir! Aceitar tal afirmativa seria, de imediato, jogar a culpa no Deus criador, no Deus que legisla e condena os delitos cometidos.saques-3

Certa vez, o grande pensador e filósofo, Friedrich Nietzsche, disse o seguinte: “O medo é o pai da moralidade.” Jamais saberemos com certeza o que estava em sua mente quando ele afirmou isso, mas eu poderia dizer sim que há uma grande verdade nessa afirmação. Numa visão teológica, entendendo esse medo como o temor ao Senhor e aos seus princípios, e eu posso dizer, sim, que esse temor, princípio da sabedoria, muito provavelmente levou e levará muitas pessoas a não cederem jamais às suas concupiscências por causa da facilidade da oportunidade.

A ocasião jamais deve fazer o ladrão! Independentemente das pessoas conhecerem a Deus ou não, O reconhecerem ou não, acreditarem nEle ou não – todas são donas dos seus sentimentos, das suas reações, das suas decisões e por elas têm o ônus da responsabilidade.

Que Deus continue sendo misericordioso com o homem!

Pr. Élio Morais

impensável 5Tenho pensado muito sobre aqueles que não conseguem colocar limites naquilo que querem na vida!

Ao longo do tempo conheci algumas pessoas que, definitivamente, não conseguiram descobrir que chegaram infinitamente mais longe do lugar aonde jamais imaginariam chegar! Pessoas que, num passado não muito remoto, achariam maravilhoso e dariam por satisfeitas se chegassem a um milésimo da onde chegaram, mas, que, ao chegarem, não se aperceberam, e aquilo que fora impensável e inatingível tornara-se insignificante e desprezível!

Infelizmente, para o homem natural, esse estado de cegueira jamais terá fim, porquanto a Palavra de Deus afirma, categoricamente, o seguinte:

“O inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem.” Prov. 27.20.

O homem natural é um ser insaciável, constantemente insatisfeito com Deus, com o próximo e consigo. É um ser que está sempre querendo mais, sempre querendo o reconhecimento, o poder, a glória e a honra. Sempre querendo mais um dígito em sua conta bancária, mais um diploma na parede, e sempre querendo chegar ao topo de um lugar que, na maioria das vezes, ele nem sabe onde é, e dificilmente se aperceberá ao chegar.

Que os olhos do homem nunca se satisfazem não deveria ser segredo especialmente para aqueles que creem, conhecem a Palavra, e andam por ela! Por conhecermos a Palavra, esse laço maligno da insatisfação não deveria nos amarrar. Por conhecermos a Palavra, essa “esparrela” da insatisfação deveria encontrar em nós uma maior resistência, porquanto somos novas criaturas, lavadas, redimidas e regeneradas pelo sangue do Cordeiro!

Mas por que, então, tantos caem nessa armadilha nefasta? Por que, então, tem sido cada vez mais comum encontrarmos pessoas que não lidam bem com os seus desejos, sonhos e aspirações?

Entendo que o motivo seja a ignorância a respeito da incapacidade do homem natural de aceitar os limites impostos pelo Seu criador! Babel que o diga! (Gen. 11.4) Ali, na construção daquela torre, temos o primeiro exemplo da total volúpia do homem natural e do seu desejo de chegar a lugares antes inimagináveis!

impensável 3Quando não sabemos colocar limites aos nossos desejos, alvos e sonhos, pelo menos duas coisas aparecem como resultados ou características das nossas extravagancias: Ou somos extremamente REBELDES, ou somos extremamente INGRATOS, ou o que é pior, somos as duas coisas!

Esse homem natural e insaciável é um REBELDE por natureza, porque o desejo de ser igual a Deus ficou intrinsecamente ligado a ele após a queda! Desde então ele deseja ser conhecedor do bem e do mal, ele deseja tornar célebre o seu nome! Esse homem decaído é orgulhoso, pensa demasiadamente a respeito dele mesmo, e não coloca limite aonde quer chegar, porquanto limite jamais fará parte da vida de alguém cujos olhos nunca se fartam!

Esse homem natural e insaciável, por ser insatisfeito com o que tem, é também um INGRATO e jamais reconhecerá o favor do Criador!

Em uma de suas fábulas, Esopo, um grande sábio da antiguidade, 620 (a.C), conta a seguinte história de um cachorro insatisfeito:

“Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, de repente, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu. Ele não pensa duas vezes, deixando cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lançando sobre o animal refletido na água.”


impensável 7Pessoas insaciáveis, descontentes e insatisfeitas vivem presas às agruras do passado, jamais desfrutam do presente e, tampouco, vislumbram possíveis bênçãos do futuro, porquanto seus olhos estão fixos naquilo que não possuem.

Podemos afirmar com toda a certeza que jamais um homem insaciável reconhecerá que já tem o bastante! Alguém disse com muita propriedade que “…quem tem muito precisa de muito! E quem tem pouco precisa de pouco!” E outra pessoa disse também que “Rico é aquele que é satisfeito!” Há muita sabedoria nessas palavras!

Ao escrever esse artigo não pude deixar de pensar no grande apóstolo Paulo, o maior pregador dos gentios, um intelectual maravilhoso, um homem inteligentíssimo, membro das mais altas cortes, o maior escritor bíblico, que disse o seguinte:

“…aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” Fp. 4.11

Duro de aceitar, mas extremamente necessário dizer: Não se nasce satisfeito, nasce-se insaciável! Justamente, e por esse motivo, o apóstolo disse que teve que APRENDER a viver contente em toda e qualquer situação, e precisamos aprender com ele também!

Precisamos aprender que não somos mais os mesmos! Que não somos mais cidadãos deste mundo! Que o mundo passa e também as suas concupiscências! Precisamos aprender que, agora, como novas criaturas, temos toda condição possível para mortificarmos o velho homem e a sua natureza pecaminosa! Precisamos aprender, agora, que o os nossos inimigos antigos, o mundo, a carne e o diabo, não tem mais domínio sobre nós!

Positivamente, precisamos aprender que quando fomos alcançados pelo Senhor Jesus, “a pérola de grande valor” (Mt. 13.46), fomos enriquecidos nEle e por Ele! Fomos feitos novas criaturas e aqueles que outrora nasceram do pecado, agora são nascidos do Senhor Jesus e alcançados com a Sua suficiência! É por isso que Ele mesmo vai dizer em alto e bom tom:

“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo. 4.14

Precisamos agir como agiu aquele grande mercador, da parábola que o Senhor Jesus mesmo contou, que ao reconhecer a GRANDE PÉROLA vendeu tudo, abandonou tudo, e concentrou os seus olhos e o seu coração no seu maior tesouro!

impensável 1Somente agindo assim colocaremos limites naquilo que queremos para as nossas vidas e assumiremos a maravilhosa postura do apóstolo Paulo, quando disse:

“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” Fp. 3. 8-11

Que o Senhor Jesus nos abençoe!

Pr. Élio Morais

fracasso 1Recentemente, vivi uma experiência que me marcou profundamente, causou-me espécie, e me provocou uma reflexão sobre a amplitude da nossa natureza decaída.

É que eu presenciei um diálogo e, naquele momento, não pude deixar de constatar um certo brilho nos olhos de alguém que acabara de ouvir sobre um hipotético fracasso de uma pessoa, um amigo em comum. Daí comecei a refletir sobre pessoas que se satisfazem com o insucesso dos outros.

Antes que você pense que esse feio e perverso sentimento só poderá brotar de corações totalmente desprovidos de qualquer virtude, de pessoas que vivem à margem, e que jamais poderiam fazer parte do seu convívio, quero de antemão dizer que você e eu, infelizmente, temos um coração assim, totalmente sujeito a sentimentos nem um pouco nobres, nem um pouco recomendáveis.

A satisfação com o insucesso alheio tem provocado no inconsciente coletivo a ideia de que se é melhor do que o outro, de que se é mais bem resolvido, de que se chegou lá, enquanto o outro retrocede. E, pasmem, por mais perverso que seja esse sentimento, parece que ele causa prazer e é estimulante, daí o brilho nos olhos que vi.

Estou certo de que o Senhor Jesus contemplava isso nos corações dos seus filhos quando os exortou a desejarem para os outros todo o bem que desejavam pra si mesmos.

Esse, sem dúvida nenhuma, é um grande desafio proposto por Aquele que se fez de fracassado para que os realmente fracassados tivessem alento e esperança de uma vida melhor aqui neste mundo e no porvir.

Digo que é um grande desafio, porque ao encará-lo, automaticamente, estaremos encarando outros desafios, porque antes de cumprirmos esse precisaremos ter os sentimentos de Cristo, precisaremos ter o coração dEle, e para ter o Seu coração precisaremos deixar que o Espírito dEle opere isso em nossas vidas.

O dia em que os cristãos, de fato, descobrirem a grandeza do “…Cristo em vós, a esperança da glória”, descobrirão então que sentimentos como desejar o sucesso do outro, antes tão utópicos, começarão a fazer parte do seu dia a dia.fracasso 2

Desejar o melhor, primeiramente, para o meu próximo é sentimento totalmente impossível para o homem natural, para o homem decaído, para o homem sem Deus!

Qualquer sentimento altruísta desejável esbarrará, invariavelmente, na incapacidade do ser decaído de sentir prazer com aquilo que acontece de bom que não seja com ele mesmo, ou com pessoas diretamente ligadas a ele por laços de afeto e ou interesse! É duro de ler, é duro de saber, mas é verdade segundo a Palavra de Deus!

Entendo perfeitamente a frustração do apóstolo Paulo quando ao contemplar as tendências nefastas do seu enganoso coração, arrefeceu: “O bem que eu quero fazer, não faço; o mal que não quero fazer faço.” Uma guerra interior sem precedentes é travada na sua mente e no seu coração!

Análogo a isso, me vem a lembrança recente de uma cena que contemplei de um amigo, com os seus sessenta anos de idade, ao jogar uma partida de futebol. Era muito fácil perceber as jogadas que a sua mente gostaria de fazer, mas que não era correspondida pelo seu corpo já cansado pela idade. Facilmente percebíamos a intenção do homem interior de fazer uma bela jogada, mas com a mesma facilidade percebíamos a incapacidade do seu corpo em operá-las.

Mas, se para o meu amigo não havia solução, não posso dizer o mesmo sobre o querido apóstolo Paulo e sobre os cristãos que querem ter prazer nas coisas virtuosas da vida, pois Paulo, ao contemplar essa guerra no seu mundo interior, já tem a resposta mais animadora, mais consoladora, ele vai dizer em letras garrafais, ele vai dizer em alto e bom som:fracasso 6

“Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.”

Paulo aqui reage com grande eficiência ao tratar dessa complexidade, desse grande conflito, e diz: Graças a Deus por Jesus Cristo! Graças a Deus por tudo o que Ele fez por mim! Graças a Deus porque quando cri nEle eu passei a ser habitado pelo Espírito Santo! Graças a Deus porque aquilo que era impossível para minha carne fazer, aquilo que era impossível para eu fazer na minha própria força, não é impossível, nem difícil para o Espírito Santo fazê-lo através de mim!

Agora posso fazer o bem que quero! Agora posso deixar de fazer o mal que não quero fazer, porque todo aquele que crê no Senhor Jesus Cristo como Seu Único e suficiente salvador Deus o reveste com o Espírito Santo e o vivifica para uma nova vida! Aquele que creu em Cristo é nova criatura, as coisas velhas passaram, tudo se fez novo! Aquele que creu em Jesus Cristo entra na dimensão da vida que Cristo viveu aqui nesse mundo! Não é mais escravizado pelo mundo! Não é mais escravizado pelo inimigo de Deus e das nossas almas, e, tampouco, pelas suas próprias vontades!

Por isso Jesus Cristo disse certa vez:

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Se me amais, guardareis os meus mandamentos.  E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,  o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.” Joa. 14. 12-17fracasso 1

Por isso Deus disse no livro de Ezequiel:

“E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”. Eze. 36. 26-27

Em Cristo, um leque de possibilidades se descortina, pois o quanto dependermos dEle será o tanto de sentimentos que brotarão dos nossos corações!

O segredo da vida cristã vitoriosa e de se ter satisfação com o sucesso e não com o fracasso dos outros? “Cristo em vós, a esperança da glória!” Não somente sermos habitados pelo Espírito Santo, mas, andar nEle e ser dirigido por Ele!

Que linda perspectiva de vida!

Pr. Élio Morais

CONHECIDOS DE SI MESMOS

Publicado: fevereiro 21, 2014 em Uncategorized

ImagemNão tem sido difícil relacionarmos com pessoas que definitivamente não se conhecem, que definitivamente ainda não se aperceberam das suas qualidades, defeitos, virtudes e nuances que as fazem seres únicos, e que precisam de uma leitura correta, quase como um manual, para se viver bem nessa vida!

Talvez a fonte da maioria dos problemas que temos seja o desconhecimento de nós mesmos; seja o fato de nunca termos parado para nos descobrirmos!

Muito provavelmente o enfrentamento do EU seja, infelizmente, a batalha que mais abominamos, que mais adiamos, mas que, sem dúvida, mais necessitamos.

A renomada escritora francesa Anais Nin, disse com muita propriedade:

“Não vemos as coisas como SÃO, vemos as coisas como SOMOS.”

Isso, de fato, é tão verdade, quanto absolutamente importante de considerarmos. Essa frase da escritura combina com a afirmação do Senhor Jesus, o Mestre dos mestres, o maior educador que o mundo já conheceu, o maior influenciador da história, quando vai dizer, no Evangelho de Mateus 6:22: 

“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons,todo o teu corpo será luminoso.”Imagem

Partindo do pressuposto de que não vemos as coisas como são, mas como somos, então é extremamente importante e necessário que nos conheçamos, que nos enfrentemos, que procuremos fazer os ajustes necessários, pois daí em diante a nossa leitura, especialmente no mundo das relações, será em decorrência daquilo que somos e não daquilo que as coisas são de fato, e jamais queremos errar nisso, tampouco poderemos errar em algo que poderá ser fator determinante da nossa felicidade.

Não nos conhecermos de fato e de verdade é nos permitir incorrer no risco de filtrarmos erroneamente e corrompermos tudo o que nos chega nesta vida. Não nos conhecermos gerará uma grande insegurança em nós mesmos, porquanto haveremos de conviver sempre com a incerteza de que algo que nos chegou ou que está acontecendo pode não ser, de fato, da forma como estamos vendo ou recebendo.

Um outro lado dessa história é que uma pessoa que não se conhece é uma pessoa que, invariavelmente, é conhecida dos outros e ouvirá desses as verdades sobre si mesmas, que chegarão em dimensões e formas que provavelmente fugirão do seu controle.

Penso que seria muito mais saudável, e muito menos traumático se descobríssemos por nós mesmos, fruto de uma viagem introspectiva e bastante honesta, quem somos, o que somos, os traumas que tivemos, coisas tristes e alegres que nos marcaram na infância, as perdas que tivemos, os sofrimentos que passamos, coisas importantes que provavelmente nos influenciam na concepção que temos de mundo, de pessoas e de relacionamentos.Imagem

Adiar o momento de nos conhecermos melhor, de nos enfrentarmos, e de sobrevivermos a esse encontro talvez seja a coisa mais insensata que fazemos. Gosto muito de uma frase do competentíssimo psicólogo Carl Jung, que disse:

O que não enfrentamos em nós mesmos acabaremos encontrando como destino.”

Verdade! Absolutamente verdadeira essa afirmação! A vida jamais nos poupará desse enfrentamento! Não somos senhores do amanhã, e não temos nenhum controle sobre ele! Mas somos senhores dos nossos sentimentos e das nossas reações, e devemos ter a maturidade necessária para tomarmos essa que poderá ser uma das decisões mais importantes da nossa vida, e que poderá determinar o nosso sucesso em áreas importantes da nossa existência.

Sou o capitão da minha alma, como disse Nelson Mandela, sobre não se envenenar com os ressentimentos das injustiças que lhe causaram. Porque ele disse isso? Porque não adiou o enfrentamento do eu! Não adiou aquele momento mais honesto de uma pessoa ter consigo mesma: o de se aperceber defeituoso, o de se aperceber com um histórico não muito bem recomendável, o de se aperceber pessoa decaída, mas com amplas possibilidades de prosseguir, principalmente porque não é um desconhecido de si mesmo, e porque verá as coisas como de fato são.Imagem

Ainda Carl Jung vai dizer algo muito interessante:

“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.”

É bom sonhar! De fato, é bom sonhar! Mas, quando contemplo o mundo das relações interpessoais, quando contemplo a importância de se fazer uma leitura das coisas como realmente elas são, então, quero olhar para dentro, quero me despertar, quero ser conhecido de mim mesmo, quero essa viagem que me fará concluir que sou um ser humano totalmente capaz de me interagir numa relação saudável com o meu próximo!

Até breve!

Pr. Élio Morais

UM HOMEM INESQUECÍVEL

Publicado: dezembro 12, 2013 em Uncategorized

ImageUm homem inesquecível! Foi assim que um jornalista renomado denominou o queridíssimo Nélson Mandela.

Falar que alguém é inesquecível é elogiá-lo com o maior dos elogios, sem duvida nenhuma!

Um homem se torna inesquecível por causa dos seus grandiosos feitos, por causa da sua bravura, por causa da sua luta em prol dos outros, por causa dos seus ideais revolucionários e, no caso de Mandela, em minha opinião, por causa da sua capacidade de perdoar.

Que homem foi esse! Ele não se permitiu envenenar-se com a mágoa e o ressentimento! Ele não se permitiu estagnar-se na lamuria, no lamento e na murmuração, que são úteis apenas para construir uma parede de pedras em volta do coração.

Ao contrário, ele fez da perseguição, da critica e da injustiça, degraus para chegar aonde sempre desejou: à convivência num mundo mais justo, ainda que isso demorasse vinte e sete anos contemplados por detrás das grades.

“Sou o capitão da minha alma”, disse ele certa vez! Era como se ele dissesse também: Sou dono dos meus sentimentos e das minhas reações! Não sou refém daquilo que tentam fazer comigo, apesar de sentir na carne e na alma as dores do intento! Sei aonde quero chegar e como fazê-lo! Estou consciente dos obstáculos que me são impostos com o intuito de me tirarem o foco.Image

Quando o homem mais importante do planeta, Barack Obama, diz que jamais poderia ter chegado aonde chegou sem a influência de Mandela, podemos ver um pouco da magnitude do legado desse homem!

Com a sua morte o mundo contemporâneo perde um grande referencial de luta contra as desigualdades. Nélson Mandela foi um ícone da luta contra o “apartheid”, mas, sobretudo, foi um exemplo de homem destemido, bravo e manso ao mesmo tempo.

Nunca o valor de um homem foi tão desmistificado como na pessoa de Mandela, mostrando que homem que é homem leva, sim, desaforo pra casa! Homem que é homem sofre, sim, todo tipo de injustiça sem revidar jamais! Homem que é homem não se ressente do mal! Homem que é homem sofre o dano, perdoa e segue sem perder o alvo e a ternura.

Tenho pensando muito sobre o legado que deixamos para os nossos filhos, nossos amigos, nossos seguidores, e até mesmo pessoas que nem conhecemos, mas, de alguma forma, nos admiram.

Tenho pensado muito sobre o que dirão de mim quando eu não estiver mais aqui para falar de mim mesmo e apenas o que eu deixei de atitudes, reações, pensamentos, afirmações, erros, acertos e sentimentos é que falarão.

Não ser guiado por ressentimentos e mágoas talvez seja o grande desafio dos homens de valor de qualquer época! Não ser contaminado pelo vírus da vaidade, que desencadeia em todo tipo de corrupção, provavelmente seja o maior desafio de qualquer ser humano!Image

Voltando a Mandela, sempre o admirei demais, nem tanto pelos vinte e sete anos injustamente gastados na prisão, mas, sobretudo, pela sua capacidade de administrar a gloriosa volta por cima, como presidente da nação que o oprimira, mas sem jamais dar o troco!

Agora, sim, entendo o que o apóstolo Paulo quis dizer quando falou assim aos filipenses:

“Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez.” (Fp 4:12)

Há uma riqueza de sabedoria em saber ser honrado! Pouquíssimas pessoas, apenas as INESQUECÍVEIS, sabem ser honradas, sabem lidar com o poder de forma amorosa, doce e moderada!

Apenas as pessoas INESQUECÍVEIS saberão administrar o poder, a honra e autoridade que lhe são conferidos, depois de anos sendo injustiçadas e envergonhadas, de uma forma que lhe permitam prosseguir fazendo o bem e buscando favorecer inclusive àqueles que foram cruéis consigo.

Não poderia terminar esse artigo sem me referir a Alguém absolutamente INESQUECÍVEL, que soube como ninguém administrar o poder, a honra e a glória, o Senhor Jesus, o Deus encarnado.Image

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp. 2.5-11)

Pr. Élio Morais

A INCOMPLETUDE DO HOMEM NATURAL

Publicado: dezembro 3, 2013 em Uncategorized

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Nesses dias estou meditando na epístola de Judas, irmão de Tiago, e meio irmão de Jesus. Todos deveriam meditar nesta carta, que tem apenas um capítulo e vinte e cinco versículos.

O autor fala essencialmente do homem sem Deus, do homem natural, do homem totalmente desprovido de qualquer capacidade que o leve a se interessar pelas coisas do Senhor.

Esse homem, segundo Judas, “…..é como nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas; ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre.” (vs. 12 e 13)Image

Pensando na incompletude do ser, esse homem é alguém que não é. Ele é um ensimesmado reinando de um trono que ele mesmo criou, de um reino que ele não tem, para governar algo que não pode. Ele não tem as rédeas de si mesmo. Ele não tem um freio que lhe proteja. É fera desgovernada, perigosa, impulsionado por sentimentos sem nenhuma nobreza.

Ao ser entregue a si mesmo, por Deus, esse homem vagueia por oceanos profundos de uma razão que ele desconhece,  de um raciocínio sem parâmetro, de conceitos sem fundamentos, que o levará a decisões desconexas, sem base solida, e desprovidas de qualquer motivo construtivo.

Nessa convivência conflituosa, doída e confusa do ser incompleto, destituído da imanência e transcendência que lhe faltam, justamente os desdobramentos desta incompletude poderão levá-lo ao reconhecimento de que o abismo que tem no coração, traduzido em um grande vazio, tem exatamente tamanho e dimensões do Deus do qual jamais deveria ter perdido o vínculo e a comunhão.

ImageNeste descobrimento libertador, esse ser incompleto imerge numa viagem sem precedentes. Numa viagem dos sonhos. Numa viagem que durará para sempre e sempre será recheada das melhores surpresas, cores, sons e imagens: Ele é alcançado por Deus. É Adão voltando ao paraíso. É a criatura voltando ao Criador. É a fera voltando a ser homem. É o pródigo voltando ao lar. É Jacó se transformando em Israel.

É o fim da escuridão e das nulidades. É o raiar de um novo dia. Image

É Abel e não Caim. É Ló e não Sodoma. É a pureza no lugar da promiscuidade. É Paulo e não Saulo. É o cair do cavalo na estrada de Damasco. É Epafrodito e não Diótrefes nem tampouco Alexandre, o latoeiro. É vida e não morte. É Espírito e não carne. É salvação e não perdição. É o fim da tirania e da escravidão.

Reconhecer a condição decaída do homem natural, e sua total impossibilidade de se achegar a Deus, contrastando com o que ele pode se transformar ao ser alcançado com o Evangelho deve motivar todo cristão a se engajar no precioso ofício da proclamação das boas novas. Reconhecer isso talvez seja justamente o item faltante que disparará o gatilho motivador do envolvimento com a pregação.

ImageO homem natural não pode morrer nos seus delitos e pecados – isso seria o fim, isso desencadearia na temida segunda morte. O homem natural precisa sair desse estado que o deixa absolutamente separado de Deus. Há esperança para ele – o Evangelho, que é o poder de Deus para salvação de todo o que crê.

Que o Senhor nos desafie!            

Pr. Élio Morais

CHORO, ESSE GRANDE ALIADO!

Publicado: novembro 22, 2013 em Uncategorized

TRISTE 9Outro dia vi um vídeo cujo título era: “O bebê mais dramático do mundo”. Muito engraçado aquele bebê! Na medida em que sua mãe avançava do lugar aonde estava, ele caminhava um pouquinho, se aproximava dela e se jogava ao chão, aos prantos. Provavelmente, pela conveniência da filmagem (os pais faziam questão de não atende-lo, a fim de mostrar o quanto estava engraçado), parece que o choro daquele bebê não estava funcionando muito bem, mas, invariavelmente, funciona sim, e o choro pode ser um grande aliado – que o digam os bebês mesmo, pois com o choro eles se manifestam e recebem o socorro, o amparo, o afeto e o alimento tão necessários para que sobrevivam.

Muitos adultos não são afeitos a essa prática e resistem o quanto podem, talvez porque foram criados para “engolir o choro”, frase tão comumente usada em nossa querida região nordeste, ou porque aprenderam erroneamente que há um quê depreciativo no choro.

Mas insisto em que ele pode nos ajudar muito e que pode ser um grande aliado!choro_tristao

Eu choro porque estou sofrendo por algum motivo, e isso é prova inconteste de que há vida em mim, de que não estou inerte, nem inatingível ou inacessível, e o sofrimento manifestado pelo choro faz parte do doloroso e necessário processo do amadurecimento do ser.

Ao chorar sou lembrado que não somente estou vivo, mas que estou ocupando espaço, que há vida transbordante em mim, vida que dói no corpo ou na alma, mas que me amadurece, me aperfeiçoa, e me leva a procurar alternativas ou soluções para a infligente dor.

Quando choro extravaso minha dor – eu a divulgo! Quem estiver próximo de mim saberá e provavelmente me ajudará. Quem ouve o meu choro poderá usar de compaixão comigo, poderá oferecer o ombro e eu me recostarei e suspirarei baixinho. Mas se choro sozinho, no recôndito, então somente Deus estará vendo; e ali eu posso abrir meu coração e confidenciar-lhe minhas dores.

triste 1A bênção do choro é que ele não é para a vida toda – ninguém chora uma vida inteira! Biblicamente falando, o nosso choro pode ser fruto de uma leve e momentânea tribulação, que poderá render glória para Deus e muita experiência para o coração sofrido. Eu estou certo de que muitas alegres manhãs são precedidas de uma noite de choro, de sofrimento e de angústia, e o rei Davi, no Salmo 30, verso 5, pôde divulgar isso de uma forma muito clara e muitíssimo poética, vejam:

 “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.”

Ele escreveu isso num contexto de profunda dor e sofrimento, e certamente chorava ao fazê-lo! No início do salmo ele diz que Deus tirou a sua alma da cova, mas, no final, ele diz que Deus afastou dele a tristeza, transformou o choro em regozijo, e o cercou de alegria!  O fato é que não era fácil a situação do rei Davi e o seu choro enterneceu o coração de Deus, evocou o Seu agir misericordioso, e a compaixão do Senhor operou de uma forma maravilhosamente linda – o choro pode ser um grande aliado!

Há uma frase atribuída ao cantor e compositor Renato Russo, que diz assim:

Eu não sei se chorose sumo ou se finjo que estou bem.”

De fato, não sei em que contexto ele compôs essa música, mas lamento profundamente a dúvida dele, pois as demais alternativas não eram legais e tampouco resolveria o seu problema! Sumir de alguma forma jamais foi solução para nada! Fingir que está bem é a procrastinação do enfrentamento de um problema que poderá piorar, e muito! Mas chorar, sim, seria a decisão correta principalmente se esse choro viesse acompanhado de um olhar sincero, introspectivo, imparcial e corajoso.triste 3

Salvo quando há uma dissimulação, o choro sempre vem acompanhado do quebrantamento, tão necessário para o nosso aprimoramento e condição essencial para o enfrentamento daquilo que está entristecendo nossa alma. Mormente a intensa dor, o produto será o amadurecimento que gerará frutos sadios no futuro.

“Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.”(Salmo 126.5)

Sim, o choro pode ser um grande aliado!

Chore!

Pr. Élio Morais

A DIFÍCIL ARTE DA CONVIVÊNCIA

Publicado: novembro 11, 2013 em Uncategorized

equipaRELACIONAR BEM É UMA ARTE. Sei que começo essa minha reflexão com um chavão.

Essa frase é lugar comum em qualquer roda de discussão: Seja na mesa de um bar, num grupo de trabalho, num debate, num estudo de caso, essa frase sempre aparece e, invariavelmente, num tom quase de impossibilidade da realização!

De fato, não é tarefa fácil a convivência entre pessoas, pois cada um de nós traz consigo históricos muitíssimos diversificados.

Alguns passaram por traumas e situações inimagináveis; outros nem tanto assim. Alguns tiveram o benefício do afeto, da atenção e do cuidado; outros tiveram a desventura do abuso, do descaso e da falta de amor. Alguns tiveram uma infância com momentos inesquecíveis; outros tiveram infâncias que jamais querem se lembrar.

Então, com esse “filme” impregnado em nossa mente, de modo consciente ou não partimos para uma das mais árduas lutas da vida: Conviver bem com outras pessoas! E aí começam nossas batalhas no afã de adaptarmos nossas histórias aos relacionamentos e às convivências que teremos ao longo do tempo.

Interessante que nós não queremos, nem suportamos a ideia de não nos relacionarmos, e jamais poderíamos prescindir dos relacionamentos, pois fomos feitos para isso, ganhamos inteligência de Deus para isso, e jamais sobreviveríamos sem eles.portinari

Nessa batalha para o bom relacionamento INTERPESSOAL estou certo que lograremos grande êxito se considerarmos um aspecto muitíssimo importante: o relacionamento INTRAPESSOAL, ou seja, a relação conosco mesmos – uma relação onde nos aprofundamos no conhecimento de nós mesmos.

Está é uma relação de fora para dentro como que imergindo, de uma forma bastante honesta, no próprio ser. Ao fazê-la, seremos levados, seguramente, ao descobrimento de nuances da nossa história que, devidamente trabalhadas, compreendidas e perdoadas, jamais servirão de empecilho para aquilo que queremos em nossos relacionamentos: aceitação e feliz convivência.

Nessa “viagem” para dentro de nós mesmos poderemos colher excelentes resultados, e um deles poderá ser a descoberta de que estamos filtrando nossas relações a partir daquilo que sofremos, somos ou vivemos. Também poderemos descobrir que estamos projetando no outro aquilo que gostaríamos de ser.

O grande benefício dessa imersão honesta na relação conosco mesmos é que os nossos descobrimentos nos farão mais longânimes com aqueles que convivemos e relacionamos, pois fatalmente haveremos de admitir que as pessoas que vemos todos os dias também estão em luta com suas histórias, que muitas vezes não contribuem positivamente para as suas relações INTERPESSOAIS.

7-Comunicaçao-Segundo o competentíssimo psicólogo americano, Daniel Goleman, num artigo publicado pela Revista Isto é, “Quanto maior a capacidade de identificar os nossos sentimentos e dos outros, de nos motivar e gerir bem nossas emoções e relacionamentos, maior o coeficiente de inteligência emocional.”, tão necessária para os nossos dias.Imagem

O fato é que somos SERES EM CONSTRUÇÃO. Somos edifícios inacabados!  Somos pessoas que estão passando por um processo que, se tivermos boa vontade, especialmente com o outro, veremos um excelente produto final.

Estou certo que somente nessa perspectiva teremos relacionamentos mais saudáveis: na perspectiva da certeza de que sempre haverá a possibilidade para o crescimento, a aceitação e a melhora.

Que possamos ter em nós mesmos, primeiramente, essa expectativa, e que ela produza em nós paciência, boa vontade e otimismo em relação àqueles que convivem conosco.

Pr. Élio Morais

MENTIRA

Publicado: outubro 17, 2013 em Uncategorized

mentira1A mentira sordidamente diz que o certo é errado, que o verdadeiro é falso, que o bonito é feio, que o bom é mau, que a luz é treva, que o doce é amargo, e que a vida é morte.

A mentira impõe dúvida, deturpa, mancha, contamina e destrói – ela é sórdida assim como o seu pai o é.

A mentira traz tristeza e destruição desde que o mundo é mundo, e no seu rastro as consequências são devastadoras. Quando a Palavra de Deus diz que o diabo, pai da mentira, mente desde o princípio, é simplesmente porque ele se tornou diabo desde que mentiu pela primeira vez para os anjos, dizendo que seria possível ser igual a Deus.

Talvez um dos maiores problemas com a mentira seja o fato de não faltar quem acredite nela. É isso mesmo, não faltam seguidores para os mentirosos. Um mentiroso sempre encontrará um ou mais que queiram segui-lo. Foi assim quando Satanás ainda era Lúcifer: ele conseguiu arrebanhar uma multidão de anjos para correrem atrás da mentira.

Portrait of Anais Nin taken in NYC in 70s by E...

Portrait of Anais Nin taken in NYC in 70s by Elsa Dorfman (Photo credit: Wikipedia)

Segundo a escritora francesa Anais Nin“A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros”.

Essa declaração é reveladora, pois devemos observar que se trata de uma imagem idealizada e não uma imagem real daquilo que somos.

Muito provavelmente, o mentiroso é alguém que não conseguindo satisfazer-se com o que é ou com o que faz, adota a mentira não somente como rota de fuga de sua infeliz realidade, mas como um meio de vida que atenua suas dores e frustrações, especialmente nas relações com outras pessoas.

Muitos seres humanos são afeitos às mentiras porque ilusoriamente elas lhes facilitam a vida. Quando alguém cogita do recurso da mentira, este tem em suas mãos um poderoso instrumento de manipulação que, a princípio, o fará sentir-se dono das situações, um verdadeiro deus mesmo, mas não sabe o mentiroso que os seus dias de engano e destruição estão absolutamente contados, pois enveredar-se pelo caminho da mentira é seguir pelo caminho da derrota, pois o maior aliado do mentiroso é e já está derrotado.

English: Egg Tempera on Canvas

English: Egg Tempera on Canvas (Photo credit: Wikipedia)

O famosíssimo filósofo e ensaísta inglês, Francis Bacon, considerado o fundador da ciência moderna, também disse algo impressionante sobre a mentira:

“A mentira revela alma vil, espírito apoucado e caráter viciado”.

Não é sem motivo, portanto, que quem mente desagrada profundamente ao Deus de toda Verdade e Consolação, pois quem mente está fazendo aquilo que o inimigo de Deus e de nossas almas faz desde o princípio.

Mas a mentira não é sórdida e cruel apenas com aqueles que foram vitimados por ela, não. Ela o é muito mais para aqueles que dela fazem uso, pois os que são vítimas da mentira tem Aquele que é verdadeiro e que traz luz sobre todas as coisas como um aliado, ao passo que o que mente O tem como Juiz.

Ela também é cruel para com os que dela fazem uso, porque ela escraviza e impõe um terrível jugo sobre os seus usuários, uma vez que dar manutenção a uma mentira é penoso, humilhante, cansativo e fator desencadeante de grandes ansiedades, pois batalhar contra uma consciência pesada não é, e jamais será uma batalha fácil.

Um homem muito importante e influente nos séculos recentes, Padre Antônio Vieira, filósofo e escritor português, disse algo tremendo sobre esse assunto:

“Para não mentir, não é necessário ser santo, basta ser honrado, porque não há coisa mais afrontosa, nem que maior horror faça a quem tem honra, que o mentir.”

Não lucra nada quem mente! Talvez, por isso, a maravilhosa afirmação do Senhor Jesus:

“…e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Se a mentira é escravagista, a verdade é libertadora!

Jesus é a Verdade!

Pr. Élio Morais

DOS MUITO SATISFEITOS CONSIGO MESMOS

Publicado: setembro 18, 2013 em Uncategorized

happinessQuem, de alguma forma, já não tentou fugir de si mesmo?

Quem já não ficou tão insatisfeito consigo que não pensou em fazer as malas e ir para bem longe do seu próprio eu? Apenas Narciso, e isso é um mito, gostou tanto dele que até se apaixonou por si mesmo; e Lúcifer, que gostava tanto de si que achou mesmo que poderia ser igual ou superior ao próprio Deus.

Embora consciente das controvérsias, estruturarei meus argumentos na premissa de que alguém que está muito satisfeito consigo mesmo poderá, na verdade, estar vivendo uma fantasia sobre o seu próprio eu!

Comumente, pessoas satisfeitas com o eu próprio tendem a achar que o mundo não conseguirá ir para frente sem elas! Essas acharão que em qualquer setor de atividade suas faltas farão com que nada acontecerá direito. Elas condicionarão o sucesso ou o fracasso de qualquer empreendimento se fizerem ou não parte deles!

De modo trágico, quem está muito satisfeito consigo pode não ser, de fato, alguém que é conhecido de si mesmo! Este poderá, de maneira súbita, descobrir características e nuances de alguém que ele julgou nunca ter sido, e será trágico, sim, porquanto essa pessoa poderá não saber lidar com o lado obscuro, imperfeito, e decaído do ser, que sempre estivera ali e, o que é pior, sempre fora conhecido dos outros.

O grande escritor e ensaísta americano, Ralph Waldo Emerson, em uma de suas publicações, disse algo absolutamente interessante sobre essa revolta interior, sobre essa insatisfação com o eu próprio, notem:

“Faço as malas, abraço os amigos, embarco em um navio e finalmente acordo em Nápoles; e ali, ao meu lado, vejo o Fato Sombrio, o Eu Triste, implacável, idêntico, do qual eu fugira.”

Ele deixou os amigos e foi para Nápoles empreendendo uma fuga de si mesmo e é obrigado a enfrentar a dura realidade de que o seu eu o acompanhou!

A expectativa de que no “lugar dos sonhos” encontraremos satisfação conosco mesmos é romântica, ilusória e mentirosa até.

Parecerá infantil e simplista dizer, mas, aonde formos ali encontraremos nós mesmos! Sempre levaremos conosco o nosso eu, e essa verdade poderá ser a maior tragédia na vida de um ser humano que não a compreende!

Não admitir a fragilidade e a vulnerabilidade do eu próprio, e que ele precisa ser conhecido, enfrentado e trabalhado fará com que troquemos de amigos, de relacionamentos, de lugares, de profissão, na esperança de que a satisfação interior surja dessas mudanças!felicidade

Mas insisto! Aonde formos encontraremos nós e as nossas imperfeições, nós e os nossos maus hábitos, nós e o nosso egoísmo, nós e as nossas deformações horrorosas!

Mas e aí? Será que não haverá jeito para nós? Será que somos um caso perdido?

Não para o nosso Deus, que sabe exatamente como Ele criou os nossos primeiros pais, que sabe exatamente como seríamos não fosse a queda deles, e que sabe exatamente qual o projeto que Ele tem para nós em Cristo Jesus.

Para Deus, agora, somos seres em construção! Em Cristo Jesus nossas possibilidades se descortinam de uma forma esplendorosa, porquanto, nEle, o nosso eu próprio pode ser completamente reestruturado!

É por isso que o apóstolo Paulo, aquele que disse “desventurado homem que sou”, aquele que disse que “não fazia o bem que queria”, mas o “mal que não queria” – pense num ser estranho e imperfeito esse, ele vai dizer, ou melhor, ele vai bradar:

 “…logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Gl 2:20

Esse “Cristo vive em mim” significa dentre outras coisas, que a despeito das deformidades do nosso eu seremos orientados, dirigidos e usados por Aquele que tem toda habilidade em pegar vasos defeituosos, colocá-los novamente na roda, e transformá-los em utensílios úteis e belos para a Sua glória.

Agora sim, conhecendo nossa fraqueza e reconhecendo as possibilidades que temos em Cristo, antevemos uma longa jornada para percorrermos na certeza de que avançaremos com sucesso, pois o nosso eu cheio de deformações será transformado por Aquele que não tem nenhuma, e tem, sim, poder para operar a despeito das nossas.

Finalizando, poderíamos dizer que a satisfação com o nosso eu próprio somente será saudável se ela advém ou é resultado da operação transformadora do Espírito Santo de Deus em nossas vidas.

“Posso todas as coisas nAquele que me fortalece”.

Pr. Élio Morais

SOBRE A DEPRESSÃO

Publicado: agosto 28, 2013 em Uncategorized

ImagemLidar com a dor da alma de uma ovelha, talvez seja para um pastor o ofício mais penoso do sacerdócio! Não raro após uma visita, por mais que tenhamos nos esforçado, é muito doloroso deixar a ovelha envolta numa tristeza sem fim, e num sofrimento que, parece, jamais acabará!

Nesse universo materialista e instantâneo em que vivemos, lidar com o subjetivo e o transcendente tem sido um desafio cada vez maior. Não estou certo da opinião de outras pessoas, mas, parece-me que o sentimento de impotência tem sido uma marca na vida daqueles que lidam com os que sofrem de depressão. Obviamente, os profissionais que atuam com pessoas deprimidas por ausência de algum componente químico no organismo e, ou, herança genética, ou deficiência hormonal obtém, sem dúvida nenhuma êxitos maiores.

A dor da alma judia demais. Costuma ser devastadora. Não tem cor, não tem lado, não tem forma! A enfermidade da alma não se manifesta externamente, em forma de um machucado ou de uma cicatriz, mas corrói o interior, devasta o íntimo, aniquila o ânimo, arrasa os sonhos!

Não se trata dela com antibióticos de largo espectro, tampouco inventaram um elixir de rápido efeito. A gente tem vontade de tocá-la, de jogá-la para o abismo, para as profundezas do mar, mas o esforço é vão!

C2C1704EFInvariavelmente as dores da alma surgem com alguns gatilhos em forma de decepções, incompreensões e perdas, e todos eles envolvem relacionamentos ou a falta deles. Em todos esses gatilhos, salvo raríssimas exceções, há pessoas e laços afetivos muito fortes. Situações como o divórcio, maus tratos, morte, drogas, especialmente no âmbito familiar, ou em relacionamentos de grande vínculo afetivo, apresentam-se definitivamente como fatores de sofrimentos desencadeantes de depressão.

 


Uma boa notícia para levarmos a alguém que está sentindo dor na alma é que assim como essa dor chegou ela vai passar. Pode parecer simplista demais, mas é o mais comum: De

repente, quando menos se apercebe, para o alívio do coração, aquela dor horrorosa vai embora.

O inteligentíssimo Rubem Alves, no seu artigo Alegria e tristeza, vai dizer algo inquietante e incômodo e, ao mesmo tempo animador e consolador:

“A gente está alegre, não é alegre. Porque esse sentimento não se mantém para sempre. Surge, colore o mundo e some feito bola de sabão. Quando se está triste, bom saber, acontece igualzinho.”

Que bom esse equilíbrio de sentimentos.

Que bom saber também que o Deus a quem servimos se nos apresenta como Aquele que conhece as nossas dores e as sofreu todas e, apesar de não nos prometer livrar-nos delas, promete-nos estar conosco quando elas aparecerem, vejam:

“Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o teu Salvador” Isa. 43. 2-3

Promessa de quem sempre cumpre! Apropriemos dela!

Pr. Élio Morais

SOBRE O VAIDOSO

Publicado: agosto 15, 2013 em Uncategorized

ImagemEstou lendo novamente o espetacular livro de Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe.

Na verdade já perdi a conta das vezes que li esse maravilhoso livro e, o que é melhor, sempre que o faço, além de pegar carona nas lindas fantasias do autor, ainda aprendo muito com os excelentes princípios para um relacionamento saudável e interessante.

O principezinho, orbitando por minúsculos planetas habitados por uma pessoa só, visita um rei, um vaidoso, um bêbado, um negociante, um acendedor de lampiões, um escritor e, por fim, encontra-se com o autor-narrador do livro, no planeta terra.

Mas foi no diálogo com o VAIDOSO, o segundo ponto de parada do principezinho, que me vi inspirado a escrever essa reflexão.

O que me causa espécie ao acompanhar a curta experiência do Pequeno Príncipe com o VAIDOSO é que assim que ele chega ao minúsculo planeta o seu morador o saúda da seguinte forma:

– Ah! Ah! Um admirador vem visitar-me!

Ao que o autor-narrador vai dizer:

– Porque, para os VAIDOSOS, os outros homens são sempre admiradores.

Em seguida, o principezinho faz uma pergunta ao VAIDOSO, mas esse não responde, e o autor-narrador vai fazer a seguinte explicação sobre o fato:

– Os VAIDOSOS só ouvem elogios

Quando Saint-Exupéry diz que os vaidosos ouvem somente elogios ele está nos dizendo dentre outras coisas que o VAIDOSO não aceita crítica, não sabe ser exortado, tampouco tem um coração de aluno para ser repreendido e crescer o crescimento saudável.

Se for corrente, como assevera Antoine de Saint-Exupéry, que o VAIDOSO vê todas as outras pessoas como seus admiradores, então, muito provavelmente, todos aqueles que não corresponderem a esse seu anseio, todos aqueles que não orbitarem diante dele, serão tidos como inimigos ou opositores, personas non grata, e estes serão enquadrados injustamente numa classe de pessoas que, provavelmente, não pertencem. Ao ver todas as pessoas que o cercam como se fossem seus admiradores, o VAIDOSO traz consigo a expectativa de uma contrapartida que muitas vezes não será correspondida e, daí, ao descobrir que se está sujeito muito mais às críticas do que à admiração, este, inadvertidamente, conflitua com os seus convivas.20_musica_materia_vaidade

Tenho pensado muito sobre a VAIDADE entre o povo de Deus.

Tenho pensado sobre pessoas que estão envolvidas demais consigo mesmas, pessoas egocentradas demais, enfermamente focadas naquilo que pensam, naquilo que fazem, e naquilo que ainda pretendem fazer, e não se apercebem que estão andando na “…vaidade dos seus próprios pensamentos.”

Entre o povo de Deus não deveria existir gente vaidosa, simplesmente porque o VAIDOSO tenta usurpar a glória que é de Deus somente. Mas, infelizmente, tem sido cada vez mais frequente a convivência com VAIDOSOS nas igrejas do Senhor Jesus – gente lavada e redimida pelo sangue do Cordeiro, mas que ainda não se incorporaram no princípio de João Batista: “Importa que Ele cresça e que eu diminua”.

Nas Escrituras, todas as vezes que alguém tentou usurpar a glória de Deus se deu mal! Que o digam Nabucodonosor e Herodes: um pastou como um animal irracional, e o outro caiu morto, com vermes horríveis saindo de dentro dele, pois seus “admiradores” atribuíram-lhe glória que era de Deus somente, e eles aceitaram.

Caminhando para a conclusão dessa reflexão, quero lembrar-lhes de uma infeliz declaração de um cantor gospel, famoso e midiático, que disse assim a respeito da vocação musical do seu filho, que preferia tocar bateria:

– Se ele quiser se dedicar a esse instrumento (bateria) ele “vai ficar lá atrás”, e que se ele quiser “ser o cara da frente” ele precisa seguir os passos do pai, tocando violão e cantando.

Quanta diferença ao princípio de João Batista!

“Porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão.”, palavras do Pregador do Eclesiastes.

soli deo gloria.

Pr. Élio Morais