COMO UM FAROL

“Quando Noemi viu que Rute estava de fato decidida a acompanhá-la, não insistiu mais.” Rute 1:18

                Certamente o Livro de Rute é um dos mais belos da Bíblia! Nele encontramos três pessoas incríveis: Noemi, Boaz e Rute. Que sogra incrível foi Noemi, que homem virtuoso foi Boaz! Mas, nesse DIA INTERNACIONAL DA MULHER, quero falar sobre Rute.

Invariavelmente, temos visto pregadores se referirem à fidelidade de Rute em relação à sua sogra Noemi, em função da famosíssima declaração “Aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.”

Não tenho nenhuma dúvida de que Rute nutria um especial carinho e afeição pela sua sogra, isso é inquestionável, mas, em que pese toda deferência dela por Noemi, entendo que essa sua devoção primeira não era à sua sogra, mas, sim, ao Deus de Noemi, que Rute conhecera quando se uniu à família de Elimeleque, ainda em Moabe.

                Consigo vislumbrar Rute observando aquele casal com os seus dois filhos chegando na sua cidade. Vejo Rute de olhinhos bem fixos em um daqueles rapazes, observando o seu comportamento, em como tratava o pai, em como tratava a mãe, em como lidava com o trabalho e, sobretudo, vejo-a observando aquela família judaica servindo a um Deus que ela não conhecia, mas que percebia nitidamente que fazia diferença na vida daquela família estrangeira.

                Cada vez que estudo o Livro de Rute percebo que essa mulher incrível sabia rigorosamente aonde queria chegar! Rute era uma mulher resoluta! Rute tomou uma DECISÃO que está muito longe de ser considerada uma TEIMOSIA, mas, muito mais, uma atitude de quem, definitivamente, sabia o que queria e o que era o certo de se fazer.

                Rute entendeu que à despeito das tragédias que sobrevieram à sua nova família (a morte do seu sogro, do seu cunhado e do seu marido), ela deveria seguir de volta com a sua sogra Noemi para Belém de Judá, não porque Noemi era sua sogra, pois não faria sentido ela deixar a mãe, pai e irmãos para seguir a mãe de seu falecido marido, mas, sim, porque Belém de Judá significava o lugar aonde o povo de Deus estava!

                Entendo que Rute achou insuportável a ideia de não mais conviver no meio do povo de Deus! Entendo que Rute determinou em seu coração, e não foi naquela hora, isso provavelmente acontecera bem antes, que jamais se apartaria do meio do povo de Deus, por isso essa incrível declaração: “o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.”.

                Não obstante a tudo isso, o que vai coroar a FIRMEZA DE DECISÃO de Rute é o fato de Deus conduzi-la justamente aos campos de Boaz, seu resgatador, e ela não titubear no encargo de receber dele o RESGATE de sua situação tão difícil – sim, Rute segue as orientações de sua sogra Noemi e se deita aos pés daquele homem tão amável, tão virtuoso e de tão bom caráter – Não é sem motivo que ele vai elogiá-la: “Então Boaz exclamou: “O Senhor a abençoe, minha filha! Não se preocupe com nada. Farei o que me pediu, pois toda a cidade sabe que você é uma mulher virtuosa.”

                Rute foi honrada por Deus porque ela honrou O honrou desde que O conhecera! Rute pôde experimentar a maravilhosa promessa do Salmo 37, verso 4: “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração!”

                Neste domingo em que comemoramos o DIA INTERNACIONAL DA MULHER, certamente o desejo do coração de Deus é que surjam mais RUTES em nosso meio – MULHERES RESOLUTAS que desejam firmemente estar aonde o povo de Deus está!

                FELIZ DIA, queridas e valorosas irmãs!

Pr. Élio Morais