O SUCESSO DE UMA IGREJA

Publicado: maio 22, 2013 em Uncategorized

ImagemConta-se que em 1647, na França, foi realizado o primeiro transplante de córnea no mundo, em um camponês chamado Angel. Após enxergar pela primeira vez, e frustrado porque o mundo era bem diferente de como ele imaginara, ele conseguiu, depois de um longo processo nos tribunais franceses, o direito de ter os seus olhos arrancados. Angel entrou para a história como o cego que não queria enxergar. Foi daí que surgiu a expressão “o pior cego é aquele que não quer ver”.

Recusar-se a ver aquilo que está explícito é, sem dúvida alguma, o pior tipo de cegueira e, definitivamente, não quero ser assim! Não quero ser contado com aqueles que conviveram com algo, muito de perto, mas não se aperceberam.

O grande escritor português José Saramago disse algo de grande impacto, que desperta reflexão sobre o assunto:

“Penso que estamos cegos, cegos que vêem. Cegos que, vendo, não vêem”.

Como líder de uma igreja evangélica, batista, séria, tenho pedido ao Senhor da seara que me dê olhos que possam enxergar além dos meus umbigos, além do óbvio – olhos do Senhor Jesus, que sempre viam o que precisava ser visto, que sempre enxergava o que era real e no contexto exato do evento.

Em seu excelente livro, A IGREJA EMERGENTE, o autor, Dan Kimball, faz a seguinte pergunta retórica:

“Como devemos medir o sucesso das nossas igrejas? Observando o resultado de nossas práticas, o que elas produzem no povo de Deus quando as pessoas são enviadas com a missão de viver como sal e luz em suas comunidades (Mt. 5. 13-16), e observando se as pessoas de nossa igreja levam justiça social e caridade a sério como parte da missão que Jesus realizou.”

Neste livro somos exortados a vermos uma igreja que, pasmem, já saiu da modernidade e caminha, de certa forma, perdida, na pós-modernidade.

Infelizmente, como que arrastados por impulsos midiáticos, muitos líderes estão adotando estratégias enlatadas, envidando esforços descomunais no sentido de fazer a igreja caminhar rumo a um “sucesso” que, infelizmente, não é o sucesso pretendido pelo Senhor da igreja.

Não, não quero arrastar os fiéis para aquilo que se convencionou ser “o sucesso da igreja”, mas que não passa de números frívolos de obras mortas.

Não quero arrastar os fiéis rumo a uma igreja de sucesso, quando o Senhor a quer uma igreja gloriosa. Não quero arrastar os fiéis rumo a uma igreja que busca tornar “célebre” o seu nome, mas que não busca honrar o Nome dAquele que a edificou! Não quero arrastar os fieis rumo a uma igreja com milhares de convencidos, crentes nominais, que nunca experimentaram o novo nascimento, e que no porvir ouvirão a terrível sentença: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.” (Mt. 7. 23)

Não, não quero arrastar ninguém!

Eu quero tão somente conduzir com sabedoria do alto o rebanho que Deus me confiou, e com ele estar junto para o dia glorioso em que ouviremos as doces palavras do Senhor Jesus, nos dizendo: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mt. 25.23)

Para isso precisamos apenas parar de querer “inventar a roda” e considerar os princípios já estabelecidos na Palavra para sermos essa igreja gloriosa.

É tempo de voltarmos aos “rudimentos antigos”! É tempo de reconhecermos na igreja neo-testamentária o modelo deixado pelo Senhor Jesus de igreja que cumpre a sua vontade, e assim ouviremos palavras elogiosas como a igreja de Tessalônica ouviu do apóstolo Paulo:

“Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição.” (1 Ts. 1.1-4)

Que seja assim conosco! Amém.

Pr. Élio Morais

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comentários
  1. Obrigado por compartilhar sábias palavras.

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